BRILLIANT DEATH • Percy Jackson •

CAPÍTULO 61 - Amigos

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PERCY JACKSON.

OBSERVEI MINHA NAMORADA SE JOGAR NO CHÃO ESTÉRIL DA FLORESTA NEGRA E BERRAR DE DESESPERO. OS OLHOS DE CATERINE tinham se escurecido por completo — suas írises tinham desaparecido em meio ao enegrecimento de todo seu globo ocular. O corpo trêmulo expelia o fogo mágico quando a filha de Hades vomitou, tamanho era seu pavor. A minha garota encolheu seu corpo pequeno, gritando algo em russo e começando a arranhar a própria pele com brutalidade, deixando rastros de sangue e feridas destacadas em suas tatuagens.

— CATERINE! — gritei em pânico.

E comecei a caminhar para perto dela, pouco me fodendo com as mulheres demônios à minha volta. Bob me seguia, afastando as criaturas demoníacas quando Caterine olhou para mim, o rosto banhado de lágrimas e extremo horror e terror. E a filha de Hades fez algo que me deixou ainda mais desesperado — ela se jogou contra minha espada. Arregalei meus olhos, soltando Contracorrente bem a tempo de evitar que minha namorada se matasse, agarrando seu corpo com minhas mãos e prendendo com força, tentando fazê-la parar de gritar temorosa.

Me voltei para as arai, que riam alegres do pavor de Caterine, começando a fazer apostas sobre o que ela estava vendo que estava deixando-a tão desesperada.

— O que fizeram com ela?! — gritei, zangado.

Uma pequena maldição para Caterine Chernyy, disse as vozes, zombeteiras. Ela tem o costume de matar seus inimigos com o mais puro medo. Agora está sentindo na pele como é se desesperar com o pavor. Tantos monstros que pereceram diante do medo em uma única maldição... Será que a filha de Hades enlouquece antes de se matar?

As mulheres demônios soltaram gargalhadas estrondosas, se deliciando com os gritos roucos de terror de Caterine. Uma onda de náusea me atingiu e quase vomitei — a filha de Hades estava com medo. Desesperada e pronta para se suicidar. Não vou deixar isso acontecer. Firmei ainda mais o corpo pequeno de Caterine, deixando a mais imóvel possível para evitar se machucar, porém, nesse processo ela estava me machucando. Sei que não era intencional, mas Caterine era forte e... doía. Ela estava me mordendo com força para me soltar, arranhando meus bíceps com suas unhas, tirando-me sangue enquanto ainda gritava de pavor, quase sem voz. Bob se remexeu ao meu lado, desconfortável em vê-la assim, e levantou seu dedo, tocando a testa de Caterine. A garota parou de se debater contra meu corpo, os olhos voltando a apresentarem as duras cores: mármore negro e dourado líquido.

— Ui! — disse ele. — Um grande "Ui". Caterine deixou muitos monstros com medo.

Caterine parou de gritar, mas seus olhos ainda estavam apavorados — como se a sensação de medo não tivesse passado por completo.

— Você está bem?! — perguntei, urgente, e logo em seguida me xinguei mentalmente. Era óbvio que Caterine não estava bem.

— N-não estou. — Admitiu ela, a voz tão rouca que quase não a ouvi. — E-eu nunca senti tanto m-medo...

Coloquei a garota calmamente no chão. Então, os olhos de Caterine se fixaram atrás de mim e Bob, e ela me empurrou para o lado com força na direção do titã. Bati contra o corpo grande Bob no exato segundo em que uma arai passava suas garras onde estive — Caterine se agachou, pegando minha espada e descrevendo um arco na altura da cabeça da criatura demoníaca, matando-a decapitada. No mesmo instante, minha garota soltou a espada, gritando roucamente de aflição.

— Estou cega! Não consigo ver!

Caterine tocou o próprio rosto, olhando desesperada de um lado para o outro. Os olhos voltaram a ficar completamente negros, como se as sombras estivessem impregnadas por seus globos oculares. Corri até seu lado, pegando minha espada do chão estéril enquanto as arai falavam.