CAPÍTULO 22 - Corações partidos

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PERCY JACKSON

TER SALTADO DE UMA JANELA À cento e cinquenta metros acima do solo me fez ter exatamente a mesma sensação de ter os lábios de Caterine pressionados contra o meu. No momento em que me dei conta que estava beijando-a, a pequena parte de meu cérebro que não estava tomada pelo pânico entrou em êxtase — meu corpo enrijeceu, os pelos do meu braço se ergueram arrepiados e tive a sensação de que meu coração iria explodir de tão rápido que estava batendo. Ainda me lembro do gosto dos lábios macios da garota, tinha gosto de café fresco e doce — Caterine havia tomado dois copos cheios da bebida depois de termos invocado Bianca. Ainda me lembro de como a língua dela abraçava a minha, de como ela puxou meus cabelos e de seus malditos olhos — os mesmos olhos que eu via todas as noites quando estava em Ogygia. Os olhos da noite e do dia que estavam dilatados e que me arrancavam o fôlego.

Deuses, eu poderia ter a eternidade só para observar os olhos dela naquela noite. Parecia que foi a tanto tempo atrás.

Essa era a sensação de estar voando. Primeiro, o pânico que me fazia bater as asas desajeitado como um pato. Mas depois que peguei o jeito, veio o êxtase — a sensação era incrível, era como se as asas de cobre fizessem parte do meu corpo. E era assim que eu me sentia em relação a Caterine, como se não tivesse vivido de verdade, até ela ter entrado em minha vida. Mesmo que eu estivesse um tanto zangado com ela, não queria vê-la afastada de mim.

O vale de pedras vermelhas estava abaixo de mim. Bati os braços mais uma vez e descrevi um arco no céu, o vento assoviando em meus ouvidos e procurei Caterine pelo ar. Ela estava espiralando acima de mim com Nico ao seu lado e Rachel e Annabeth do outro, reluzindo ao sol. Os cabelos ondulados ganhavam um brilho bonito do sol, a mecha cinza era um charme que eu havia aprendido a gostar nela.

Atrás deles, a fumaça subia das janelas da oficina de Dédalo.

— Aterrissem! — gritou Annabeth. — Estas asas não vão durar para sempre.

Desci primeiro em direção ao Jardim dos Deuses. Descrevi um círculo completo em torno de uma das torres de pedra, assustando alguns alpinistas. Então, nós cinco planamos acima do vale, sobrevoamos uma estrada e pousei primeiro que os outros no terraço do centro de visitantes. Me virei e observei Caterine olhar nervosa para Nico — o menino estava batendo as asas freneticamente, tentando permanecer no ar, mas então o filho de Hades começou a cair e arregalo os olhos.

— Nico! — gritamos Caterine e eu.

Antes que eu pudesse fazer algo, Caterine recolhe os braços, parando de planar e começar a cair em direção ao irmão. Meu corpo paralisa com a visão dela caindo velozmente. Vejo-a esticar os braços para o corpo de Nico ao menos três metros antes de atingirem o solo e ambos desaparecem em uma névoa densa e preta das sombras.

BRILLIANT DEATH • Percy Jackson •Onde histórias criam vida. Descubra agora