BRILLIANT DEATH • Percy Jackson •

CAPÍTULO 6 - A minha favorita é a de Sirius

CATERINE NATALIE CHERNYY

ESTÁVAMOS NA VAN HÁ POUCO tempo, Perseu no meio de Thalia e eu, atravessando o Potomac quando avistamos o helicóptero. Era de um modelo militar, preto e reluzente, como o que apareceu em Westover Hall e a deusa Ártemis o transfigurou em corvos. E vinha em nossa direção. Estavam nos seguindo.

— Estão nos seguindo. — Afirmei, carrancuda.

Abri minha mochila áspera marrom e procurava minhas luvas extras (as outras luvas provavelmente estavam em algum canto do museu, já que com a adrenalina do leão eu as joguei em qualquer lugar e nem me preocupei em guardá-las adequadamente.)

— Temos que nos livrar da van. Eles a conhecem. — disse Perseu.

Zöe deu uma guinada para a pista de maior velocidade. O helicóptero se aproximava.

— Vamos ter que viajar por outro meio. Um que os mortais não consigam nos seguir. — Complementei o raciocínio de Percy.

Pelo canto de meu olho, vi ele assentindo em concordância.

— Quem sabe os militares não o derrubem. — disse Grover, esperançoso.

— Os militares podem pensar que são um deles. — Apontou Perseu. — Por falar nisso, como é que o General pode utilizar mortais?

— Mercenários. — respondeu Zöe, amargamente. — É abominável, mas muitos mortais lutam por qualquer coisa desde que sejam pagos por isso.

— Mas será que esses mortais não veem para quem estão trabalhando? Não percebem todos os monstros a sua volta? — perguntou Percy.

— E isso importa, Perseu? Se eles veem através da Névoa ou não, eles estão pouco se fodendo. Os mortais podem ser mais sanguinários que os monstros. Algum dia, provavelmente, vão causar a própria extinção com suas brigas políticas e econômicas, sempre entrando em guerras, nunca cooperando entre si. — disse eu, rancorosa a Percy quando terminei de calçar minhas luvas extras.

Perseu fitou-me parecendo concordar comigo, mesmo que quase todos naquela van tivessem parentesco mortal.

Zöe balançou sua cabeça positivamente e sombriamente, concordando com minha fala nenhum pouco otimista.

— Não sei o quanto eles veem através da Névoa. Mas, como Natalie disse, duvido que teria importância para eles se soubessem da verdade. Às vezes, os mortais podem ser mais horríveis e sanguinários que os monstros. 

O helicóptero continuava a se aproximar, fazendo em tempo muito melhor do que o nosso, que estávamos congelados no trânsito de Washington. O céu estava cinza, vertendo em neve. Thalia fechou os olhos e a ouvi pronunciar uma pequena prece.

— Ei, Pai. Um relâmpago agora viria bem a calhar. Por favor...

Mas não houve nenhum sinal de bem-vindos de Zeus com uma tempestade de raios. Observei Thalia e seus ombros encolheram, magoada e frustrada.

— Lá adiante! Aquele estacionamento! — disse Bianca.

— Vamos ficar encurralados. - disse Zöe.

— Confiem em mim. — replicou Bianca, confiante.

Zöe atravessou duas pistas em alta velocidade e entrou no estacionamento de um centro comercial na margem sul do rio. Abandonamos a van e seguimos Bianca, descendo alguns degraus.

— Esperto, B. — disse eu, impressionada.

Me relembro do verão passado quando passei aquele mesmo ponto com Nico e Bianca. A garota de olhos de chocolate, um pouco mais a minha frente, virou o rosto com um pequeno sorriso tímido em minha direção.