[93] Caramelo. (+18)

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ATENÇÃO: Os personagens aqui citados são maiores de idade. Se você tem restrição a conteúdo sensível +18, cuidado com o que você tá lendo OIHOHIHOIHO creindeuspai HOJE TEM PUTARIA NO WATTPAD OHIOHIHOIHOHIHOIHOIHO Ah, tem linguagem obscena porque os personagens estão muito loucos. OIHOHIOH Espero que gostem das descrições, eu tentei caprichar. CUIDADO OIHOHIHOIHOHIOH QUE VERGONHA MEU DEUS

AMO VOCÊS

***

Kwon Sook's P.O.V.

Não sei o que está acontecendo comigo.

A noite sem estrelas é testemunha do poder que sinto nas veias e na alma.

O ar rarefeito sopra nas árvores que rodeiam o descampado próximo ao hospital, rodopia no vazio e lambe meu corpo suspenso dois metros acima do chão. As luzes nos postes da iluminação pública chiam, piscam e ficam mais claras. Meus olhos focam o caçador. Sei que posso esmagá-lo como um inseto, mas o que eu quero é que ele sinta qual é a sensação de ser caçado e acuado como uma presa, como eu já me senti. Quero que ele sinta o desespero de suas vítimas.

Alguém pode me chamar de sádica ou vingativa, mas o que eu deveria fazer?

Esses caçadores mataram minha família e antepassados, machucaram meus amigos e tem me perseguido por anos. Eles me destruíram e talvez tenha chegado a hora de eu os destruir também. A fúria se ergue em meu interior e eu despenco pelo ar, até o chão. Tombo de joelhos e me levanto. Olho-o e consigo ver o medo que o caçador sente, mesmo sem que ele mostre o rosto. Está em sua postura hesitante. Dou um passo para frente e ele dá um para trás.

Com a visão periférica, vejo Yoongi Oppa levar os corpos desacordados de Yugyeom e Jimin na direção do hospital. Quando me certifico de que eles vão ficar seguros, me volto para o homem mascarado que os feriu e observo seus trajes negros. Um segundo de silêncio trêmulo passa e ele faz algo. Corre. Foge de mim. É patético. Tomo um fôlego breve por entre os lábios e disparo pelo descampado. Sinto-me como nas madrugadas que perdi correndo pelo jardim de casa para fortalecer meus músculos.

Cada segundo de sono perdido faz sentido agora, enquanto corro, porque me sinto mais forte.

E a brisa quase inexistente se torna uma ventania que bate contra meus cabelos.

A adrenalina cresce em mim e o mundo reage. Os postes da iluminação pública sofrem com minha interferência. Energia elétrica. As lâmpadas amareladas chiam outra vez e entram em curto circuito. Elas explodem, uma por uma, à medida que sigo. É quando me lembro de uma magia que conheço bem. Vidro. Foco os olhos no caçador e ergo as mãos. Seduzo os cacos e aproximo-os.

Os pedaços de vidro flutuam, vivos e sob meu comando. Estico os braços e eles percorrem o vento como projéteis com um alvo. E eu sinto o poder pulsar por todo o meu corpo, muito mais grandioso, muito mais vivo, muito mais meu. A energia flui pelos poros e drena uma força que eu nem sabia existir em mim. Cria uma aura luminosa ao meu redor. E os pedaços de vidro atingem o caçador.

Ele se petrifica em uma posição de sofrimento.

O vidro corta seus trajes em pontos inespecíficos, de raspão. Reviro as mãos no ar e faço os estilhaços voltarem. O poder em meus dedos cria rastros luminosos no escuro. Os estilhaços tremem, manipuláveis, e viajam até o caçador de novo. E eles seriam mortais, agora, como a praga que um dia arrancou os corações das duas mulheres da minha família, mas algo acontece e rouba minha concentração.

Toda a fúria que me aqueceu em uma energia amarga e negativa se transforma em algo mais excitante. Revira meus instintos e me puxa. O ataque se dissolve. Os cacos de vidro param no ar antes de atingir o alvo, ensanguentados, e caem. O ruído da chuva de vidro cobre o som da corrida desenfreada do caçador para longe, mas não encobre as batidas do meu coração nos ouvidos. É tenso, vivo e turbulento.

Girl Meets EvilOnde histórias criam vida. Descubra agora