Jeon Jungkook's P.O.V.
— Estou tentando te beijar.
Ela não hesita, se distancia ou escapa. Por uma fração de segundo, minhas mãos congelam em sua pele suave. Vasculho seus olhos, encontro-a exposta. Escorrego os dedos por suas bochechas e arrasto o polegar em seu lábio inferior, entreabrindo-o.
— Não... Não podemos nos beijar.
— Você quer? — Pergunto.
— S-somos... irmãos. — A voz frágil oscila em meus ouvidos.
— Você quer.
Arrepios se alastram por minha superfície, abalam meus ossos. Ela controla minha mente, eu subjugo seu corpo. Enfio as mãos em seus cabelos, fecho o punho em sua nuca e puxo as mechas para baixo, erguendo seu queixo. Lufadas do hálito quente se chocam contra meus lábios e minha racionalidade evapora em seu perfume. Tateio sua cintura, espremo os dedos contra sua carne e a domino.
Minhas íris queimam, escarlates.
— A porta está aberta... Nossos pais estão em casa.
— Eles saíram. Estamos sozinhos. — Resvalo a lateral do nariz no seu e meus olhos se reviram. As pálpebras pesam e se fecham. O calor consome meu interior. — Tem mais alguma desculpa pra não me beijar? — Sussurro contra seus lábios. Sinto o toque sutil em meu peito, próximo ao ombro. — Monstrinha...
Sook me cala com um beijo e eu entro em combustão.
Seu cheiro se entranha em meus sentidos, nubla meus pensamentos e aflora meus instintos. Tonteio.
Os lábios escorregam até se encaixar em uma pressão úmida e deleitosa. Minhas mãos rastejam por suas curvas. Agarro seus cabelos em um ímpeto animalesco. Esmago a lateral do nariz no dela e bafejo contra sua boca. Nossos hálitos se misturam, as respirações pesam e o ar falta aos meus pulmões. Capturo seu lábio inferior entre os meus, prendo-o entre os dentes e arrasto a ponta da língua.
Seu sabor adocicado se condensa em meu paladar sedento.
Sinto um tipo diferente de fome.
O calor nos envolve e meu equilíbrio debilita. Uma corrente de arrepios cruza minhas costas e eu transpiro ocitocina, que flui nos poros em uma nuvem de feromônios. Seu corpo estremece e ela espalma meu peito. Ansiosa, quase desesperada. O beijo não ultrapassa o limite dos lábios, mas transborda muito mais luxúria do que já experimentei. Ela desperta minha excitação, lasciva e magnética.
Ainda assim, não é carnal. Não é apenas sobre seu cheiro, sua beleza avassaladora, sua pele macia, sua boca doce ou suas curvas esguias. Não é uma atração fugaz. É ela. Por inteira. Completa. Cada detalhe que a faz como ela é. Somente ela. Perfeita até mesmo em cada imperfeição. Ela é dona do meu coração.
— Não... N-não podemos. — Ela interrompe o beijo, arqueja e franze o espaço entre as sobrancelhas. Fito sua boca, hipnotizado. — Isso é ruim. Muito ruim... Não podemos, Jungkook. — Ela bate em meu peito, queixosa. Inspiro o ar ruidosamente, com o olhar fixo no seu.
— Você quer parar? Nós podem...
— Mas é tão bom. — A Monstrinha sussurra com aparente confusão, agarra minha camisa com as duas mãos e me puxa outra vez.
Inclino o rosto e nossas bocas se colidem. Em chamas.
Abro seus lábios ao que se encaixam e acaricio a abertura com a língua, ameaçando seu interior. Sua resposta é carregada de malícia provocativa. A ponta da língua roça na minha e as duas se enroscam, em um atrito escorregadio e repleto de volúpia. Minha frequência cardíaca alta empurra adrenalina pelas veias e uma gota de suor escorre por minha espinha dorsal. Sinto seus mamilos túrgidos abaixo da blusa e quase gemo, com os músculos rígidos. Ela está sem sutiã.
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Girl Meets Evil
Romansa[Não aceito adaptações desta obra] Nasci em Juggi, uma cidadezinha perdida na Coreia do Sul, mas a deixei por não suportar a dor da perda da minha mãe e da minha irmã mais velha. Appa e eu nos mudamos para Seul, que me acolheu e me reergueu como um...