CATERINE NATALIE CHERNYY
ESTÁVAMOS MUITO ALTO. Abaixo de nós, uma cordilheira de montanhas cobertas de neve passou rapidamente. Meu pé tocou a neve de um dos picos. Desde o momento em que levantamos voo, Thalia e Perseu se agarravam ao que tinham alcance, como se isso fosse impedi-los de despencar caso os anjos abrissem as mãos. Thalia agarrava-lhe o braço do anjo. Perseu me agarrava com força, praticamente me sufocando.
— Perseu, você está me sufocando. — Resmunguei. O aperto de Perseu em minhas costas estava quase dolorido.
— Hum, desculpe, Caterine. — disse Percy envergonhado enquanto diminuía o aperto de seus braços sobre minhas costas, mas não me soltou. Seu corpo contra o meu ainda estava tenso.
— Avise quando tiver acabado. — disse Thalia com os olhos bem fechados.
— Eu odeio voar. — Resmungou Percy no meu ombro.
— Estamos... estamos muito alto? — perguntou Thalia.
Virei minha cabeça para olhar para baixo. Os picos de montanhas congeladas estavam todos na altura de meus olhos, a vegetação parecia pequenos palitos verdes, tamanho eram a distância da nossa altura. O ar estava frio, indicando mais uma vez que, sim, estávamos muito alto.
— Não estamos. Não tão alto. — Menti.
Perseu devia estar de olhos fechados (não consigo ver o rosto dele já que estávamos abraçados por causa das mãos do anjo, e ele escondia o rosto no meu ombro), pois ele soltou um suspiro assustado e voltou a me apertar. O garoto resmungou um: "Mentirosa".
— Estamos nas Sierras! — gritou Zöe. Ela e Grover pendiam dos braços da outra estátua. — Já cacei por aqui. A essa velocidade, estaremos em São Francisco em algumas horas.
Aceleramos, o que mostrava que os anjos estavam entusiasmados. As montanhas logo se transformaram em morros, e depois em campos cultivados, cidades e estradas.
Grover tocava sua flauta para passar o tempo. Zöe, entediada, começou a disparar flechas em outdoors ao passarmos por eles, acertando na mosca nas placas de lojas de departamentos a cento e sessenta quilômetros por hora que ela usava como alvo.
Thalia manteve os olhos fechados o tempo todo, sussurrando para si mesma, como se estivesse rezando. Mas ela, com toda certeza, não era a única que tinha medo de altura.
— Thalia não é a única com medo de altura. — Sussurrei levemente.
Percy me apertava, as mãos trêmulas do garoto se enroscavam no meu cabelo, o que fazia-o pedir desculpas desconexas com sua voz fraca e trêmula. Sinto sua respiração começar a ficar ofegante, e reconheço esses sintomas. Percy estava tendo o começo de um ataque de ansiedade.
— Perseu. — Chamei-o. Percy suspirou trêmulo.
Levei minha mão até o rosto de Percy, levando-o do meu ombro. Minha mão direita estava em suas costas, enquanto coloquei minha mão esquerda sobre seu rosto, fazendo-o me encarar. A curta distância entre nossos rostos não me intimidou, preciso acalmá-lo antes que a crise comece. Posso fazer a técnica de "cinco coisas" referente aos cinco sentidos. Mas não há muitas opções quando se está nas mãos de um anjo metálico há vários metros de altura. Era essa técnica que Bianca fazia para me acalmar... Respiro fundo e balanço minha cabeça. Não posso me permitir pensar nisso agora. Percy precisa de ajuda.
— Perseu. — disse suavemente, minha voz tranquila e segura. — Você está tendo um ataque de ansiedade.
— E-estou?
— Sim. Pode acompanhar minha respiração? Vamos respirar devagar e profundamente. Conte três inspirações e seis expirações. Está bem? Acha que consegue?
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BRILLIANT DEATH • Percy Jackson •
FanfictionCaterine Natalie Chernyy vivia no frio de um vilarejo na antiga União Soviética junto da família composta por pessoas demais, o que acabava que passavam por dificuldades. E apesar de viver na época em que a Segunda Guerra Mundial aniquilava o mundo...