Cap 18
Por Ayla.
Tenho plena consciência de que não devia ter feito as pazes com Eric. Ele estava com outra mulher,nós somos diferentes,o pai dele quer matar o meu e tem muitos outros empecilhos. Mas enquanto ele se desculpava,enquanto prometia nunca me magoar de novo,enquanto dizia que sou a única em seus pensamentos,eu lembrei das palavras da minha mãe,do conselho que ela me deu antes de sair de casa nesta noite. Os covardes não amam e eu quero amar,quero ser amada,quero viver uma paixão que me consuma por inteira e quero isso com Eric.
Sei que em algum momento vou ter que contar toda a verdade pro mafioso e esse provavelmente vai ser o nosso fim. Mas não custa nada tentar. Talvez ele consiga me amar como sou de verdade e aí,quando descobrir meu sobrenome,saiba que sou muito mais do que isso. Os erros do meu pai não são meus e não é justo que eu pague por eles.
O príncipe Costantini me convidou pra passar a noite ao seu lado e depois de tudo o que fizemos em seu escritório não consegui dizer “Não". Quero tanto deitar em seu colo,passar horas sentindo o seu corpo no meu,sua temperatura me aquecendo mais do que qualquer cobertor e seus braços fortes ao meu redor. Quero dormir e acordar ao lado dele.
Liguei pra minha mãe e avisei que não ia dormir em casa. Ela ficou meio estranha,um pouco preocupada e com certeza acha que vou perder minha virgindade,mas não reclamou e garantiu que meu pai nem vai saber que saí.
Acompanhei Eric por uma saída lateral até o estacionamento e seguimos de carro até uma linda,enorme e impressionante casa. Ela fica no alto de uma colina,é toda feita de pedras e madeira,tem paredes de vidro grandes e uma arquitetura moderna,jovial.
Não me impressiono com o luxo do lugar e com os carros caríssimos na garagem. O mafioso já mostrou que gosta de ostentar a fortuna que tem e não se importa em gastar quantias absurdas em seus brinquedinhos. O que é surpreendente é o estilo da casa,o ar alternativo,a decoração hippie chic. Não imaginei que o príncipe do império Costantini gostasse disso.
O hall de entrada é muito aconchegante e encantador. Uma parede viva faz a sala vibrar. Na sua frente,um móvel construído com bambus abriga luminárias modernas,tipo as do festival de luzes da Tailândia. E,os móveis de madeira,os sofás amplos na cor branca,a mesa de centro moderninha e o xale de tricô que cai elegante abaixo das almofadas nude,dão a impressão de conforto,de estar em casa.
A sala de estar é um espetáculo à parte e me deixa de queixo caído. O piso é de mármore serrado,tem painéis de cumaru no pé direito duplo e uma área interna que se estende para fora como uma raiz à procura do sol. Os sofás e as poltronas na cor branca dão elegância aos móveis de madeira e a mesa de centro com vidros. As paredes de vidro deixam a luz da lua entrar e,o que é mais impressionante,tem uma escada diferente de tudo o que já vi. Ela é construída em um tronco de Angico Preto e cercada por uma estrutura com tirantes presos ao teto e seus degraus são de madeira garapa. Parece uma cadeira de balanço de teto só que fixa,com os fios servindo de guarda-corpo.
Ayla : nossa,essa casa é linda - exclamo impressionada. Eric sorri orgulhoso.
Eric : é mesmo,não é?! - ele se gaba.
Ayla : me mostra o resto? - pergunto com ansiedade. Nunca fui louca por arquitetura mas essa mansão é linda demais,estou curiosa para conhecer tudo.
Eric : claro,minha sereia. Mas já aviso que ela é enorme - ele alerta com presunção.
Ayla : estou ansiosa - falo em desafio. Ele sorri e volta a me guiar pela casa.
Eric me mostra a sala de visitas e volto a me encantar. Ela é bastante arejada por conta das amplas janelas,os sofás são em tons pastéis e muito confortáveis,o piso e a mesa de centro de madeira dão todo um charme e,para minha alegria e surpresa,uma linda cadeira de balanço de teto está próxima de uma estante de livros.
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A sereia da Sardenha
RomanceEric é o herdeiro de Arthur Costantini,orgulhoso,sedutor e extremamente devotado ao pai. Após ir a uma festa,cair no mar e ter a vida salva por uma ruiva misteriosa,se vê completamente incapaz de tirar a garota da cabeça. O que Eric não imagina é qu...