CAPÍTULO 38 - Eu amo você

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CATERINE NATALIE CHERNYY

ESTAVA SEM AR OUTRA VEZ. Não conseguia respirar. Mas dessa vez era por causa da cara indignada de Perseu. Rachel tinha roubado BlackJack e ido até o acampamento. A postura do filho de Poseidon parecia a de uma velha resmungona que levou uma patada de um jovem encrenqueiro, o rosto bonito estava incrédulo com a ousadia da mortal — sério, era impagável. Poderia tirar uma foto do rosto de Percy e guarda de recordação sempre que quiser dar boas risadas.

Perseu me olhava bravo — os olhos verdes mar incendiados em aborrecimento com um biquinho emburrado que lhe era adorável, que me fez querer apertar suas bochechas e falar com uma voz fina para cachorro (Percy odiava que eu fazia isso, dizia que não era um cachorro para eu falar assim com ele — mas fazia do mesmo jeito só para irritá-lo).

— Caterine! — exclamou ele. — Isso não é hora!

— É hora sim! — disse eu, risonha. — Rachel roubou seu pégaso. Ah, deuses, meu dia está completo.

Vejo Annabeth morder os lábios para evitar rir.

— Cate. — Annabeth tentou me repreender, mas havia uma nota de alegria em sua voz. — Não zombe de Percy. Isso é sério.

Depois de Sally e Paul praticamente nos esmagar em abraços preocupados, Nico nos falou que Rachel havia sequestrado o pégaso negro de Perseu — eu sabia que ele tinha um enorme ciúme de BlackJack, sempre de olho em que o montava. Para Percy, ninguém roubava o pégaso dele. Nem mesmo Rachel, o que só me fez cair ainda mais em gargalhadas — uma mortal havia passado a perna em um cara que acabou de vencer uma guerra. Não me culpem por achar isso hilário.

Nós corríamos para o rio. Tinha uma ideia do que Rachel iria fazer no acampamento — mas Hades havia me falado que a maldição que recaía sobre o Oráculo foi desfeita. Ele garantiu isso. E apesar de meu pai preferir ser torturado a admitir, eu sabia que ele estava grato a Perseu por seu pedido aos deuses. De que seus filhos — Nico e eu — não fossemos mais excluídos, que tivéssemos um chalé no acampamento. Não mais deixados de lado por sermos crianças do Mundo Inferior.

Hades podia ser muitas coisas, mas sempre cumpria com suas promessas — ele tinha de cumprir, era o único deus que sabe o valor de um juramento sagrado. A ninfa do Estige sempre estaria em seu reino para lhe lembrar.

O trânsito estava horrível. As pessoas espalhadas pelas ruas observavam de maneira pasma os danos da guerra. Sirenes de polícia soavam em todos os quarteirões — vários chamados para apagar os focos de incêndios causados pelo próprio Cronos e por nós. Com o trânsito uma merda, pegar um táxi demoraria horrores e os pégasos já haviam partido. Assim, corremos, abrindo caminho em meio a multidões de mortais atordoados que atravancavam as calçadas de uma Nova York desperta.

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