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Kwon Sook's P.O.V.
— ...Vou te matar.
As palavras de Mark se repetem na minha cabeça.
O mundo rodopia, meu coração para.
E a realidade enfraquece.
Uma angústia sobrenatural paralisa meus sentidos e me intoxica.
O tempo desacelera, os segundos se arrastam em uma reação em cadeia, um efeito dominó que derruba peça por peça em câmera lenta, diante de mim. De repente, não sei como impedir a tragédia, como parar tudo isso. Em algum lugar, ouço ecos de uma voz, mas não sei a quem ela pertence e minha mente se esvazia. Só assisto tudo acontecer, inerte.
Num momento, Mark enfia um punhal na garganta de Jackson e murmura, breve e simpático, que vai me matar. Suas palavras só combinam com o olhar que ele me oferece depois, transbordando um prazer sádico e alucinado. É quando a face bonita de um amigo mostra a psicopatia escondida atrás da máscara de um traidor. E minhas entranhas se reviram ao pensar nessa traição, mas não consigo reagir.
Só consigo entender o que Mark pensa de nós. Somos suas presas, eu, Lisa, Yoongi e Jackson... Jack. Lembrar do meu primo faz meu coração saltar. Enquanto Tuan, meu segurança e tio de Mark, passa pelas portas do casarão para cumprir a ordem de sumir com Yoongi Oppa, meus olhos pousam no corpo exangue que descansa no piso de granito do vestíbulo.
O sangue verte pelo corte em sua garganta, pelo canto dos lábios entreabertos e trêmulos e engasgados. Mancha suas roupas, a pele. Sua vida se derrama na poça escarlate que cresce ao seu redor, pintando o chão de vermelho. Quase posso sentir a morte chegando para abrandar seu pulso, aquietar seu fôlego, afrouxar sua consciência até evanescer. Seus olhos ainda brilham, mas os segundos correm.
A reação em cadeia segue seu curso.
Porque o tempo é implacável.
Jackson está morrendo.
Seu espírito descansará em breve e eu quero fazer algo para impedir sua morte, mas não consigo me mover. A inércia me prende em um buraco escuro e tudo ao meu redor acontece rápido demais para que eu acompanhe. Tuan avança sobre Yoongi, Mark se agacha ao lado de Jackson e cutuca sua bochecha com a adaga, o jardim do casarão escurece. O que se ergue diante de mim é uma invasão.
Entre os sussurros do vento que anuncia uma tempestade e os tons cinéreos do céu, um desfile de caçadores toma a propriedade dos Kwon. Suas vestes são capas negras e seus rostos estão cobertos por máscaras brancas. Eles não possuem identidade, individualidade. São só uma massa de pessoas obtusas e primitivas, como as que queimaram as bruxas de Salém. E eles querem minha cabeça.
Não tenho tempo para compreender o que acontece ao meu redor, porque minha atenção se volta para Mark, que mexe no corpo de Jackson e o deita de peito para cima, com uma indiferença que fervilha em meu interior, me desperta e chacoalha. Ao longe, ouço a marcha constante, combinada com uma melodia de cânticos proferidos em latim. Eles estão vindo, cantam vitória, me intoxicam.
É esse o efeito dominó que devo interromper para salvar meu primo, meus amigos e a mim, antes que seja tarde. Agora é o momento. Agora. Tento me mexer. Meu corpo não responde. Tento outra vez, mas minha nuca se arrepia com um calafrio que cruza a coluna, os nervos e me para. Não consigo mover um músculo, osso, nada. Meus pés não saem do chão. Tento de novo, não dá.
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Girl Meets Evil
Romance[Não aceito adaptações desta obra] Nasci em Juggi, uma cidadezinha perdida na Coreia do Sul, mas a deixei por não suportar a dor da perda da minha mãe e da minha irmã mais velha. Appa e eu nos mudamos para Seul, que me acolheu e me reergueu como um...