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PERCY JACKSON
POR UM MOMENTO QUIS MORRER TAMBÉM. Eu queria chorar. Queria chorar até tirar toda essa dor no meu peito. Toda essa angústia que trava minha respiração. Esse era meu sentimento mais predominante, chorar em tristeza até que a dor passe. Mas estou tão paralisado com o que aconteceu que é difícil até mesmo me mover, é difícil encarar a realidade do que houve — meu cérebro não processou tudo ainda. Foi tão rápido. Não sei se acho isso aliviador ou apavorante, ficar anestesiado por mais tempo era bom. Mas uma hora teria que aceitar o que aconteceu e isso me apavora. Toda vez que pisco meus olhos vejo Caterine entre meus braços.
Inconsciente.
Morta.
Meus olhos queimam em lágrimas só de pensar nisso. Caterine morreu entre meus braços. Seu belo rosto estava sem expressão, poderia facilmente confundir que ela estava dormindo — a face de uma escultura de um anjo adormecido. Esse era o rosto de Caterine Chernyy. Sem emoção e angelical. Se não fosse pelas marcas roxas e pretas no pescoço dela que estragavam essa imagem. Marcas de dedos compridos e fortes — marcas de mãos que a tiraram de mim. Marcas que tirou a vida dela.
Vi as Parcas retiravam o corpo. E uma delas me encarou, e embora não tenha dito nada, minha vida, literalmente, passou diante de meus olhos. De repente, eu estava com vinte anos, deitado em uma cama de casal, sem camisa e com um lençol cobrindo meu quadril. Uma garota nua estava sentada em cima do meu abdómen de olhos fechados, seus cabelos negros como as trevas, longos e ondulados caíam por suas costas, seu corpo tinha algumas tatuagens — ela colocava um cigarro entre seus lábios atraentes e o eu da visão revirava meus olhos. Peguei-os de sua boca inchada e joguei a bituca em um copo com água enquanto me erguia sobre ela. Beijei com fervor seu pescoço, apertando a pele pálida macia de seu bumbum generoso com força — sua risada melodiosa era uma música em meus ouvidos. Em seguida, era um homem de meia-idade de cabelos pretos e brancos, lavando a louça em uma cozinha aconchegante e pequena enquanto uma mulher de leves cabelos grisalhos passava por mim, dando-me um tapa ardido em minha nádega e me fazendo dar um pulinho de susto. Ela dava uma risadinha provocativa e eu ia atrás dela com a esponja cheia de sabão, tentando molhá-la enquanto eu ria, feliz. Então, estava velho e enrugado, sentado em uma varanda com uma mulher idosa ao meu lado. Ela apontava para o céu noturno e estrelado, falando-me das constelações — os cabelos dela eram extremamente brancos e volumosos em ondas. Ainda era muito bonita apesar da idade avançada. Toda a força deixou meu corpo, e vi meu próprio túmulo e uma cova aberta, um caixão sendo abaixado para dentro da terra enquanto a mesma mulher idosa chorava com extrema tristeza e aceitação, e finalmente posso ver os olhos dela — ainda eram os olhos do dia e da noite, olhos que me intimidam e me hipnotizam. Olhos negros de mármore e ouro líquido vivo.
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BRILLIANT DEATH • Percy Jackson •
Hayran KurguCaterine Natalie Chernyy vivia no frio de um vilarejo na antiga União Soviética junto da família composta por pessoas demais, o que acabava que passavam por dificuldades. E apesar de viver na época em que a Segunda Guerra Mundial aniquilava o mundo...