[20] Estranha.

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Hey, gente!

É assim que faz notas? Eu sou perdida nesse negócio de wattpad OHIOHIHO. Tenho medo de mexer errado oihoihoih. Então, queria agradecer a você que está lendo isso! OIHOHI Espero que esteja gostando da história. Muito obrigada por acompanhar, por ler, comentar, votar e indicar! Vocês são pessoas iluminadas! Vou continuar dando meu máximo pra que se divirtam. Obrigada! <3

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Kwon Sook's P.O.V.

Giro a colher na caneca de café e a fumaça espirala. Não bebo uma gota. Fito a torrada de pão dourado e crocante. Não como uma lasca. Minhas entranhas se comprimem em ansiedade e dúvidas profundas sobre minha existência. E eu não tenho ninguém com quem compartilhar isso. Solto a colher sobre o prato e estico minha mão para fitar o anel cravejado com rubis, que Omma costumava usar.

Se ela ou Jisoo estivessem aqui, me ajudariam? Elas saberiam do que se trata? Saberiam o que aconteceu comigo? Por que acordei daquele jeito? Eu estou doente? O que eu tenho? Preciso ir ao ginecologista? Aliás, a pergunta mais certa é: Por que sonhei que era Wang Juran e Jungkook era Jaebum? Até que ponto aquele sonho foi real?

Meu medo é tanto, que não li a página seguinte do diário, porque não quero descobrir se meu sonho corresponde ao que aconteceu. Sinto medo e estranhamento. Desde a madrugada, meu estômago não aceita nem goles de água. Meus pés e minhas mãos tremem e meu uniforme não parece encaixar tão bem em mim. A saia quase não passou por meu quadril e a blusa apertou na região dos seios.

Se eu não soubesse que é impossível, diria que meu cabelo está mais longo e sedoso.

Há algo muito errado comigo.

— Sook. — Ergo o olhar para a porta da cozinha. Appa segura sua pasta de couro preta e sua mão livre jaz no bolso da calça social. Os cabelos penteados para trás lhe conferem um ar severo, mas o semblante de preocupação é tão familiar e paterno como sempre. — Tem algo errado com seu café da manhã? Está encarando o pão há uns dois minutos.

— Hm? Não... — Eu que estou estranha.

— Então por que não está comendo?

— Ahm...

— Guarde isso e venha comigo. — Ele ordena e faz um sinal com a cabeça. — Rápido. Vou te levar pra escola.

— Vai? — Pergunto, surpresa.

Appa estreita o olhar e repete o gesto. Gira os pés e caminha para a porta, desaparecendo das minhas vistas. Rápido em seu vocabulário significa muito, porque cada minuto de Kwon Ji Yong vale dinheiro. Largo o café da manhã e corro com a mochila nas costas. Salto alguns degraus e desço as escadas da varanda, tentando alcançá-lo, mas Appa já está dentro de seu carro, parado perto da fonte.

Adianto-me até a porta do passageiro e a abro, entrando logo depois. Acomodo a mochila entre as pernas.

— Está mesmo tudo bem? Estou preocupado com você. — Appa dá partida no carro e segue pelo caminho até o portão.

— Sim, Appa.

— Filha, posso estar distante por causa do trabalho, e dos preparativos do casamento, mas eu te conheço. Sou seu pai... Durante muito tempo fomos só nós dois. Eu sei quando algo te incomoda.

Odeio ser tão transparente para ele, porque não posso simplesmente dizer: Ah, Appa, sinto saudade da Omma e da Jisoo, minha nota de história foi horrível, não consigo aprender geometria e acho que a maioria das pessoas se aproxima de mim por interesse. Fora isso, meu crush Yoongi me trata como uma criança. Ah, sem esquecer que eu beijei o filho da sua noiva, que por acaso o senhor chama de filho e é um ser sobrenatural, e agora estou sentindo umas coisas muito estranhas. Fora isso, tudo bem.

Girl Meets EvilOnde histórias criam vida. Descubra agora