Capítulo 10

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Anahi Portilla

  As coisas estavam indo tão bem. O chefe e eu passamos um bom tempo tratando dos compromissos na agenda até que eu o sinto me olhar do mesmo jeito da boate.

  Tão intenso.

  Cheio de desejo.

  Como se pudesse tirar a minha roupa com o olhar.

  Tentei ser educada e perguntar se ele desejava mais alguma coisa e ele falar com aquela voz rouca e aveludada, tomou conta de mim sem nenhuma resistência.

  Eu me levantei rapidamente, peguei minhas agendas e caminhei até a porta. Ele trancou as portas com aquele maldito botão e os vidros ficaram opacos.

— Me deixa sair, Sr. Herrera. - murmurei, tentando em vão girar a maçaneta.

— Me diga o que você quer para me dar uma chance, Anahi.

— Não quero que você faça nada além de me deixar voltar ao trabalho - tentei de novo abrir a porta. Nada. - Me deixe sair, Herrera.

  Senti que ele se aproximava de mim. As palmas de suas mãos, pressionadas contra o vidro, me aprisionaram entre seus braços. Eu não conseguia mais pensar em me preservar sentindo sua presença assim tão próxima.

  A força e a determinação de seu desejo formavam uma espécie de campo de força quase palpável. Ele deu um passo à frente e me envolveu com seu corpo. Tudo o que havia fora dessa bolha deixou de existir, enquanto dentro dela meu corpo inteiro ansiava pelo dele.

  Alfonso exercia um efeito tão profundo sobre mim, mesmo sendo tão irritante, que minha cabeça começou a girar. Tanto homem para sentir tesão, eu vou sentir logo no meu chefe inacessível?

— Vire-se para mim, Anahi.

  Seu tom de voz autoritário me deixou tão excitada que meus olhos até se fecharam. Meu Deus, o cheiro dele era maravilhoso. Seu corpo irradiava desejo e calor, instigando a vontade enlouquecida que eu tinha dele.

  Eu queria o Alfonso. Muito.

  Mas ele era demais para mim. Sinceramente, eu não precisava de ninguém para arruinar minha vida, não precisava de ajuda nesse quesito. Minha testa quente tocou o vidro resfriado pelo ar-condicionado.

— Me deixa sair, Herrera.

— Vou deixar. Você tem cheiro de encrenca - seus lábios roçavam de leve minha orelha. Uma de suas mãos apertava minha barriga, seus dedos me puxavam para que eu encostasse nele. Ele estava tão excitado quanto eu: senti seu membro duro e grosso contra a base da minha coluna. - Agora vire-se para mim e se despeça.

  Decepcionada e arrependida, recusei seu toque, encolhendo-me contra a porta gelada em comparação às minhas costas quentes. Ele estava curvado sobre mim, com os cabelos luxuriosos emoldurando seu lindo rosto e o antebraço apoiado na porta para ficar ainda mais perto. Quase não havia espaço entre nós.

  A mão que estava na minha cintura havia passado para meu quadril, apertando-me cada vez mais e me deixando maluca. Ele me encarou com seu olhar intenso e perturbador.

— Me dê um beijo - ele pediu sussurrando - Pelo menos isso.

  Ligeiramente ofegante, passei a língua pelos lábios ressecados. Ele inclinou a cabeça e encostou sua boca na minha. Fiquei impressionada com a firmeza e a maciez de seus lábios e com a pressão suave que eles exerciam. Nada como aquela coisa desesperada de sexta-feira.

  Suspirei e sua língua entrou na minha boca, sentindo meu gosto em longas e deliciosas lambidas. Era um beijo confiante e habilidoso, com a quantidade ideal de agressividade para me deixar morrendo de tesão.

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