Capítulo 80

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Anahi Portilla

— É um menino. - anunciou a doula, entregando-me um bebêzinho todo enrugado.

  Peguei meu menininho que parou de chorar assim que ficou em meus braços e uma sensação incrível percorreu todo o meu corpo. Era incrível. Eu já o amava quando estava dentro de mim, mas em meus braços, era como se eu estivesse segurando todo o mundo inteiro.

  Deus do céu, eu já tinha me esquecido das dores e das doze horas em trabalho de parto. Doze horas jurando que não queria mais ter filhos, mas naquele momento, eu poderia muito bem aceitar ter uma dúzia de filhos se isso significasse sentir todo aquele amor para sempre.

— Um menino - repeti encantada, olhando para o meu bebê. Cara, eu consegui mesmo tirar um bebê daquele tamanho de dentro de mim? Impressionante. Olhei para Alfonso que estava sentado atrás de mim, olhando tão encantado quanto eu para o bebê. E aquilo em seus olhos... - Está chorando, senhor Herrera? - sorri e ele me encarou.

— Você tem me feito chorar demais, querida - beijou minha testa - Você foi muito bem, Anahi. Estou orgulhoso!

  Encostei minha cabeça em seu peito e ficamos encarando nosso pequeno garotinho. Ele abriu os olhos e eu vi que ele tinha os mesmos olhos esverdeados de Alfonso. Os contornos do seu rosto também eram parecidos com os dele.

— Ele é parecido com você. - sussurrei.

— Pobre garoto - riu, acariciando meus braços - Precisamos pensar num nome. Tem algum em mente?

  Bom, eu esperava que aquilo não me tornasse uma mãe ruim, mas eu queria a surpresa completa, então, não havia nem mesmo feito uma lista de nomes favoritos.

— Não - respondi mortificada. Eu devia ter pensado em nomes, certo? - Você pensou em algum?

— Eu sou adepto a nomes russos - acariciou a cabeça do nosso bebê - Eu gosto de Nicolai.

  Fiz uma careta e estremeci. A doula pegou o bebê para vesti-lo e Alfonso me apertou contra si.

— Ele não nasceu com cem anos, amor. - resmunguei enquanto saíamos da banheira.

  Alfonso me lavou e também tomou um banho rápido enquanto cogitávamos os nomes. Ele realmente não era bom nisso. O dilema continuou enquanto nos vestíamos e ele me sentou na poltrona. A doula me entregou meu filho envolto numa manta e me ajudou a amamentá-lo.

  Eu poderia fazer aquilo para o resto da vida.

— E que tal Bóris? - sugeriu a ele.

— Argh! E o apelido será qual? Brócolis? - ri, alisando o rosto do meu nenê com a mão livre.

— Você não facilita. Mikhail? - tentou novamente.

— Por Deus, ele não vai conseguir pronunciar o próprio nome antes dos dez anos - debochei e olhei para o garotinho que se alimentava avidamente - Eu gosto de Ravi. Simples, mas forte. Impactante.

  Alfonso demorou para responder e por fim um sorriso brotou em seus lábios ao mesmo tempo que Flora, Benjamin, Maite e Alfonso entravam empolgados no quarto.

— É um garoto - Benjamin pulou, batendo palmas - Vou ensiná-lo a tocar piano.

— Ele é tão bonito. - Flora sussurrou, acariciando a cabecinha do bebê.

— Qual o nome? - Maite perguntou olhando com um sorriso idiota no rosto.

  Olhei para Alfonso, que sorriu e passou o braço por meus ombros, beijando o topo da minha cabeça.

— Ravi. Nosso garoto se chama Ravi.

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