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Cap 7 

No dia seguinte. 

Por Ayla

Passei a tarde inteira no shopping fazendo as unhas,o cabelo e procurando o vestido perfeito para essa noite. Estou ansiosa e,apesar de saber que não devia,não paro de pensar nesse jantar,no Eric e em todos os beijos que já trocamos. 

Escolhi um vestido curto,preto e coberto por um tule delicado no mesmo tom. Ele tem um decote cavado,mangas flare de tule e o tecido de cima é um pouco mais longo que o de baixo. Ele também tem um pouco de brilho,nada exagerado. Nos pés coloquei sandálias também pretas,de tiras delicadas e saltos finos. A maquiagem é leve mas marca meus olhos e lábios. Os acessórios são somente brincos pequenos de diamantes e um colar duplo que cai elegantemente entre meus seios. Deixei o cabelo solto,caindo em ondas até minha cintura e optei por uma bolsa pequena,só para guardar o celular e a arma que dona Ária insistiu em me dar. 

Fiquei muito surpresa com a reação que minha mãe teve quando contei sobre meu encontro com o Eric e,até o último minuto antes de sair de casa,fiquei esperando ela me trancar dentro do quarto ou ligar para um psiquiatra só para ter certeza que não estou ficando completamente fora de mim. Mas ela só veio me entregar a arma e me aconselhar a ser cuidadosa,para não me arriscar demais e não revelar o nome da minha família até confiar totalmente nele. Ela também disse para eu avisar quando chegar no lugar marcado,quando sair e se vou dormir em casa. Ela cismou que vou acabar me deixando levar pelo momento e deixar o Eric tirar minha virgindade,então quer me levar a sua ginecologista o mais rápido possível. 

Meu pai gosta de saber onde vamos,para onde vamos e com quem vamos,então minha mãe me ajudou a inventar uma amiga e,como ele estava preocupado com seus negócios,nem pareceu escutar o que eu disse. Parece que teve um ataque a um galpão e agora o Sr. Barbieri está bem desconfiado de seus homens,pensa que um deles vazou informações. 

Peguei meu carro e vim até o deck ao lado da praia em que o Eric e eu nos vimos da última vez. Ele disse hoje de manhã que o encontro vai ser surpreendente,romântico e marcante,do jeito que mereço. 

Assim que cheguei no local marcado já vi o Eric parado na frente de um carro preto,luxuoso e esportivo. Ele está tão bonito em uma calça jeans escura,uma camisa de mangas longas preta,botas no mesmo tom e uma blusa de couro jogada por cima do ombro. Tão clichê,tão atraente,tão gato e tão impressionante. 

Estaciono meu carro em uma vaga ao lado da dele e vejo um sorriso presunçoso se espalhar pelos lábios avermelhados do meu mafioso preferido. Os olhos dele me analisam de cima a baixo assim que desço do veículo e,apesar de ter certeza que ele está me despindo mentalmente,me sinto a mais linda das mulheres quando o rosto dele se ilumina com o que parece alegria,encanto e paixão. 

Vou ficando mais nervosa a cada passo que dou e sinto um frio insuportável na barriga. O que eu faço? Como devo agir? Eu beijo ele? Eu só cumprimento? Sinto que somos íntimos demais para um aperto de mãos ou um simples beijinho no rosto,mas também não me sinto confortável em sair beijando a boca dele assim. Nós não temos um compromisso e não quero que o Eric pense que sou grudenta ou maluca. E se ele me rejeitar? 

Me aproximo com a melhor expressão de confiança que tenho e,ao parar diante do homem mais arrogante,lindo e sedutor do mundo,perco o fôlego ao encarar o rosto dele. O sorriso é tão petulante,tão irritante e tão bonito...parece que ele sabe no que estou pensando,o que estou sentindo. É desesperador e delicioso. 

Ayla : o…- antes de conseguir completar um “oi",ele passa o braço forte ao redor da minha cintura,me puxa com certa violência e possessividade,me prende contra o seu peitoral largo e me beija com intensidade. 

A sereia da Sardenha Onde histórias criam vida. Descubra agora