Capítulo 17

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Anahi Portilla

  Não sei o que Dulce disse a Alfonso, só sei que ele foi embora apressadamente, me pedindo para cancelar os seus clientes e a reunião que ele teria, saindo com a irmã tão rápido que eu nem me dei conta. Ele não disse nada sobre voltar para irmos embora juntos e quando deu a minha hora, ele ainda não tinha aparecido.

  Eu tinha levado roupas de academia, só para o caso de eu animar e como eu estava furiosamente frustrada, decidi voltar para casa correndo. Exatamente. De Manhattan até o Bronx. Correndo. Levei quase duas horas para chegar em casa e quando cheguei, larguei minhas coisas e já peguei minha garrafa de vinho e uma taça, jogando-me no sofá. Fiquei me remoendo por tanto tempo sobre o que tinha acontecido mais cedo, que o vinho acabou e eu estava quase chorando.

  Pensei em ligar para algum ficante, mas não ia adiantar de nada. Tentei me concentrar em Angelique que iria morar comigo a partir da próxima semana, mas também não adiantou. Cansada de pensar num monte de nada, peguei a outra garrafa que tinha guardada e liguei o som, sorrindo radiante quando Treasure, do Bruno Mars começou a tocar. Comecei a dublar e a dançar no meio da sala, mas quando estava no meio da música, alguém bateu em minha porta. Soltei um gemido frustrado.

— É bom que tenha um motivo muito bom para... - travei ao abrir a porta e encontrar Alfonso maravilhosamente excitante me encarando com os olhos faiscando desejo. - O que está fazendo aqui? - tentei soar casual.

  Ele não respondeu, apenas me empurrou gentilmente e fechou a porta atrás de si. Ele usava roupa de academia, mas seus cabelos estavam úmidos, indicando banho recente. Queria poder dizer o mesmo. Eu me lembrava vagamente de querer conversar alguma coisa com ele, mas a visão dele, em carne e osso, de verdade, não consegui formar palavras para começar qualquer tipo de conversa. Eu estava levemente embriagada e tudo o que eu queria era esse homem de uma vez, para acabar com esse desejo.

  Me aproximei dele e enfiei as mãos sob sua camiseta para sentir sua pele por baixo dela.

— Tire a roupa. Agora.

  Ele deu uma risada ao tirar os tênis com os pés e arrancar a camiseta. Meu Deus... A visão do corpo dele daquela maneira era de derreter os neurônios. Não havia o mínimo excesso em parte nenhuma. Ele tinha barriga de tanquinho e aquele V sexy apontando para a pélvis que Maite e eu chamávamos carinhosamente de Quadril de Apolo. Ele era a encarnação de tudo o que eu cobiçava.

— Acho que morri e fui pro céu.

— Você ainda está vestida. - atacou minha roupa, arrancando meu top antes que eu pudesse respirar. Minha calça foi abaixada com força e eu tirei os tênis com tanta pressa que perdi o equilíbrio e quase caí no chão.

  Senti um relevo por sua costela e quando abaixei a cabeça para ver melhor, observei uma cicatriz. Grande. E parece ter sido profunda, além de não ter sido cuidada. Levantei os olhos com o cenho franzido, louca para perguntar o motivo, mas ele me beijou suavemente, conduzindo-me até o quarto.  Por causa do espaço minúsculo, ele não teve dificuldades em encontrar.

  Ele me jogou na cama e estava em cima de mim em seguida. Em todo lugar que ele me tocava deixava um rastro de calor. O cheiro da sua pele era um afrodisíaco intoxicante, incitando meu desejo por ele.

— Você é tão linda, Anahi. - apertou um dos meus seios antes de abocanhar o mamilo.

  Soltei um gemido ao sentir a onda de calor e o toque de sua língua, derretendo a cada movimento de sucção. Minhas mãos percorriam por sua pele, apalpando e apertando, procurando pelas partes que o fariam gemer. Entrelacei minhas pernas na dele e tentei fazê-lo rolar para que eu ficasse por cima, mas ele era pesado. Ele levantou a cabeça e sorriu para mim.

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