Ao perceber a figura masculina que a observava, Sophia deu um pequeno salto para trás, surpresa. Seus olhos, de um verde profundo que lembravam esmeraldas raras, encontraram os de Dominic. Por um instante, o tempo pareceu congelar, enquanto os dois se encaravam, medindo um ao outro em um silêncio carregado de surpresa e curiosidade. A jovem, recuperando-se do susto inicial, compôs-se com uma dignidade que parecia inerente à sua natureza.
Encarando Sophia de frente, os olhos de Dominic refletiam um brilho frio, uma avaliação estratégica de como ela, uma mulher tão linda, poderia ser justamente a chave para cumprir as exigências do testamento do seu avô.
— Quem é você? — A voz de Sophia, embora firme, carregava uma inocência que Dominic imediatamente reconheceu como uma vantagem. Ele sabia que precisava manejar suas palavras com precisão.
— Peço desculpas por assustar, não era minha intenção. Sou Dominic, e estou aqui por uma encomenda de rosas que, supostamente, deveria ser coletada aqui. — Sua voz era suave, mas cada palavra era calculada, destinada a ganhar a confiança dela sem revelar suas verdadeiras intenções.
— Eu não estou sabendo de nada disso. — Afirmou Sophia.
Ela recuou, incerta, mas Dominic manteve uma distância respeitosa, observando-a com um olhar que, para um observador casual, poderia parecer admirado, mas na realidade, era avaliador. Ele estava impressionado, sim, mas não pela beleza dela, isso era apenas um bônus. O que realmente o interessava era como ele poderia usar a situação a seu favor.
— Acabei de fazer um compra de 300 rosas na loja da cidade com Tiffany. — Dominic explicava calmamente. — Contudo, ela não tinha essa quantidade na loja e me deu seu endereço para que eu viesse pegar isso aqui. Tiffany me disse que ia ligar para senhora Mary para avisar.
— Isso não é comum e não recebemos nenhuma ligação de Tiffany. — Erguendo um pouco a cabeça, Sophia retirou o chapéu encarou Dominic. Não queria dizer que estava sozinha em casa.
Com aquele gesto de Sophia, Dominic pode ver melhor seu rosto, que antes estava protegido pela sombra do chapéu e sentiu-se imediatamente cativado pela jovem à sua frente. A luz do sol da tarde dourava seus cabelos ruivos, que emolduravam um rosto de traços finos e delicados. Seus olhos cintilavam com uma vivacidade que parecia capturar toda a essência da primavera.
A pele dela, alva como porcelana, contrastava magnificamente com a vivacidade de seus cabelos, conferindo-lhe um ar de nobreza e pureza quase etéreas. Seus lábios, levemente rosados, tinham o desenho perfeito, como se esculpidos cuidadosamente à mão, convidando a sorrisos que, Dominic imaginava, poderiam iluminar os cantos mais sombrios de qualquer coração.
A expressão de Sophia era serena, mas ao mesmo tempo, carregava uma força e determinação que a faziam ainda mais atraente aos olhos de Dominic. Havia algo nela, além da beleza óbvia, que o intrigava. Talvez fosse a maneira como ela se movia com tal graça ou a forma como sua voz carregava um tom de autoridade que não condizia com sua juventude.
— Entendo a confusão. Deixe-me sugerir que você ligue para Tiffany confirme isso. — A sugestão de Dominic era razoável, mas seu verdadeiro objetivo era estabelecer uma conexão, criar uma abertura para futuras interações.
— Por favor, espere aqui. — Sophia respondeu com uma expressão de dúvida.
Atravessando uma fileira de rosas para não ter que se aproximar de Dominic, Sophia aceitou a ideia dele e seguiu para dentro de casa para fazer a ligação. Dominic aproveitou o momento para elaborar seu próximo passo. Ele não estava ali pelas rosas. Elas eram apenas um meio para um fim. Seu verdadeiro objetivo era estabelecer um vínculo com Sophia, um que ele pudesse explorar para seus próprios fins.
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Sedução e segredos
RomantikDominic Harrington, um magnata implacável, vê seu mundo virar de cabeça para baixo quando o último desejo do seu avô o obriga a casar-se com Sophia, uma desconhecida de beleza única. O plano de Dominic parece simples: Casar, herdar e abandonar. Con...