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Cap 8 

Por Eric 

O jantar com Ayla foi maravilhoso e,em meio às nossas conversas,observando ela e me divertindo com suas histórias,percebi que ela é muito mais refinada do que tinha notado. A sereia entende de vinhos,viajou por quase toda a Europa,adora as praias do Brasil e é fluente em sete línguas. 

Não sei exatamente quem a ruiva é,só sei do que ela gosta e de poucas informações que acabou deixando vazar sem querer,sem ao menos perceber. Essa desatenção prova que a moça não é perigosa e que a Beatrice está mais próxima da verdade do que o Lorenzo,o que,por sua vez,me deixa muito feliz.

Para esta noite contratei os serviços do melhor restaurante da região e a Ayla adorou cada prato. Ela não conhecia o chefe pois o estabelecimento fica do meu lado da ilha e fiquei surpreendentemente satisfeito por apresentar algo novo a ela. Acho que gostei da sensação de mostrar um pouco de mim,do meu mundo,a uma mulher que não teve contato com nada disso. 

Depois do jantar,Ayla teve que atender uma ligação e eu aproveitei para entrar e pegar a delicada jóia que nos uniu nessa noite tão bonita. Também avisei o Lorenzo e o Giovanni que estou vivo e disse para a Beatrice que ela tem sorte de namorar um dos meus melhores amigos porque,caso contrário,eu arrancaria a cabeça dela. 

Quando voltei,a primeira coisa que senti foi o perfume da Ayla vindo junto com a brisa do mar,inundando minhas narinas e me fazendo acreditar que,de um jeito meio estranho e encantador,é como se a sereia e o mar tivessem uma conexão,como se eles se completassem. 

Me aproximo devagar,seguindo o delicioso aroma de baunilha,magnólia,pimenta rosa e mar,e quase perco o fôlego ao ver seu lindo cabelo ruivo voando com o vento,sua linda pele de porcelana,coberta por sardas alaranjadas,brilhando com a luz da lua e os seus lindos olhos,que hoje estão mais verdes do que azuis,encarando o oceano com fascínio. 

A noite está muito bonita. O céu está bastante estrelado e a lua cheia brilha gloriosa. O mar,diferente de quando nos conhecemos,está bastante calmo. É uma noite perfeita para o romance,para a conquista. 

Tiro o colar de dentro da caixinha,a coloco em cima da mesa em que jantamos e me aproximo devagar por trás da Ayla. Quero surpreendê-la com minha chegada,agarrar seu corpo magro e a trazer de volta para junto de mim. 

A sereia percebe minha presença,sorri ao notar que estou tão próximo. Sei que ela gosta disso,que gosta desse contato tanto quanto eu,que busca abrigo em mim.

Com uma delicadeza que eu não imaginei que tivesse,seguro carinhosamente o lindo e sedoso cabelo ruivo,afasto gentilmente e coloco o colar em seu pescoço,no lugar a que ele pertence. Ayla se arrepia inteira,suspira baixinho e morde com leveza o lábio inferior na tentativa de conter o mais lindo e tímido sorriso que já vi. 

Caralho,como isso é estranho. Eu nunca tinha me sentido tão atraído por alguém dessa forma,nunca senti tanto desejo ao ver um simples pescoço nu. Mas quero tanto traçar cada linha dele com os lábios,percorrer sua nuca e depositar pequenos chupões,sentir o gosto da sua pele,o seu perfume tão marcante e gostoso. Quero essa mulher de um jeito tão louco,de um jeito que nunca quis nada antes. 

Passo um braço ao redor da cintura fina e acomodo delicadamente o corpo da sereia no meu abraço. Ela se apoia no meu peito e sua pequena mão vai direto de encontro a minha,faz carinho com a suavidade de uma pluma. 

Roço meu nariz com sensualidade no seu pescoço,sinto o delicioso aroma da pele e não resisto a tentação de beijá-la,de sentir ela se arrepiar por mim. Pressiono meus lábios bem em cima da carótida,uso minha língua para provocá-la e,ao ouvir um som baixinho,um pequeno gemido escapando da sua boca,dou um chupão gostoso,leve e que faz minha sereia estremecer. 

A sereia da Sardenha Onde histórias criam vida. Descubra agora