Alfonso Herrera
À medida que o jantar foi passando, eu descobria que Anahi era muito, muito mais que um corpo bonito e um sexo incrível. Ela era fácil de conversar, tinha uma risada que contagiava todo o espaço e quem estava por perto. E caramba, ela era inteligente. Depois de muita insistência, fiz que ela me mostrasse algumas de suas anotações que só me fizeram me perguntar o motivo de ela ser secretária e não uma economista e o principal: o motivo de não terem a contratado efetivamente na empresa antiga.
Ela me contou também que tinha uma irmã mais nova que estava indo viver com ela. Os pais dela se separaram quando ela completou quinze anos e pela forma ressentida que falava, ainda não havia se recuperado completamente.
Então eu achei prudente contar a ela que eu tinha dois filhos. E que eles estavam passando um tempo comigo. O corpo dela ficou rígido, então eu disse que eu não tinha mais nada com a mãe deles. Anahi ficou visivelmente mais relaxada, então achei melhor não mencionar que tecnicamente eu ainda era casado.
Cara, eu estava me metendo numa enrascada das boas. Andrés estava certo. Mas ela tinha alguma coisa que me prendia, que me fazia querer estar perto e cuidar dela.
Então, quando já estávamos no final da garrafa de vinho, me aproximei dela, deixando claro o que eu queria. Ela não recuou e eu agradeci a minha mãe por ela estar do meu lado de novo.
Já beijei centenas de mulheres. Eu me lembrava de poucos. Mas o beijo de Anahi? Eu não iria esquecer tão cedo. Ela tinha gosto de… Minha nossa, nunca usei drogas, mas imaginava que, quando se usava cocaína ou se injetava heroína pela primeira vez, o gosto devia ser o mesmo.
Completamente viciante.
Eu não conseguia parar de tocá-la. Minhas mãos estavam em todos os lugares: em seu rosto, em seu cabelo, pelas suas costas, pegando em seus quadris. Puxando-a para mais perto, com muita vontade de sentir mais partes dela. Querendo que ela sentisse o que estava me provocando.
Precisando de ar, arranquei minha boca da dela e ataquei seu pescoço. Eu inalava na mesma hora em que lambia, chupava e mordia todo o trajeto do seu queixo até a orelha.
Ela estava resmungando de modo incoerente, mas eu entendia. O som de sua voz, selvagem e sensual, me fazia gemer. E seu perfume.
Deus do céu, ela tinham cheiro de flores e açúcar. Como uma daquelas rosas de confeito no topo de um bolo.
Deliciosa.
E suas mãos não ficavam à toa. Ela agarrava meus bíceps, e o calor de suas mãos entraram em minha camisa. Anahi arranhou minhas costas com as unhas, passando os dedos por baixo da minha calça, primeiro tocando levemente minha bunda e depois a apertando.
Meu sangue estava como uma chama e eu sentia como se fôssemos virar fumaça antes de irmos para o quarto. Ela ofegou quando eu envolvi sua orelha em minha boca e deslizei minha língua por ela. Depois senti que ela me empurrava suavemente.
— Alfonso... - gemeu, ainda tentando me empurrar.
Que diabos?
Me afastei e percebi que meu celular estava tocando. Insistentemente.
— É bom que alguém tenha no mínimo morrido para atrapalhar a gente - grunhi, levantando para pegar o celular que deixei na mesa. Anahi sorriu.
— Pode ser as crianças. Não acredito que você não ouviu antes.
Eu não tinha ouvido. E por mim, ficaria tocando. Mas Anahi estava certa. Podia ser as crianças. Olhei o visor e milhões de palavrões passaram por minha cabeça. Olhei para Anahi, que olhava a sua taça de vinho, perdida em pensamentos. Olhei o visor novamente.
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CEO
RomanceFormada em Economia, recém-terminado o MBA e finalizado o estágio obrigatório, Anahi se vê desempregada e sem meios de se sustentar, até que a sua amiga Maite lhe convida para fazer uma entrevista para trabalhar na Herrera & Tovar como secretária ex...