Caterine Natalie Chernyy vivia no frio de um vilarejo na antiga União Soviética junto da família composta por pessoas demais, o que acabava que passavam por dificuldades. E apesar de viver na época em que a Segunda Guerra Mundial aniquilava o mundo...
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CATERINE NATALIE CHERNYY.
O SANGUE DO OLIMPO.
ARREDORES DA GRÉCIA. NAVEGANDO ENTRE AS ÁGUAS DO MAR JÔNICO.
MEU CORAÇÃO PARECIA ESTAR EM UM ATERRO, UM CONJUNTO DE ENTULHOS QUE ERAM SIMBOLIZADAS POR TUDO DE RUIM QUE ME ACONTECEU, causando cicatrizes e feridas que não curavam de jeito nenhum. Parece que estou morrendo lentamente a cada vez que tenho que enfrentar a mim mesma — queria levar uma vida tranquila, respirando calmamente e liberando o gás carbônico na atmosfera com minha expiração. No entanto, além de estar me matando devagar por estar fumando tantos cigarros, ainda estou poluindo o meio ambiente. Meus pulmões protestavam com a nicotina passeando com mais regularidade por eles. Cada tragada me trazia um alívio passageiro, um vício que estava me seduzia e era minha prisão. No momento, era minha companhia junto da solidão. Minha expiração subia lentamente com os fios de seda tecidos com a nicotina, contaminando a atmosfera com o gás tóxico e o monóxido de carbono. Ainda assim, não consigo parar de fumar, imaginando um futuro sem sustos e sem surpresas. Um futuro em que tenho uma casa tão bonita, uma sala de livros tão maravilhosa... Sem sustos e sem surpresas do mundo dos deuses. Sem sustos e sem surpresas de mais alguém que amo ter partido dessa vida.
Parecia que fogos de artifício compostos por meus sentimentos explodiam dentro do meu corpo, indo diretamente para minhas mãos trêmulas. Mas não eram fogos de cores bonitas. E se eu pudesse pintar o céu com meus sentimentos... Todas as estrelas brilhariam com meu sofrimento.
Solto uma risada amarga, levantando o cigarro entre meus dedos e tragando mais uma vez, observando a noite estrelada acima de mim — meus cabelos soltos balançavam ao vento. Suspiro fracamente, sentada em cima do mastro principal do Argo II, meus olhos cravados na constelação de Ursa Maior. Entendo o porquê essa constelação era a favorita de Zöe — é mais proeminente no céu noturno e pode ser observada durante todo o ano. Ursa Maior é composta por um grande número de estrelas, o que a tornava tão brilhante que era fácil de localizá-la. E essa constelação nunca se põe. Sempre está no céu noturno, não importa as estações e é claro que há um mito sobre ela. Um mito grego.
A mitologia por trás da constelação da Ursa Maior é de uma grande tragédia e envolvia — sem nenhuma surpresa — Zeus sendo um puta babaca. Há vários versos, uma das minhas favoritas era de Ovídio. É retratado que Zeus ficou fascinado pela beleza de Callisto, uma ninfa de Nonácris que pertencia ao cortejo de Ártemis, caçando ao seu lado como a líder das ninfas. Um dia à tarde, Callisto se deitava para descansar em uma clareira oculta. Zeus tomou forma da própria Ártemis e aproximou-se da ninfa, conversando sobre a Caçada com Callista, que pensava ser Ártemis.
Zeus a violentou.
Callisto correu até Ártemis, buscando refugiu por ter quebrado seu voto de castidade. Mas a deusa virgem não percebeu o abuso sofrido pela ninfa até nove luas depois, quando Callisto se escondeu para evitar se despir. Ártemis percebeu o filho que a ninfa gerava de Zeus, e furiosa gritou: "Vá embora! Não vai mais poder profanar nossas fontes sagradas".