CATERINE NATALIE CHERNYY
EM UMA FRAÇÃO DE SEGUNDOS, Dr. Espinheiro ficou desnorteado, pego de surpresa, assim a sua primeira saraivada de espinhos zuniu inofensiva acima da cabeças dos caídos no chão por conta do empurrão. Tive que me jogar ao chão novamente para evitá-las. Isso deu uma chance de Grover e a garota punk na qual dançava avançarem por trás.
A garota punk brandia um escudo terrível. Nele tinha o rosto amedrontador de uma mulher com cabelos de cobras. Parecia ter sido moldada em bronze, e era tão horrível que senti as ondas de medo que aquele pedaço circular de metal causava. Medusa. Nico tinha me falado dela enquanto jogávamos. A garota Punk também tinha uma lança imensa e uma expressão tão voraz que vi que estava disposta a matar. No entanto, isso não me incomodou. Sabia que para sairmos dessa, o demônio deveria morrer, nunca irá deixar Nico, Bianca e eu sairmos em paz. Para protegê-los, também estava disposta. Apertei a espada de Perseu com mais força entre meus dedos.
Até mesmo o Dr. Espinheiro estremeceu e recuou diante do escudo. A garota punk vinha com sua lança.
— Por Zeus!
Achei por um momento que ela iria matá-lo. Mas o puto rosnou como um animal e desviou o golpe, jogando a lança para o lado. Sua mão se transformou em uma pata enorme laranja, com garras igualmente enormes, que cintilaram contra o escudo da garota enquanto o golpeavam. Vi que esse escudo salvou a vida dela, ou então teríamos visto a neve banhada em sangue e tripas. Ela conseguiu rolar para trás e aterrissar de pé.
O som de helicóptero estava mais alto. Estão chegando. Não ousei olhar para trás e me coloquei em frente de Perseu, ainda atordoado e ferido. O Dr. Espinheiro lançou outra saraivada de espinhos contra a Punk, e dessa vez pude ver que ele não estava blefando. A cauda que vi mais cedo era rígida, semelhando a de um escorpião, onde se seguia os espinhos que lançava em nossa direção. O escudo estava resistindo, mas a força do impacto derrubou a Punk.
Grover saltou para frente, me lembrando por um momento de um bode. Levou sua flauta aos lábios e começou a tocar — uma música frenética que parecia o som de piratas dançarinos. Já o vi tocar uma vez e assim que me percebeu parou, mas juro que vi as gramas crescerem de maneira rápida demais. E foi o que aconteceu, a grama rompeu a neve e, em segundos, ervas daninhas da grossura de uma corda bem forte se enroscaram nas pernas do puto, envolvendo-o firmemente.
O puto cuzão começou a surtar. Rugiu e se transformou. Crescendo até assumir uma forma mais feia e demoníaca — o rosto ainda humano demoníaco, os dentes perfeitos, mas com o corpo de um imenso leão. A cauda rija e pontiaguda lançava espinhos mortais em todas as direções. Ouvi Bianca gemer de pavor, e ainda concentrando meu olhar no feioso, percebi um defeito na sua defesa. Estava ocupado demais surtando de raiva, com as mãos brandindo em punhos para cima como um velho de um desenho animado. Antes de ao menos pensar em enfiar a espada de Perseu no estomago da coisa, ele me puxou pelo braço com força.
— Não se atreva, garota! É perigoso! — disse Percy, a voz alta ardida em raiva.
— Me solta, porra!
— Um manticore! — disse a garota de olhos cinzas, que não sei de onde caralhos veio, com um boné dos New York Yankes aos seus pés. Odeio beisebol.
— Quem são vocês? — perguntou uma surtada Bianca Di Angelo. — E o que caralhos é aquilo?!
— Um manticore? — disse Nico, incrivelmente sorrindo. — Ele tem poder de ataque de três mil e mais cinco para arremessos de salvamento! E achei que a boca suja era a Natie, Bianca.
— NICO! — disse Bianca Boca Suja.
O manticore feioso acabou dilacerando as ervas mágicas de Grover, transformando-os em fiapos, e então voltou-se em nossa direção com um rosnado. Argh. Essa porra é um cachorro para ficar rosnando assim?
VOCÊ ESTÁ LENDO
BRILLIANT DEATH • Percy Jackson •
Fiksi PenggemarCaterine Natalie Chernyy vivia no frio de um vilarejo na antiga União Soviética junto da família composta por pessoas demais, o que acabava que passavam por dificuldades. E apesar de viver na época em que a Segunda Guerra Mundial aniquilava o mundo...