— Meu deus! Iphone novinho! — Exclamou Tiffany chocada. — Isso custa uma fortuna, Sophia. Tem um bilhete dentro da caixa. Leia! — Ela falou agitada mais curiosa que a própria Sophia.
"Sophia, o celular já está configurado e pronto para uso. O número é (212) 555-0189. Espero que goste. Eu não poderia ficar dependo do telefone da fazenda para falar com você, pois pretendo fazer isso com bastante frequência.
Dominic."
— Eu não posso aceitar isso, Tiffany.
— Que romântico... — Tiffany suspirou já esquecendo de todos os conselhos que tinha dado a sua amiga. — Por que não?!
— Você acabou de dizer que custa uma fortuna e eu mal conheço Dominic. Não acho certo ele gastar dinheiro comigo. — Justificou Sophia de forma inocente. Ela não fazia ideia de que aquele celular, para Dominic, era a mesma coisa que dar uma esmola a um mendigo.
— Bem, como ele mesmo falou no bilhete, já está configurado e pronto para uso. — Tiffany falou dando de ombros. — Acho que agora é tarde para devolver.
— Sem falar, que eu mal sei usar isso...
— Nossa! Mas é muito fácil. — Tiffany, que tinha um celular, começou a explicar algumas funcionalidades básicas do aparelho.
Pouco tempo depois, tia Mary chamou as duas para almoçar.
— O almoço está servido. Venham!
Rapidamente, Tiffany salvou o número dela na memória do aparelho e Sophia escondeu o celular no bolso do seu short. Ambas seguiram para dentro da fazenda para almoçar. Não podia entrar em casa com aquele objeto a vista, pois tia Mary ia querer saber de onde ele surgiu. Uma hora mais tarde, Tiffany voltou para loja de flores, deixando Sophia na expectativa do que fazer com aquele celular em seu bolso.
Era por volta das três da tarde, Sophia estava trabalhando na plantação de rosas quando o celular começou a vibrar em seu bolso. Dominic tinha pensado em tudo. Não deixou o aparelho tocando, fazendo barulho, para não chamar atenção de Mary.
— Alo? — Sophia falou num tom ansioso.
— Senti sua falta. — Dominic era direto e tinha um tom de voz rouco e sedutor. Sophia sorriu, ficando corada, ao reconhecer sua voz.
— Oi. — Ela disse timidamente. — Eu também.
Sem querer parar ser chata, pois eles não tinham nada sério, Sophia não comentou nada sobre o quanto ficou chateada por ele ter ligado na fazenda e não ter pedido para falar com ela, mas o próprio Dominic tocou no assunto.
— Quando eu liguei para falar sobre a encomenda das rosas, eu estava esperando que você atendesse a ligação. Fiquei triste por ter sido sua tia. — Mentiu Dominic, que na verdade, tinha ficado irritado mesmo. Ele precisava esse aproximar de Sophia e parecia que sua tia queria impedir isso.
— Por isso você me deu esse celular?
— Sim e não. — Respondeu Dominic. — Eu já tinha comprado o celular para você desde que cheguei em Manhattan. Quero ficar mais próximo de você, Sophia. O celular vai facilitar nossa comunicação.
— Entendi. — Ela falou um pouco insegura.
— Parece que você não gostou do meu presente... Achei que estaria mais animada.
— Não é isso. — Sophia respondeu prontamente. Não queria parecer mal-agradecida. — Tiffany falou que era um celular muito caro. Também tem a conta para pagar...
— Não se preocupe com isso. — Dominic tentou disfarçar a impaciência na sua voz. Um mero celular. Um objeto tão banal... Ele pensou revirando os olhos. — Vamos nos encontrar essa noite? Estou com saudades.
Obviamente, Dominic não podia ver Sophia, mas ela sorria como uma boba com os olhos brilhantes. Tinha desejado ouvir a voz dele durante toda aquela semana e agora, aquele homem lindo e interessante, estava novamente em Skaneateles, querendo ver ela, dizendo que estava com saudades.
— Sim. — Sophia concordou, explodindo de felicidade. — Vou dizer a minha tia que vou encontrar com Tiffany.
— Não, Sophia. — Dominic respondeu com a voz firme. — Eu não quero que você esconda nosso relacionamento da sua tia. Não gosto de mentiras. — Dominic se sentiu mal ao falar aquilo, pois o maior mentiroso naquela história era ele, de fato.
— E... nós temos um relacionamento? — Sophia mordeu o lábio inferior ao ouvir aquilo. Queria muito que Dominic a levasse a sério e ouvir ele dizer isso em alto em bom som, era ter o desejo mais profundo do seu coração atendido.
— Claro. — Dominic queria passar confiança para ela. — Sophia, eu poderia ter mandado alguém vir buscar essas rosas. Se estou aqui na cidade é porque quero ficar com você. Conhecer você melhor, me aproximar de você. — Dominic se detestava por usar essas falas melosas, que não eram o tipo dele. — Sua tia precisa ficar ciente disso, pois também quero que você vá para Manhattan comigo.
— Eu pensei que ... nós somos tão diferentes. Você é de uma cidade grande, tão sofisticado e eu nunca sai de Skaneateles... — Sofia era tão boba que confessava facilmente o que estava se passando em sua cabeça para Dominic, facilitando tudo para ele. — Não achei que você fosse me levar a sério.
A ingenuidade de Sophia chegava a incomodar Dominic, pois ela cainha facilmente em sua lábia. Eles só tinham tido um único encontro, trocado um único beijo e facilmente, a jovem já acreditava em tudo que ele falava, caindo como uma patinha na sua armadilha.
— Converse com sua tia, pois essa noite, eu vou pegar você na fazenda, às oito horas. — Dominic falou já querendo finalizar a ligação.
— Mas Dominic... — Sophia não pode nem concluir seu protesto, pois Dominic a interrompeu.
— Sophia, se eu quisesse brincar com você, só passar um tempo, eu estaria pouco ligando para sua tia Mary, mas por ser justamente o contrário que eu não quero começar esse relacionamento escondendo nada dela.
— Certo.
Sophia aceitou aquilo, pois também não queria mentir para tia Mary. Não entendia de muita coisa da vida, mas de uma coisa Sophia tinha plena consciência: A confiança é como um cristal, depois de quebrado, não tem recuperação. Ela jamais gostaria de perder a confiança de tia Mary.
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Sedução e segredos
RomanceDominic Harrington, um magnata implacável, vê seu mundo virar de cabeça para baixo quando o último desejo do seu avô o obriga a casar-se com Sophia, uma desconhecida de beleza única. O plano de Dominic parece simples: Casar, herdar e abandonar. Con...