Girl Meets Evil

[85] Caçadora?

Hey!! Eu quero muito agradecer a vocês. MANO A GME FEZ 100 MIL VIEWS NO WATTPAD! Eu vi isso há pouco tempo, não tinha me ligado antes. Me assustei até. OIHOHIOHOH E lembrar que comecei a postar a GME aqui porque uma amiga me pediu pra comentar em cada parágrafo.

Na verdade, nunca tive nenhuma pretensão maior em escrever fanfic, só queria escrever porque gosto e me divirto. É muito feliz saber que vocês também se divertem. Nunca pensei que a GME teria 2 milhões de leituras no Spirit e tantas assim no Wattpad. É muito além do que eu imaginei quando tava escrevendo e chorando na frente do computador lá em 24 de dezembro de 2017. OHOHIOHIOHHO Nunca vou saber como agradecer, porque eu ainda estaria sozinha se não tivesse vocês pra compartilhar amor comigo <3 Obrigada <3 espero que gostem do capítulo novo! Vou postar aqui todos os dias nessa maratona de Halloween! EU AMO HALLOWEEN 🎃

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Kwon Sook's P.O.V.

O beijo suave de Jeon Jungkook formiga nos lábios, reverbera no peito, ressoa nos ouvidos, atiça a pele e aquece meu interior. A alegria me entorpece. Não é só um encontro de bocas sem significado. O beijo é repleto de sentimentos que reprimimos, negamos, silenciamos e escondemos por tempo demais. E agora surge como um grito de liberdade, a quebra de um elo que nos expõe.

Saímos do armário.

É nesse beijo que nosso amor pálido ganha cores e vibra entre nós, desejando, refletindo. Eu e Jungkook mergulhamos o refeitório lotado em um silêncio opressor. Então, sinto insegurança. E agora? O que será de nós depois de rasgar nosso segredo diante de todos? A pressão leve e familiar de seus lábios se desfaz e a realidade retorna. Não há como me preparar para enfrentar tudo. Meus olhos se abrem, ansiosos. As mãos tremem. Diferente de mim, Jungkook tem a tranquilidade no semblante de quem tem a certeza da escolha certa.

— Eu te amo, vai ficar tudo bem. — Ele sussurra.

Assinto, mas o silêncio persiste e, se antes pesava em mim, agora pisa na minha garganta e asfixia. Não quero sentir o peso do julgamento por amar alguém que a sociedade rejeita como um par viável para mim. O ar escapa pela abertura dos lábios e suas mãos me seguram pelos ombros, protetoras.

Ouço outra bandeja cair no chão com um estilhaçar dramático. Busco o som e vejo uma das fãs de Jungkook, do primeiro ano, parada ao longe, boquiaberta. Um de seus olhos treme e ela tem as mãos abertas na frente do corpo. Sua bandeja com talheres, prato, sanduíche e uma caixinha de suco está espatifada no chão. Seu rosto está afogueado, vermelho até o pescoço, e ela range os dentes.

— Não acredito que vocês... — A voz venenosa de Tzuyu rasteja por meus ouvidos.

O burburinho se levanta em crescente.

Julga, aponta, fofoca, comenta.

Começo a distinguir vozes. Ouço assovios altos, risadas e coisas como: "É uma vadia." Ou: "É isso aí, Jungkook!" Ou: "Own, olha o jeito que ele sorri pra ela!" Ou "Vai, Jungkook! Mostra pra ela quem é que manda!" Ou: "Gente, como assim? Eles não eram irmãos? To perdida!" E a resposta: "Acho que os pais deles vão se casar, mas eles não são irmãos." Ou: "Mas, gente... Pode beijar na escola?"

— IRRA! MEU CASAL TÁ VIVO! — Lisa grita. Viro o rosto e vejo-a de pé, com os braços esticados. — FINALMENTE! — Não consigo respirar. Todos os pares de olhos no refeitório pulam entre nós e Lisa, mas ela continua. — Agora vou poder shippar em paz. Obrigada, Deus. E vocês, podem voltar aos seus lanches! — Ela se dirige aos outros alunos. — O espetáculo acabou! Circulando, circulando! Ou alguém da direção vai aparecer por aqui e todo mundo vai pagar!