CAPÍTULO 74 - A queda dos Chernyy's

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CATERINE NATALIE CHERNYY.

O FASCE ERA PESADO EM MINHA MÃO. PRATICAMENTE ME ARRASTAVA NO CORREDOR MAL ILUMINADO DESTE QUE SAÍ DA COMPANHIA DO LEONCEFALINO, TODO MEU CORPO ERA SINÔNIMO DE DOR. Toda minha mente era sinônimo de sofrimento. Me lembro que ao fundo na minha visão perturbada pela imagem de Yellena morrendo... Tinha o rosto do leoncefalino muito surpreso por minha ousadia de oferecer a imortalidade de um deus olimpiano por outra imortalidade. O homem-leão achou muito cômico e corajoso da minha parte, aceitando minha troca — tanto que emitiu um rugido que parecia uma risada quando lhe informei que queria deixar uma fasce falsa para Popeia, com apenas a intenção de enganá-la até o momento em que ela iria realmente cair. O feitiço de proteção poderoso de Hécate tinha deixado meu corpo e ido até a fasce falsa que deixei com o leoncefalino — linhas negras deixavam meu dedo, ondas de poder cravando-se no metal de ouro do machado cerimonial. E compreendi o quão poderoso era esse feitiço da deusa tríplice. Era praticamente impossível saber diferenciar qual era o fasce verdadeiro já que a magia da deusa-bruxa era tão poderosa que sua ilusão estava simulando perfeitamente a imortalidade, Popeia não iria notar a diferença. Somente o leoncefalino e eu saberíamos que houve uma troca, que o verdadeiro tinha saído do domínio da imperatriz.

No entanto... não sei como andando. Nem ao menos sei como tive força para continuar, não depois do que se cravou em minha mente. E agora parecia que as imagens da minha família morta, de Yellena morrendo bem na minha frente se recusavam a deixar meu cérebro. Meu choro era alto, denunciando minha posição para qualquer um. Mas não me importei, só queria... chorar.

Yellena morreu na minha frente.

Ela a matou.

Anastasiya assassinou toda minha família.

Começar a crer e realmente visualizar o acontecimento era coisas diferentes — e ter visto os corpos da minha família, estirados e sem vida... Ter encontrado primeiro James, meu primo idiota que sempre fazia bobeiras para me fazer sorrir. Rose, Nikolai e Damon... Deuses, meus avôs... Ainda assim, o pior foi ter visto Yellena ir... Na escuridão do corredor longo de Império sangrento de Nero, meu luto estava mais uma vez se espreitando no meu interior, arrombando as portas do meu coração. Meu sangue se transfigurando em uma vastidão de moléculas de tristeza, profunda e imensa, as lágrimas caindo como uma chuva incendiária, afogando minha alma devastada. A memória do dia que minha vida mudou dançando entre as sombras do meu cérebro, os fantasmas do meu passado que nunca se vão. Os olhos cinzentos de minha irmã, a pessoa que mais amei na vida, me implorando para ficar.

Me prometendo que iria me encontrar.

O sofrimento era meu companheiro mais fiel, foi ele quem acompanhou cada passo em minha jornada. Cada passo da minha vida. E agora não sei distinguir o que estava mais dilacerando meu espírito. Se era a dor terrível em minhas costas, sentindo como se as lâminas ainda estivessem cravadas nelas. Como se Anastasiya ainda estivesse me torturando por horas e horas para me fazer deletar Luguselwa. Ou se era a dor indescritível da minha alma, um buraco negro que sugava toda minha vontade de continuar — só queria deitar-me e chorar. Chorar até não aguentar mais, até meus olhos ficarem cansados de suportar tantas lágrimas. Chorar por um único dia em que não poderia mudar, mas que me atormentaria pelo resto da minha vida.

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