CAPÍTULO 33 - Fogo do Inferno

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CATERINE NATALIE CHERNYY

DE VOLTA AO PLAZA, THALIA E eu puxamos Perseu até um canto para conversarmos com privacidade.

— O que foi que Prometeu te mostrou? — perguntei, agitada.

Perseu olhou relutante para a filha de Zeus e eu, mas nos contou sobre a visão que teve da casa de May Castellan. De como Thalia estava ferida e Luke e Hermes discutiram sobre o destino do garoto — e como May tentou suportar o espírito de Delfos e enlouqueceu. Thalia esfregou a coxa, como se estivesse se lembrando do antigo ferimento.

— Aquela foi uma noite ruim. — Admitiu ela. — Annabeth era tão pequena... Não creio que ela tenha compreendido o que viu. Ela só sabia que Luke estava aborrecido.

Mordi meus lábios com a menção de Annabeth e olhei para o Central Park pelas janelas do hotel. Pequenos incêndios ainda ardiam ao Norte, mas, afora isso, a cidade estava estranhamente em paz.

Thalia colocou uma mão em meu ombro, fazendo-me encará-la.

— Sabe algo sobre isso, Natalie? — perguntou ela, estreitando os olhos azuis elétricos.

Respiro fundo e olho cautelosa para a filha de Zeus.

— Annabeth se lembra, Thalia. — Afirmo, cuidadosa. — E ela sabia o que estava acontecendo. Era uma criança inteligente e agora uma garota ainda mais sábia.

O rosto anguloso como o de uma águia de Thalia empalideceu. Até Perseu tinha uma expressão cuidadosa — ele viu como tinha sido, e uma menina de sete anos compreender o que estava acontecendo era de se surpreender. Às vezes, Annabeth era inteligente demais para o seu próprio bem.

— Annabeth... Ela te falou? — perguntou Thalia franzindo suas sobrancelhas pretas.

Sacudo minha cabeça em confirmação.

— Não se lembra de todos os detalhes com clareza, afinal, ela tinha sete anos. Mas Annabeth se lembra como May Castellan... E a real razão da discussão de Luke e Hermes...

Thalia engoliu a seco e uma pequena mágoa possou por seus olhos elétricos.

— Por que ela não me disse? — questionou ela, a voz que normalmente era raivosa estava afogada em chateação.

Abro um sorriso gentil para a filha de Zeus e coloco minha mão sobre o braço dela, dando-a algum conforto. Perseu nos observava atentamente.

— Você sabe o porquê, Thalia. — Afirmo com um sorriso amigável.

Thalia suspira e pôs o arco no ombro — ela sabia que Annabeth tinha uma queda por Luke. Consigo sentir a aura prateada poderosa e imortal dela — a Benção de Ártemis. Ainda assim, a filha de Zeus parecia a mais frágil entre nós. Relembrar algo da infância de Luke, onde ela viu o motivo do filho de Hermes ter fugido de casa não era fácil. Apesar de toda a raiva e ressentimento que Thalia sentia por Luke ter se aliado a Cronos, ela o entendia. Sei que sim, Annabeth me falou cada minuto e detalhe que ela se lembrava de como fugiu de casa aos sete anos — até o momento em que encontrou Luke e Thalia, até o momento em que eles foram ao Acampamento Meio-Sangue junto a Grover. Era comum eu sentir raiva de Hades, mas quando Annabeth me disse que ele mandou uma das Benevolentes atrás de Thalia... Acho que nunca fiquei tão furiosa com ele como naquele momento.

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