A sereia da Sardenha

16

Cap 16

Por Eric. 

A discussão com Ayla me fez questionar se devo ou não me deixar envolver dessa forma com uma pacifista,com uma filha do mar. Somos diferentes demais,temos ideais opostos e isso obviamente vai nos afastar,vai causar muitas brigas. 

Deixar a sereia na fronteira com aquele olhar magoado e inseguro foi como dar um soco no meu estômago,doeu e me sufocou,mas sei que foi o melhor. Pelo menos espero que tenha sido. Não posso ficar com uma mulher que não consegue nem ser sincera comigo. 

Fico me perguntando se Ayla tem medo de mim, se acredita que vou fazer mal a ela e a sua família. Isso me leva também a questionar se eu faria,se escolheria entre o meu povo e a minha sereia,se os filhos da terra conseguem aceitar uma filha do mar como rainha. 

São coisas demais pra pensar e não me sinto em condições pra isso agora. Tenho que relaxar primeiro,me acalmar e pensar com muito cuidado no que vou fazer. Não posso abrir mão de uma mulher como a Ayla sem refletir muito antes,ela é tudo o que um homem precisa,tudo o que um rei quer e,com toda certeza,meu povo tem o direito de ter um pouco de paz,de alguma alegria,de uma vitória gloriosa. 

Passei o restante da tarde com meu pai,Lorenzo e Giovanni cuidando da vingança que o poderoso Arthur Costantini resolveu organizar hoje. Executamos um líder do Tristan,um dos homens de mais alto cargo na organização Barbieri,um homem alto,forte,de aproximadamente quarenta anos,olhos azuis e cabelo acobreado. E eu,o tempo todo,fiquei me perguntando se ele era parente da minha sereia,se era seu pai ou seu tio,se ela tem razão em ter medo de mim. 

Fiquei bastante perturbado com o que fiz e isso acendeu um alerta na minha cabeça. Não consigo cumprir meu papel como líder e ser o namorado que a Ayla quer,o que ela precisa. Não consigo matar uma pessoa com características parecidas com as dela porque sinto que vou tirar algo da minha sereia,que vou matar um pedaço dela. 

Depois de mandar o corpo de volta para os filhos do mar,vim até a boate com meus amigos. Preciso relaxar,tenho que tirar a Ayla da cabeça ou vou acabar fazendo alguma besteira. 

Bebi um pouco com Lorenzo,conversei com Giovanni e estava até me divertindo quando uma mulher linda,cheia de curvas,gostosa e completamente oposta a Ayla,esbarrou em mim “sem querer". Não tive que pensar duas vezes e a trouxe para o corredor que dá acesso ao meu escritório,o mesmo em que comi aquela vadia outra noite. 

Deixei a morena me entreter,me provocar,me excitar e,depois de comer a vadia,a coloquei pra me chupar. Estava quase gozando quando vi o Giovanni atravessar o corredor feito um furacão. 

Fechei meus olhos e forcei minha mente a continuar aqui,foquei no prazer. Segurei o cabelo preto em um rabo de cavalo,puxei a garota com certa violência e fodi a boca dela do jeito que quis. Não demorei a atingir o clímax e a putinha me devorou como uma gata faminta. 

Giovanni : caralho,Eric. Por que não avisou que estava aqui? - ouço meu amigo esbravejar. 

Eric : estava ocupado - justifico e aponto discretamente para a morena ajoelhada na minha frente. 

Giovanni : então é melhor desocupar. Sua sereia está aqui - ele conta e sinto meu sangue gelar. 

Eric : aqui na boate? - questiono perplexo. 

Giovanni : está no bar com a Bia. Disse que veio fazer as pazes com você - meu amigo confirma. 

Morena : ele já tem uma mulher - a voz rouca da mulher nos surpreende. Por um segundo até esqueci que ela estava aqui. 

Eric : tenho e ela está no bar. É melhor você ficar longe - alerto enquanto a garota ajeita a saia. 

Giovanni : você já cumpriu sua tarefa,está na hora de ir - o ruivo fala com o mesmo tom firme que eu.