Brandon on
Flask back on
__Vamos Brandon você consegue__ Minha voz soava baixa demais para ser escutada__ Não é tão dificil, é só acertar o lugar.__Minhas mãos estavam tremulas, eu estava ficando com falta de ar__ Você consegue... eu sei que sim, sei que pode fazer isso, só mais uma vez.
Eu havia fugido da sala e corrido pro banheiro assim que as primeiras gotículas de sangue começaram a aparecer, eu não pedi licencia não disse nada a ninguém eu apenas corri, e apesar de tudo apesar do medo, e do banheiro estar incrivelmente ensurdecedor e calmo, apesar da banheira estar coberta por manchas vermelhas graças as minhas variáveis tentativas tolas de parar o sangramento, eu me sentia protegido, não que isso fosse bom, mas era o suficiente tinha que ser, mas eu não poderia negar os fatos, não podia fingir não enxergar as manchas no chão e a camiseta branca coberta de sangue, eu não estava bem e precisava achar uma forma de ficar eu havia puxado um pequeno aparador para perto do armarinho, fiz dele o meu suporte, algumas gotas de sangue tinha se espalhado nele, eu apoiei minhas mãos no mármore gélido, enquanto uma onda de tontura se aproximava, eu tinha que ser rápido, Maria logo viria atrás de mim.
__Droga__ Digo quando mais um band aid é jogado fora.
Não importasse o que eu fizesse o sangue não parava de sair, eu pensei que o band aid seria uma boa ideia, eu havia recordado do meu primeiro tombo de bicicleta, lembrei que minha mãe utilizou um desses em mim, eu havia machucado naquele dia, lembro que tinha um ralado no meu joelho esquerdo e que sangrava, portando decifrei que se houvesse sangue havia um machucado, mas isso não era apenas um ralado e a ideia de cobri-los com band aid não tinha sido uma boa ideia, eu podia sentir o sangue saindo pelo buraquinhos, olhando pro enorme espelho na parede eu conseguia enxergar o garoto amedrontado que eu tentava desesperadamente esconder.
__Não é hora de sentir medo Brandon__ Eu disse ao meu reflexo enquanto arrancava a camisa e mergulhava na água, eu precisava limpar tudo, precisava estancar o sangramento, dezenas de ban aid ensanguentados jogados pelo chão era a prova real que eu precisava de um plano B.
A camisa estava gelada quando minha pele sentiu seu toque, eu a pressionei sobre minha narina por uns dez minutos, o fluxo havia diminuído o suficiente para que eu pudesse limpar a bagunça que tinha aprontado, o dia não estava sendo bom, mas eu precisava parecer que estava melhor. Isso resumia que as tonturas e os vômitos foram ignorados, tudo ficaria bem se eu lidasse com eles sozinhos.
Flash back off
Eu não havia percebido até aquele instante que estava memorizando as coisas, eu inexplicavelmente memorizei o sorriso e o abraço de urso que meu pai me ofereceu assim que cruzei a porta de entrada, memorizei o sorriso brilhante e o tom alegre que os olhos de minha mãe possuíam quando a porta se abriu e ela se virou para ver quem era, eu corri em sua direção, como fazia toda vez que sentia medo, eu memorizei a voz doce de Maria e a forma que sua covinha aparecia enquanto sorria e até mesmo o tom rosado em suas bochechas, e havia memorizado cada maldita lâmpada que essa casa possuía, cada vaso, cada quadro, até a porra do chafariz eu fiz questão de guardar na memória. Eu tinha observado as trocas de olhares que meus pais direcionavam um ao outro a cada cinco minuto, cada sorriso, eu havia permanecido calado enquanto eles me contavam sobre a vida, eu me peguei sorrindo ao vê-los dançando na sala de estar, me peguei caminhando nos enormes corredores que me levavam para os meus esconderijos, eu só não sabia que estava fazendo as mesmas coisas que fiz a muitos anos atrás. Mas eu não conseguia falar, eu queria... Eu daria tudo para ser capaz de formar uma unica frase, para dizer aquelas duas pessoas o quão importantes elas eram para mim, mas eu estava danificado, estava ficando entorpecido, eu tentei ligar para Renata mais cedo, tentei conversar com os meninos quando eles me perguntaram se eu estava bem, mas as palavras não saiam, elas simplesmente pareciam não existir. Era como se faltasse algo em mim, um órgão fatal talvez, porque olhando para mim eu só conseguia encontrar uma frase para me descrever, me faltava um coração mas também um cérebro, era como se eu fosse movido a lembranças, como se eu não tivesse permissão de sentir de controlar a mim mesmo. Eu estava num labirinto sem saida, as horas passavam incrivelmente rápidas, Nova York parecia perfeitamente perfeita, todo mundo parecia estar bem, todo mundo exceto eu. Meus pés travam no exato momento que chego no lugar que eu passei a maior parte da minha infância. Uma onda de arrepios percorre o meu corpo enquanto abro lentamente a porta. O quarto continuava intacto, as cortinas azuis cobriam boa parte da parede, a cama de solteiro ainda era coberta por uma colcha do meu desenho preferido, a porta que dava ao banheiro estava entreaberta, a escrivaninha possuía milhares de desenhos, num deles eu havia desenhado minha familia, no outro eu me desenhei jogando futebol, meu olhos se prenderam numa pilha de papeis dobrado que eu havia esquecido de ter escrito.
"Quando eu crescer vou me tornar um grande jogador", um sorriso escapa de mim ao me recordar de como eu sonhava em ser uma estrela do futebol, eu queria também saber o porque de ter esquecido disso, me acomodo na pequena banqueta passando para a próxima carta "Querido papai noel, eu juro que me comportei esse ano, fiz todas as coisas que meus pais pediram, até comi aquelas comidas ruins e amargas, então eu gostaria que você realmente atendesse o meu pedido, esse ano eu não quero um mini carro ou uma bicicleta, pra falar a verdade esse ano eu não quero nada para mim, hoje mais cedo mamãe pediu para que eu ajudasse a Ma a escolher alguns brinquedos e roupas que eu não utilizava mais, ela me disse que iria dá as crianças que não tinham as mesmas condições que as minhas, confesso que não entendi muito bem o que ela quis dizer com isso, mas eu entendi que nem todo mundo pode ter o que quer, então eu queria lhe pedi para que nesse natal você dê a todas as crianças algo que elas realmente desejam.
Obs: se for muito pro senhor, você pode me deixar sem presente, agradeço desde já Brandon Carter" Eu realmente não me lembrava dessa, não me lembrava de ter sido assim um dia. E nesse exato momento eu me perguntava o que tinha acontecido com esse meu eu, aonde foi que as coisas mudaram? " Eu não deveria estar acordado, mas a dor é tanta que eu não consigo simplesmente dormir, eu tento sorri durante o dia, tento fingir que não sinto dor, mas na verdade não tem um santo lugar que não esteja doente, Jacke disse que isso era normal, Lily me prometeu que iria passar, mas até agora nada, o meu nariz sangrou novamente, eu não tentei estancar o sangramento com band aid, descobri que isso é uma péssima ideia, mas enquanto eu estancava meus olhos enxergaram mais uma mancha vermelha em meu pescoço" Talvez eu tivesse encontrado a resposta, essas não eram apenas cartas sobre como eu desejava o bem ao próximo, era uma das minhas formas de aguentar o medo e a dor "As pessoas sentem medo de mim, algumas até dizem que eu sou um monstro de tão horrível que sou, eu queria que essas palavras não me machucassem mas ouvi-las me doeu mais que uma agulhada, acredito que depois de hoje as coisas não vão melhorar, enquanto escovava os dentes eu passei a mão pelo cabelo e uma mecha dele caiu sobre o mármore... Meu cabelo começou a cair e eu estou com medo" Eu estava começando a perder o ar, eu não havia simplesmente esquecido dessas cartas eu simplesmente me obriguei a esquecer delas " Querido Papai Noel, mamãe me pediu para lhe escrever, disse que o senhor gostaria de me enviar um presente, e que eu certamente merecia um... Bem eu não sei se quero te escrever, mas isso a deixaria feliz então eu gostaria de lhe pedir que o senhor me trouxesse um milagre de natal esse ano" Percorro meus olhos pela mesa, tudo permanecia perfeitamente igual, eu não havia recebido o meu presente naquele ano, estava decidido a deixar as cartas de lado quando noto as palavras "Papai do Céu".
"Querido Papai do Céu eu não sei se o senhor já ouviu falar sobre mim, Lily me contou que você sabe o nome de todas as estrelas e que conhece todos os anjos, e que você poderia me curar... Eu não sei se mereço algo, também não sei se é certo te pedir isso, eu sei que estou doente, mas pela primeira vez em muito tempo eu não sinto medo, tudo o que sinto é saudades, eu tinha me esquecido disso porém, desde que fiquei doente eu meio que parei de sentir as coisas, sei que tenho apenas oito anos e que crianças não sabem das coisas, mas elas realmente sabem muito, o esquisito é que eu senti cada picada de agulha, cada dor, cada tontura, eu apenas me esqueci de demonstrar o que sentia, eu não sei se o senhor pode me curar, desejo muito que sim, mas eu não posso ser egoísta, não posso me por em primeiro lugar, quanto existem pessoas que merecem algo do senhor mais do que eu... Eu queria lhe pedir pro senhor cuidar do meu amigo Jay e da Renata, para que o senhor permitisse que meus pais não sofressem mais, para que meus avôs voltassem a sorrirem, o senhor poderia também proteger a Lily?... Acho que já ocupei muito o seu tempo, mas se o senhor puder realizar só mais um pedido o senhor poderia por favor tirar essa dor de mim?" Aquilo tudo era demais para suportar, não era apenas um quarto era um túnel de lembranças, não importava o tanto que tentasse fugir eu estava destinado a passar por aquilo. Destinado a enfrentar o medo denovo, mas Brandon Carter nunca soube lidar com isso, o seu mecanismo de proteção sempre foi correr. As pessoas dizem que sentir é algo bom que ter sentimentos o torna real só que elas esquecem de te mencionar que algumas delas simplesmente não sabem como reagir a eles. Eu não me importei com o barulho da banqueta rangendo sobre o porcelanato, não me importei com a porta aperta e nem com o borrão que o corredor parecia, eu só precisava de ar.
O ar gelado de Nova York pairou sobre mim assim que meus pés tocaram no jardim, eu não pensei duas vezes para sair correndo pro meu carro, não me importei que estava dirigindo a mais de 120 km por hora eu só precisava de um lugar que não me machucasse.
Eu não sei direito dizer como cheguei em casa, como eu consegui estacionar o carro e com certeza eu não sabia como havia chegado vivo.
Flash Back on
__Ei campeão__ A voz doce de Lily soava distante e eu não sabia explicar o motivo disso esta acontecendo__ Está na hora de acordar.
Eu podia sentir suas mãos puxando o coberdrom de mim, podia sentir a sensação fria que percorreu meu corpo no exato momento em que eu não o tinha mais sobre minha pele, eu poderia ouvir cada maldito som daquele quarto, mesmo que parecessem abafados eu poderia escutar.
__Caramba Brandon você esta pelando de febre.__Lily pronuncia enquanto me vira de lado para que pudesse me observar de frente__ Meu Deus campeão...
Eu sabia que a essa hora ela já havia enxergado o sangue em minha roupa e em meu travesseiro, sabia também que tinha enxergado os fios de cabelos caído pelo lençol, e a poça de vomito no chão, eu soube disso no exato momento que forcei meus olhos a abrirem, o gosto amargo de ferro em minha boca me lembrou de como a noite passada tinha sido um pesadelo, de como tinha doido, e de como eu tentei pedir ajuda, mas a dor latejante em meu corpo e as ondas frequentes de tontura não me deixaram levantar, eu também não podia gritar porque não era apenas a minha narina que sangrava, minha boca expulsava tanto o vomito quanto o sangue, eu fui impossibilitado de me mover, estava preso em minha cama.
__Desculpa__ Digo com a voz embriagada, e os olhos cheios de lágrimas__ Eu esqueci de limpar isso.
Lily acompanhava cada gesto meu, enquanto eu me sentava na cama, minha pele morena estava ficando cada vez mais pálida, a fraqueza tomando conta de mim. Levanto os olhos para analisa-la, Lily me olhava com os olhos lagrimejados, eu odiava vê as pessoas chorando, odiava ser o motivo das lágrimas de alguém.
__Quanto tempo?
Eu sabia o que ela estava perguntando, mesmo que ela não tivesse dito a palavra, eu sabia que ela queria saber quanto tempo eu sofri ontem a noite, eu tentei buscar mil respostas distintas da verdade, mas eu nunca soube mentir, desvio o olhar para ela e percorro minha cama, estava tudo uma tremenda bagunça.
__Eu não sei... A noite toda talvez... Quer dizer parecia ser uma daquelas noites que não tem fim.
Minha voz saia amedrontada, eu sabia que as lágrimas que escorriam por mim não poderia ser coisa boa.
__Eu não deveria estar chorando__ Digo descendo da cama e puxando o lençol e o travesseiro dela__ Desculpe__ Continuo a andar sem olhar para ela, catando cada bagunça que havia feito ontem a noite__ Você não deveria ter visto isso, vou limpar prometo.
__Brandon...
__Eu estou bem Lily__ Minha voz não saiu tão confiante como eu desejava__ Vou dá um jeito nisso antes que mais alguém entre.
Lily não disse nada durante o resto do dia, ela apenas me ajudou a limpar tudo e me deu um banho, depois ela me deixou sem me olhar nos olhos, sem me dá o habitual beijo na testa ela simplesmente saiu, disse que diria aos meus pais que eu já havia acordado e que mandaria alguém me trazer um remedio pra febre, eu queria dizer algo a ela, mas no momento em que me virei e peguei ela indo em direção a porta distanciando de mim sem olhar para trás, eu senti um estranha sensação de que teria que começar a conviver com isso, teria que me acostumar com as pessoas indo embora de minha vida sem que eu pudesse dizer nada, eu as feria, as machucava e nunca poderia concertar suas dores.
Flash back off
Eu nunca deixei que aquilo acontecesse denovo, não importasse quão ruim a noite havia sido, o quão desgastado meu corpo e minha mente estava eu só descansava quanto tudo ao meu redor parecia intacto, tudo inclusive a mim, nunca pude esquecer os olhos e a reação de Lily naquele manhã em meu quarto, quando ela viu o estrago que eu tinha me tornado na noite passada. O medo que me consumia havia atingido um outro nivel, eu não sabia mais distinguir o que era passado do que era presente, como se eu tivesse vivendo tudo no mesmo tempo, me debrucei no enorme sofá do hall de entrada, eu não sabia de fato dizer que horas eram, eu não sabia diferenciar a cor da parede do meu edifício para a cor da parede do meu quarto de hospital, as lembranças que me adormentavam estavam causando um belo de um estrago, mas ter ido até onde tudo começou ter lido aquelas cartas, e o fato de eu estar aqui, jogado no hall de entrada era tudo que eu precisava para saber que não era só o meu passado que me causava dor, que me machucava, meu presente me feria do mesmo modo, eu sentia medo tanto quanto senti naquela época, eu estava me distanciando e não conseguia abrir a boca, porque a imagem de uma Lily saindo do quarto sem se despedir me deu a noção de que isso era justamente o que me aconteceria, as pessoas no fim me abandonaria, até aquelas que eu não desejasse que fizesse, eu não poderia fazer nada para que elas ficassem, não importasse a palavra que usasse ao fazer isso, deixa-las ir era a melhor solução eu as feria, tudo o que eu tinha que fazer era ficar parado assistindo suas partidas, era desejar que elas fossem felizes, era pedi desculpa pelo estrago que eu havia causado, eu passei todas as noites depois daquela me desculpando com meus pais e avôs, passei todas as noites me desculpando comigo mesmo, pedindo desculpa a um Brandon que eu não saberia que existiria, a um Brandon que eu desejei que houvesse, e agora eu estava fazendo a mesma coisa, pedindo desculpa aquele mini eu por não ser tão forte como ele, por ter fracassado, por ter estragado tudo o que ele havia construído, pedi desculpa a um Brandon que eu pensei que poderia ter me tornado, a um possivel Brandon que poderia vir acontecer eu pedi desculpa a mim mesmo, por estar deixando isso acontecer. Por estar perdido, por não saber pedir ajuda, por não ter coragem o suficiente para atender a maldita ligação, eu só não tinha coragem nunca soube direito como lidar com esse sentimento, mas o medo não é algo que você possa controlar, não quando você sabe que não há escapatória, eu adiaria isso o quanto pudesse, minha vida estava se tornando uma tremenda bagunça, meu mundo estava virando de cabeça para baixo, o trem da minha vida estava desgovernado, eu sabia que teria que assumir o comando sabia que teria que o por nos trilhos, mas a pergunta que eu não sabia responder era se eu seria capaz de fazer isso se haveria uma estrada segura para mim passar, ou se sempre seria isso, um campo minado eu não sabia se estava me tornando um, se tudo já não tivesse começado, eu tinha a súbita sensação de que no filme da minha vida, eu não era o protagonista, nem o diretor ou até mesmo um figurante, eu era simplesmente um mero telespectador, o único que realmente assistiu a ele, e uma tremenda certeza de que as coisas continuaria dessa forma para sempre.
__Brandon__ A voz alegre de Larissa me despertou abro os olhos e as vejo todas as meninas com exceção de Maju estavam paradas em minha frente.__ Que bom te encontrar moreno.
Carol com o braço entrelaçado com de Julia que me analisava, Fernanda estava me oferecendo um sorriso tímido acompanhada de duas mulheres que eu julgava ser as mães de Maria Julia e Felipe. Acompanho Larissa erguer meus pés e se sentar no canto do sofá ela esta radiante a felicidade emanando de seus olhos.
__Larissa__ A mulher loira a reprende a voz educada dela e o modo que olha para Larissa me faz sorri__ Isso são modos?
Antes que Larissa tenha a oportunidade de dizer algo, tomo o seu lugar e respondo primeiro.
__Tudo bem__ Digo sentando__ Eu já me acostumei com isso.
Observo todas elas se acomodarem, Larissa tagarela sem parar me contando sobre como tinha sido o seu dia, sobre o passeio no parque, a ida a Times Square, sobre como estava feliz por ter tudo de volta, observo Fernanda sorri sem importar com as coisas que a amiga diz, memorizo as caras e bocas de Carol que solta frequentes gargalhadas conforme as duas mulheres repreende Larissa, eu observo tudo paralelamente.
Meu celular toca chamando a atenção de todas por um breve instante, olho pra a tela e vejo a única palavra que não queria ver, desligo e levanto o olhar, Julia era a única que me observava, ela me oferece um sorriso preocupado retribuo passando a mão pelo cabelo e nuca, as próximas meia horas passaram exatamente iguais Larissa e Carol se reversavam para contar algo, Fernanda e as duas mulheres sorriam da loucuras ditas por elas, mas Julia ela estava distante disto tudo me analisando.
__Bom meninas eu realmente apreciei esse momento com vocês mas eu preciso ir__ Digo me levanto e fechando o zíper do meu agasalho__ Tenham uma boa noite.
__A gente se vê amanhã moreno?__ A voz de Larissa não estava alegre e derrepende todas as meninas me analisavam como se esperassem por uma resposta que eu não poderia oferecer a elas, sorrio.
__Tenho certeza de que os meninos tem outros planos para amanhã__ Digo mantendo o sorriso__ A gente se vê por aí meninas, se cuidem.
Dou as costa a elas sem dizer mais nada, eu não poderia oferecer a elas algo que não sabia se poderia cumprir, já estou chegando ao elevador quando a voz de Julia soa por de trás de mim.
__Hey Brandon espere__ Ela parecia cansada como se estivesse corrido.
__Algum problema ruivinha?__ Pergunto a observando.
Ela respira fundo, tomando folego antes de me encarrar.
__Eu que pergunto__ Meu coração para de bater nesse exato momento__ Aconteceu algo com você?
__Desculpe Julia, mas não sei do que você está dizendo.
__Sabe sim, primeiro você desapareceu ontem a noite sem dizer nada, depois Fer e Kyle pegou você parado no lado de fora de seu edifício todo suado como se tivesse corrido uma maratona, Fer me contou inclusive que você chorou, a gente perguntou pros meninos mas eles não dizem nada, a bruxa da Renata não para de ligar para eles, todos eles estão preocupados, eles disseram algo ao Manuel mas não á nós, depois encontramos você jogado no sofá, você estava observando tudo o que nós dizíamos e fazíamos, não disse uma única palavra, também não atendeu o celular, e você pode não ter percebido mas eu vi os seus olhos quando você viu quem era, você tentou sorri, mas passou a mão pelo cabelo e pela nuca, não sei se você percebeu mas tem feito isso com muita frequência desde ontem__ Ela para me analisando, procurando por alguma coisa__ E depois quando Lari perguntou se iriamos te ver amanha você sorriu e deu uma desculpa... Pode não parecer mas estamos preocupadas com você marrento, tem algo que possamos fazer?
__Eu estou bem ruivinha, desculpa por isso, é que tem muitas coisas acontecendo ultimamente, sobre o telefonema é só um antigo amigo__ Digo a puxando para uma abraço apertado__ Desculpa se te deixei preocupada não era minha intenção, mas eu realmente estou bem, e sobre te verem amanhã eu não sei se isso vai acontecer mas eu moro no vigésimo andar, vocês podem ir lá a hora que quiser__ Digo beijando o alto da sua testa enquanto vejo o restante do pessoal aparecer, todas as meninas inclusive Maju me olhando__ Eu preciso ir__ Digo me afastando e prendendo o olhar no dela__ Se cuida ruivinha.
__Isso parece um adeus Carter__ Ela diz a voz falha por um instante sem desviar um olhar.
__Eu sei__ Digo apertando o botão do elevador, ela fica para me observando entrar, sorrio enquanto a porta começa se fechar__ Sinto muito por isso.
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Novela JuvenilMaju é uma adolescente de 18 anos, que sonha em conquistar o mundo. Uma garota linda, meiga, educada, divertida, que conta com 4 amigas fiéis. Pais atenciosos, e um namorado perfeito. Ela sempre teve tudo o que quis, e levava uma vida perfeita, até...