CAPÍTULO 58 - Não diga o nome dele

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PERCY JACKSON.

CATERINE TINHA A POSTURA TENSA, VIOLENTA E AGRESSIVA, ENCARANDO TÃO INTENSAMENTE A MULHER À NOSSA FRENTE QUE ME SINTO intimidado, mesmo que o olhar obscuro dos olhos da luz e trevas não estejam cravados em meu rosto. Tanta coisa estava acontecendo que meu cérebro parecia estar derretendo, o processo de funcionamento de informações do que houve estava danificando minha cabeça e me deixando no automático (e muito mais lerdo do que o normal). Me lembro dos últimos horrores vívidos, foram tanto terror em poucos... nem mesmo sei quanto tempo se passou e isso só deixa minha raiva ainda maior. Primeiro, vejo Caterine sendo arrastada junto de Annabeth para um penhasco — só para então ver minha namorada se jogar do abismo. E caímos no Tártaro. Tivemos alguma sorte (apesar de achar que decair no poço dos monstros seja um baita de azar) e nos espatifamos no Rio Cócito, a infelicidade líquida. Não preciso ser um gênio para ter notado qual rio era, as vozes lamentáveis me deram uma dica — vozes que me convidavam a me afogar, que me diziam não haver esperança. Mas havia, e ela estava ao meu lado. A esperança tinha cabelos negros e olhos bonitos e cravejados como pedras preciosas. Meu pedido... Foi a primeira coisa que pensei que poderia tirar uma reação de Caterine além da aceitação da morte, e foi minha esperança em que me agarrei.

Queria me casar com ela.

Fui sincero no pedido. Penso no anel simples de ouro que tenho guardado em minha cabine no Argo II, um anel que vinha da minha mãe... Minha mãe, que não sabia que estou no Tártaro. Minha mãe que puxou minha orelha quando eu disse que queria me casar com Caterine, falando que éramos novos demais para um passo tão grande e ainda mais com pouco tempo juntos..., mas, minha mãe ainda assim tinha me dado o anel de casamento de minha avó, dizendo que só a pedisse se tivesse absoluta certeza. Gostava de levar o anel comigo, dava-me uma sensação de propósito para essa missão louca — e desejei que o anel estivesse no meu bolso, seria mais fácil atravessar o poço nojento dos monstros com uma promessa do futuro que quero.

Foi nessa esperança de me casar com Caterine que me deu forças para sair de Cócito — bom, quem sabe quando fizermos uns dezoito anos já tenha pedido...

E daí que estamos no Tártaro? E daí que temos uma chance ínfima de sobreviver? Fiquei tão feliz por estar com Caterine, por estar junto dela que senti uma vontade idiota e ridícula de sorrir.

Caterine parecia estar melhor do que eu no quesito: "Quem morre menos pelo Tártaro". Ela tinha vários cortes e arranhões, que haviam desaparecido quando bebemos fogo (eca), não respirava como se ácido tivesse a sufocando. Minha garota arrancou um pedaço da minha calça jeans, usando para prender seus cabelos negros sedosos em um rabo de cavalo alto, deixando ainda mais com o ar de uma guerreira mortífera. Na luz abrasadora do rio, os olhos brilhavam. Apesar de exausta, imunda e vestida como uma verdadeira mendiga, ainda acho que Caterine Natalie Chernyy era incrivelmente bonita. A garota mais bonita que conheci.

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