Capítulo 47

1.3K 86 17
                                    

Anahi Portilla

— Você tem certeza que não estamos comemorando nada? - perguntei mais uma vez a Alfonso enquanto jantávamos.

  Ele reservou alguns quilômetros de uma praia só para nós. Ok, isso não era nada para ele, mas caramba, para mim significava muito. Mais do que eu imaginava que pudessem fazer por mim. E nós conversávamos sobre tantas coisas com tanta facilidade. Alfonso estava um pouco aéreo, meio fora de órbita, mas ainda assim me deu toda a atenção possível.

  Depois eu me deitei na espreguiçadeira enquanto ele estava sentado na borda, massageando meus pés. Era simplesmente magnífico. Liguei para Angel para garantir que ela estava bem – ela estava com Christian e disse que ele não estava muito feliz, mas não queria falar sobre o assunto. Descobri que Jake e ele haviam brigado – que estava comendo bem e não precisava de nada.

— Certo, por que você está fazendo tudo isso?

— Isso o quê? - murmurou olhando meus pés.

— Isso - gesticulei para a praia - Não vai dizer que você faz isso para todas as suas amantes. - zombei, mas logo me arrependi. E se a resposta fosse afirmativa?

— Kóchetchka - Alfonso grunhiu e se pôs em cima de mim, beijando-me com vontade - Nunca diga uma besteira dessas. Você é única. - disse rigidamente enquanto passava a barba áspera pelo meu rosto.

  Não me dei conta exatamente do momento em que ele tirou nossas roupas e me penetrou, mas foi sem nenhum aviso, me fazendo gritar com o prazer avassalador com uma pontada de incômodo. Seu suor gotejava sobre o meu peito e seus quadris remexiam incansavelmente para movimentar seu pênis dentro de mim, entrando e saindo, recuando e depois indo fundo de novo. Minhas mãos agarravam seus cabelos e sua boca engolia meus gemidos desesperados.

— Anahi, eu preciso de você. - me encarou e parecia torturado, quase culpado.

— Você me tem, Herrera - ofeguei quando ele atingiu um ponto sensível dentro de mim - Você me tem. - gritei.

— Anahi... - suas estocadas ficaram mais lentas ele acariciou meu rosto com carinho, seus olhos transmitindo uma emoção que ele nunca me deixou ver. Estava tudo ali. Bem na minha frente. O que ele sentia por mim - Deus do céu, eu não posso te perder.

— Você não vai me perder - não existia a menor chance de isso acontecer. Será que ele não via isso? - Nunca, Alfonso.

  Depois disso, Alfonso começou a meter com força, atacando o meu sexo com estocadas incessantes, usando meus braços para me puxar para trás e dar de encontro com os movimentos de seus quadris. Ele gemia a cada metida, ecoando os meus gritos de prazer.

  Sua perseguição ao orgasmo foi algo excitante de presenciar enquanto sentia meu corpo totalmente sob seu controle. A única coisa que eu podia fazer era responder a todo o seu tesão e ajudá-lo a gozar.

  O atrito de suas estocadas era delicioso, uma massagem contínua que quase me levou à loucura. Eu queria poder ver seu rosto, seus olhos perdendo o foco quando o prazer tomasse conta de seu corpo, seu rosto se contorcendo de êxtase. O fato de poder mexer com ele tão profundamente era uma alegria para mim, saber que o sexo comigo era algo que estraçalhava todas as suas barreiras.

  Ele estremeceu e soltou um palavrão. Seu membro inchou e suas bolas se contraíram.

— Ya lyublyu tebya vsey dushoy. - ele rugiu.

  Senti o sêmen jorrar dentro de mim, quente e espesso. Mordi o lábio para segurar um grito. Eu quase gozando mais uma vez. Ele soltou meus punhos e começou a acariciar meu clitóris inchado com o dedo. Gozei com seu membro ainda dentro de mim, ordenhando seu sexo conforme minha feminilidade o apertava.

  Com seus lábios colados ao meu rosto e seu hálito quente e úmido na minha pele, senti os gemidos graves que escapavam do seu peito enquanto ele gozava lenta e longamente.

— O que foi aquilo que você disse? - perguntei confusa.

— O quê? - respirou fundo.

— Ia liu... Eu não lembro. Eu não sou russa, lembra? Foi a última coisa que você me disse.

  Ele me encarou com os olhos estreitos e beijou minha testa, roçando os lábios nos meus.

— Um dia você vai saber, kóchetchka. - fechou os olhos com força.

— Mas... - comecei a protestar, mas ele me calou com um beijo carinhoso.

— Um dia, querida. Na hora certa. - sorriu.

CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora