Caterine Natalie Chernyy vivia no frio de um vilarejo na antiga União Soviética junto da família composta por pessoas demais, o que acabava que passavam por dificuldades. E apesar de viver na época em que a Segunda Guerra Mundial aniquilava o mundo...
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CATERINE NATALIE CHERNYY
— VOCÊ... NÃO OUVIU A PROFECIA QUE A HARPIA DISSE, NÃO É,CATE? — perguntou-me Annabeth, a voz baixa e ansiosa.
Olho com culpa para a filha de Atena. A pretora de Roma estava há alguns passos na nossa frente, mas sei que Reyna está atenta a conversa de Annabeth e eu mesmo com as palavras sussurradas da Chase. Me afundei tão rapidamente em meus pensamentos sobre Nico que me desliguei de tudo ao meu redor. Porém, consigo visualizar como Annabeth estava tensa, seus dedos iam a todo momento para o bolso onde havia a moeda — e tenho a sensação de que o objeto tinha algo a ver com a profecia que não escutei.
— Não ouvi, Beth... — Confesso, dando-a um sorriso fraco.
Annabeth tirou sua mão sobre a moeda escondida no bolso, torcendo seus dedos em um gesto nervoso.
— Eu... hum... tinha que te contar algo. — Sussurrou ela.
Engoli a seco, nervosa, me lembrando dos versos recitados por Rachel Elizabeth Dare ontem à noite.
— É... eu também... — Digo de volta, minha voz falha no meio do meu sussurro.
Respiro profundamente e volto meu olhar para a cidade, observando Nova Roma com fascínio. Os jardins elevados eram lindos, as fontes e os templos, as ruas sinuosas com calçamento de pedra e as vilas brancas e reluzentes — que me lembravam a aldeia na União Soviética em que cresci. Annabeth olhava tudo com brilho nos olhos e sei que ela estava pensando em como deveria ter feito colunas que conduzem até o pátio no Monte Olimpo. A garota havia dedicado vários dias em seu emprego dos sonhos: redesenhar o Lar dos Deuses que foi destruído por Cronos no verão anterior. Annabeth havia me falado de cada detalhe do que fez no Olimpo e para quem a conhecia era fácil notar que ela estava encantada com a arquitetura romana — mesmo que Annabeth preferisse se torturar do que admitir isso. A filha de Atena ainda era muito orgulhosa...
— Temos os melhores arquitetos e construtores do mundo. — disse Reyna. — Sempre foi assim desde a Antiguidade. Muitos semideuses vêm morar aqui depois de concluir seu tempo na legião. Os Chernyy's possuem uma casa no bairro das Setes Colinas. Virou um monumento histórico depois... Bem, agora estará disponível para você, Caterine, se assim quiser. Alguns da sua família ingressaram na universidade antes de...
— Serem mortos. — Digo, mordendo meus lábios com apatia. — Não tenha medo de me dizer a verdade, Reyna. Minha família foi morta.
A pretora pressionou os lábios, os olhos negros da cor de obsidiana me analisando meticulosamente.
— James Chernyy começou a fazer Artes Visuais na Universidade de Nova Roma. — Continuou Reyna. — Estava quase concluindo o curso junto da esposa, Rose, quando voltou para a União Soviética. Aqui, mesmo que por pouco tempo, James e Rose Chernyy estabeleceram uma família. Estavam tentando ter um filho. Yellena não era membro da legião, mas costumava visitar o acampamento com muita frequência junto da avó...
