Anahi Portilla
Ele jogou a cabeça para trás e soltou uma gargalhada. Fiquei ainda mais irritada. O som gutural de sua risada desabou sobre mim como um jato de água morna. Meu desejo por ele cresceu a um nível próximo do sofrimento físico. Seu divertimento mundano o fez parecer menos com um deus do sexo e mais com um ser humano. De carne e osso. Eu me levantei e me afastei dele.
— Sexo casual não precisa começar com flores e vinho, mas pelo amor de Deus, sexo é uma coisa pessoal. Íntima. Que exige um mínimo de respeito mútuo.
A disposição para o humor pareceu sumir dos olhos dele.
— Não existe espaço para ambiguidade nas minhas relações pessoais. Você está querendo misturar as coisas. E eu não vejo nenhum motivo para isso.
— Não quero que você faça nada além de me deixar voltar ao trabalho - tomei o caminho da porta e acionei a maçaneta, xingando baixinho ao ver que ela não funcionava. - Me deixe sair, Herrera. Não tente me trancar de novo. Não vai funcionar.
— Sente, Anahi. - sua voz estava baixa e rouca. Estremeci.
— Eu vou gritar!
— Sente- se agora. - ordenou asperamente.
Olhei para ele com lanças nos olhos. Por que ele simplesmente não ficava longe? Que droga! Ele se levantou e caminhou lentamente até mim. Baixando a cabeça, Alfonso pressionou seus lábios contra a curvatura do meu pescoço e passa a língua por uma veia que saltava. Apertei os olhos e os lábios e fechei minhas mãos em punhos para não tocá-lo. Ele agarrou a minha cintura, prensando-me na porta, sua magnífica ereção pressionando em minha barriga.
Ele agarrou meus cabelos e me encarou. Seus olhos eram pura luxúria, então com a mão livre, passeou pelo meu corpo, pousando no meu seio. Meus mamilos estavam duros e doloridos e quando ele apertou o meu mamilo, ofeguei.
Permaneci imóvel e submissa ao seu toque enquanto ele beijava minha boca com uma violência controlada, ferindo meus lábios e denunciando seu estado de excitação extrema.
— Diga que me quer, Anahi - a mão que estava em minha cintura foi para a barra da minha saia encontrando a minha calcinha. Um som gutural escapou da sua garganta e ele começou a acariciar meu clitóris por cima da calcinha. Meus lábios se entreabriram. - Olha como o seu corpo reage a mim, pelo amor de Deus. - gemeu.
Certo, era um ponto para ele, mas ainda assim eu não podia, não é?
— Me fode, Alfonso. - sussurrei, agarrando seus cabelos.
Isso definitivamente não era o que eu ia dizer.
Alfonso mordeu o lóbulo da minha orelha.
— Com muito prazer - me deu um beijo molhado e luxurioso. Sua língua se movia devagar, fazendo com que eu desejasse que ele fizesse o mesmo entre as minhas pernas. Minhas mãos foram diretamente para seus cabelos, passeando por eles, agarrando com força. Quando lançou os braços em torno de mim, arqueei o corpo, curvando-me sob suas mãos.
Antes que me desse conta, como da outra vez, eu já estava deitada no sofá, com sua boca engolindo meu suspiro de surpresa. Ele afastou o meu vestido só o suficiente para agarrar meus seios, explorando-os com apertões suaves.
— Alfonso...
— Shiu... - sugou meu lábio inferior, enquanto seus dedos beliscavam meus mamilos sensíveis.
Alguém começou a bater na porta e eu imediatamente fiquei tensa. O que eu estava fazendo, afinal? Tentei me afastar, mas Alfonso continuou me beijando e apertando meus mamilos, o que dificultava muito a minha capacidade de me concentrar em qualquer coisa.
As batidas ficaram mais insistentes. Olhei em pânico para ele e me passou a mesma coisa que aconteceu há anos atrás. Minha mãe descobrindo a traição do meu pai quando ela entrou em sua sala e viu a mulherzinha montada em seu colo.
Claro, Alfonso não era casado, então não havia a possibilidade de ser a esposa, mas mesmo assim eu o empurrei abruptamente, sem fôlego, assustada e de péssimo humor tanto por ceder a ele tão fácil de novo, quanto por todas as vezes em que começamos a fazer algo, acontece alguma coisa.
Ele caiu no chão, me encarando perplexo e igualmente sem fôlego.
— Alfonso, você está aí? Preciso falar com você. - era a voz de Dulce, o que me deixou mais rígida ainda.
Alfonso balançou a cabeça e se levantou lentamente, rosnando alguma coisa que eu não consegui entender. Muito provavelmente em russo. Ele parecia furioso e passou as mãos pelos cabelos, bagunçando-os mais do que eu já tinha feito.
— Inacreditável. - grunhiu incrédulo e respirou fundo.
Lentamente peguei minha bolsa que eu não faço ideia como foi parar no chão e respirei fundo.
— Anahi... - ele começou, se aproximando de mim. Eu não estava com raiva dele ou de ter cedido, eu simplesmente não queria fazer alguma coisa no local de trabalho. Ele obviamente não desistiria de ficar comigo e eu não queria ficar com ele na empresa.
— Fala com a sua irmã - sussurrei. - Depois nós conversamos.
— Não quero conversar - ele resmungou, passando as mãos pelos cabelos. Ele costumava fazer isso quando estava nervoso. Adorável. - Pelo amor de Deus, estou farto de conversar.
— Alfonso, por Deus, abre a droga dessa porta. É urgente - Dulce murmurou e acionou a maçaneta de novo. Olhamos ambos para a porta e em seguida um para o outro.
— Isso não pode acontecer de novo, Sr. Herrera - não entendi o motivo da formalidade, considerando que estávamos sozinhos e muito perto de fazer algo íntimo. - Por que não vai à minha casa depois do trabalho e nós resolvemos isso de vez?
Seus olhos brilharam e sua boca se curvou num sorriso malicioso.
— Vamos embora juntos - agarrou minha cintura, roçando os lábios nos meus. Senti sua ereção em minha barriga e estremeci. Me afastei num sobressalto quando Dulce bateu na porta de novo e seu celular começou a tocar.
— Boa tarde, Sr. Herrera. - corri para a minha sala, deixando-o com o furacão da Dulce.
O que estava acontecendo afinal?
3/10
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CEO
RomanceFormada em Economia, recém-terminado o MBA e finalizado o estágio obrigatório, Anahi se vê desempregada e sem meios de se sustentar, até que a sua amiga Maite lhe convida para fazer uma entrevista para trabalhar na Herrera & Tovar como secretária ex...