CAPÍTULO 52 - Gênio

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PERCY JACKSON

MEU CORAÇÃO FAZIA POLICHINELO ENQUANTO CRISAOR ANDAVA DE UM LADO para o outro, examinando como se fôssemos gado premiado. Ele tinha uma atenção redobrada em Caterine, que ainda sangrava e tinha se arrastado até ficar encostada na amurada — seu sangue impregnado por todo o chão no convés me era alarmante. O inimigo trouxe meus amigos. Jason estava inconsciente. A julgar pelas novas contusões em seu rosto, ele tentara lutar. Hazel e Piper tinham pés e mãos atadas. Piper amordaçada, então aparentemente os golfinhos haviam descoberto o charme nas palavras. Annabeth tinha uma parte do rosto roxa e estava amarrada com os braços presos nas costas. Só faltava Frank, embora dois golfinhos estivessem com o rosto coberto de picadas de abelha. Meus amigos olhavam para a filha de Hades preocupados e temerosos, e minha raiva crescia a cada segundo com a visão de Caterine machucada. Annabeth e Hazel, em especial, tinham os olhos arregalados de angústia e choque. Hazel chorava silenciosamente, pedindo por cima da mordaça para que deixassem cuidar da irmã.

Finalmente me permiti visualizar brevemente melhor o inimigo. Os invasores eram como golfinhos que pareciam humanos ou homens que se pareciam golfinhos. Alguns tinham focinho cinza. Outra seguravam a espada com nadadeiras atrofiadas. Alguns gingavam em pernas parcialmente fundidas enquanto outros ainda tinham nadadeiras em vez de pés. Uma dúzia de seus homens-golfinhos permaneceu em torno deles, as lanças apontadas para meu peito, enquanto mais dezenas vasculharam o navio, revirando e destruindo tudo sob o convés. Um carregava uma caixa de ambrosia escadas acima e tive a vontade de me jogar em cima dele para conseguir um pouco do alimento divino — dar para Caterine que mal conseguia manter os olhos abertos. As lanças em meu peito se aproximaram ainda mais quando tentei dar um passo.

— Ah, não mesmo, irmão. — disse Criasor. — As ambrosias são nossas.

Os homens-golfinhos evitavam Caterine, encolhidos e distantes como se estivesse com medo dela. A camiseta agora estava completamente vermelha e minha namorada extremamente pálida — ela estava perdendo muito sangue.

— Dê um pouco de ambrosia para Caterine! — Interveio Annabeth, nervosa. — Irá matá-la se não der o tratamento.

— Ah! — disse Criasor. — Acha mesmo que minha intenção é matar uma garota tão bonita? Ora, por favor, se eu quisesse matar Caterine Chernyy...

— Você me matar? — perguntou Caterine, a voz falhada e completamente ácida. — Você é engraçado...

Annabeth olhou feio para Caterine e entendo o porquê a filha de Atena estava aborrecida — mesmo ferida, minha namorada ainda tinha fôlego de provocar e rir da cara do perigo.

Criasor se virou para Caterine, andando e se agachando na frente dela. Ele deixou a espada de lado e ergueu sua mão, passando um dedo pelo rosto pálido da filha de Hades e o rosto dela se retorceu em nojo — meu corpo vibrava de raiva. Se ele tocar nela...

BRILLIANT DEATH • Percy Jackson •Onde histórias criam vida. Descubra agora