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CATERINE NATALIE CHERNYY
AFRODITE OLHAVA PARA MINHAS TATUAGENS COM UMA CARETA DE REPULSA, COMO SE FOSSEM manchas feiosas em minha pele — o que me deixava bem mal-humorada. Eu amava cada uma das minhas tatuagens, ainda mais as que eram de constelações como a de Perseus e a Cão Maior. Ela nos levou até o pavilhão central nos jardins: um gazebo de colunas brancas, onde havia uma mesa posta com talheres de prata, xícaras de porcelana e, naturalmente, uma chaleira fumegante, cuja aroma mudava com a mesma intensidade e frequência da deusa — canela, jasmim ou hortelã. Havia uma travessa de biscoitos, bolos e muffins, manteiga fresca e geleia de morango (odiava esse sabor de geleia). Tudo devia ser incrivelmente calórico; a menos, é claro, se você fosse a deusa imortal da beleza e do amor.
Afrodite sentou-se em uma cadeira rainha de vime com espaldar alto. Ela serviu chá e bolos sem deixar cair uma migalha na roupa, com a postura perfeita e o sorriso deslumbrante — um verdadeiro contraste comigo, já que sou a única com a aparência de quem assaltava damas elegantes (ainda não vou tirar meus piercings e muito menos me livrar das minhas tatuagens).
Quanto mais ficavam sentadas ali, mais eu desejava esfregar a cara da deusa na lama.
— Ah, minhas doces meninas. — Falou a deusa. — Amo Charleston! Os casamentos a que assisti neste gazebo... me trazem lágrimas aos olhos. E os bailes elegantes nos tempos do Antigo Sul. Ah, eram uma graça. Muitas dessas mansões ainda têm estátuas minhas nos jardins, embora aqui me chamem de Vênus.
— Você não devia estar... lutando contra a personalidade romana? — perguntei com cuidado, medindo minhas palavras.
Afrodite era uma deusa... temperamental. Tinha que tomar cuidado com minha língua afiada e solta que é especialista em ofender os deuses.
— É... — Concordou Annabeth. — Quem é você? Vênus ou Afrodite?
A deusa bebericou o chá. Seus olhos cintilavam em malícia quando me encarou.
— Ah, Caterine Natalie Chernyy, você é uma jovem russa incrivelmente linda. Esses olhos são deslumbrantes, entendo o porquê Percy Jackson os viu em mim quando nos encontramos no Ferro-velho de meu marido. Seu cabelo é tão bonito e sedoso, mas as tatuagens e os piercings...
Franzi meu cenho, confusa.
— Perseu me viu em você quando foi até a gente no Ferro-velho de Hefesto? — perguntei, surpresa, ele não havia comentado isso. Bom, o mesmo tinha acontecido comigo a poucos minutos, vi Percy no rosto de Afrodite. — Tinha nem duas semanas que nós nos conhecíamos...
A deusa abanou as mãos, um gesto como se isso não fosse nada demais.
— Sim, sim. — disse Afrodite. — Ele já tinha uma quedinha por você, seu jeito... rebelde o conquistou. Foi tão bonitinho a forma como ele ficou nervoso e vermelho quando viu suas características em mim! Bom, você é realmente linda, não tanto quanto eu, claro. Mas alguns reparos... se quiser posso retirar suas tatuagens e...
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BRILLIANT DEATH • Percy Jackson •
FanficCaterine Natalie Chernyy vivia no frio de um vilarejo na antiga União Soviética junto da família composta por pessoas demais, o que acabava que passavam por dificuldades. E apesar de viver na época em que a Segunda Guerra Mundial aniquilava o mundo...