12

128 8 0
                                    

Cap 12 

Por Ayla 

Adoro cada segundo que passo ao lado do Eric. Ele é carinhoso,é gentil,tem uma personalidade divertida e sensual,é muito confiante e me olha como se eu fosse um anjo caído do céu. Me sinto à vontade com ele como se enfim pudesse ser eu mesma,sem ser a filha rebelde e idealista de Tristan Barbieri ou a princesa do mar. Ainda estou me descobrindo,não sei muito bem quem sou,mas gosto de ser a sereia do Eric,a mulher ousada que ele gosta,a menina doce que ele protege,que respeita,a deslumbrante deusa que faz os olhos dele brilharem. Fico confortável com ele,me sinto livre e adorada. Pele menos sentia. 

Fiquei assustada com o jeito que o Eric falou comigo,a maneira grosseira e vulgar com que se referiu a mim. Ele não tinha o direito de me tratar assim,não podia ter me ofendido e se irritado tanto. Nunca dei a entender que me deitaria com ele. Pelo menos não que eu tenha notado. Não é assim que as namoradas fazem? Bom,eu não sou namorada dele mas não acho que estou longe disso. 

Deixei o Eric sozinho no meio da pista de dança porque estava magoada e furiosa demais para ficar perto dele e segui para o lugar mais distante que encontrei. O mais seguro é ficar em um local com bastante gente e por isso continuei na praia,só vim até um bar. 

Preciso encontrar um jeito de voltar para casa sem que meu pai descubra que saí com um Costantini. Acho que vou ter que ligar pra minha mãe e pedir para ela vir me buscar ou então ir de barco,talvez em um helicóptero comercial. Tenho dinheiro na bolsa pro caso de alguma emergência e meu cartão de crédito tem o limite bem alto então acho que vou conseguir alguma coisa. 

Pedi um refrigerante no bar e,apesar da cara espantada do funcionário que devia estar esperando vender alguma bebida alcoólica,consegui um refresco de laranja bem gelado. 

O dia está bastante quente então o líquido gelado que desce pela minha garganta é praticamente um presente divino. Dá uma sensação gostosa e alivia a temperatura alta. 

Homem : o que uma mulher tão bonita está fazendo aqui sozinha? - uma voz grossa,masculina,soa atrás de mim e me surpreende. 

Viro para ver de quem se trata e um loiro,alto,de olhos azuis e corpo musculoso,se aproxima de mim. Ele se posiciona perto do balcão e não parece ser uma pessoa muito agradável,mantém uma distância pequena entre nós. Pequena demais para um desconhecido. 

Estou bastante acostumada com homens machistas e grosseiros. Sou uma mulher num mundo extremamente sexista e sei me defender,mas confesso que a altura e tamanho dele me deixam intimidada. Esse homem pode derrubar uma parede com um só tapa. 

Ayla : estou tomando um refrigerante - respondo. 

Homem : um refrigerante? Posso pagar uma bebida de verdade pra você - ele nem sugere,sua voz soa mais como um anúncio. 

Ayla : se eu quisesse outra bebida,teria comprado ela - falo com firmeza.  

Homem : ah,entendi. Você é daquele tipo de mulher que não aceita gentilezas - ele reclama. 

Ayla : sou o tipo de mulher que não quer e não precisa de um tipo de homem como você - retruco. Ele dá risada. 

Homem : você tem ideia de com quem está falando,garota? - ele questiona e dá um passo ameaçador na minha direção. 

Ayla : acho que é você que não sabe com quem está falando - encaro o desgraçado. Se ele souber quem eu sou...Se meu pai souber que esse verme está ameaçando a filhinha dele…

Homem : aé? Então me fala. Quem é a vadiazinha desconhecida? - o maldito pergunta com desdém e diminui ainda mais o espaço entre nós. 

Essa proximidade me deixa assustada e o hálito dele tem cheiro de álcool,me deixa paralisada. Se está bêbado,ele não pensa de maneira racional e,se for um filho da terra,perco meu pescoço antes mesmo de terminar a frase. 

A sereia da Sardenha Onde histórias criam vida. Descubra agora