[72] Alinhados.

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Hey!! Gente, rapidão!

Só quero agradecer a vocês, leitores <3 a gente que escreve sempre fica sentido e reclama do hate, mas às vezes esquece que pra cada pessoa que xinga, tem um monte de leitores legais dando impulso, energia e vontade pra gente escrever! OBRIGADA POR SEREM ESSAS PESSOAS POSITIVAS! Obrigada por expor a opinião, por me deixar saber que parte emociona vocês, o que faz vocês rirem <3 Obrigada por se preocuparem com meu estado, me perguntarem se eu estou bem e realmente serem minhas amigas <3

AMO VOCÊS <3

Agora sim, podem ler. Sou muito boiola por quem lê o que eu escrevo sim <3

***

Min Yoongi's P.O.V.

Se as feridas em meu corpo estão quase curadas, as da alma permanecem abertas.

Expostas, elas queimam e nunca viram cinzas.

Todas elas. Porque não foram feitas para se curar.

Sinto que o cansaço extremo, a dor e as náuseas provocadas pelo Rut não se comparam à vergonha, angústia e solidão em meu interior. À medida que as doses cavalares de inibidor de cio surtem efeito, minha mente se desanuvia e me mostra todos os erros grotescos que cometi desde o dia em que fui um desgraçado com meus dongsaengs, Kwon Sook e Jeon Jungkook. Meus dois caçulas. Eu deveria cuidar deles, não atacá-los.

E eu sei que não há justificativa para o que fiz, mas minhas ações foram a consequência irracional do momento em que a menina me disse uma palavra-chave e revi Jisoo. Eu já estava prestes a entrar no cio mas, quando a vi, cheguei ao estopim. Era como se ela ainda estivesse viva, como se seu corpo ainda fosse quente e sua voz fosse real. Seus olhos ainda brilhavam. E ela estava tão próxima e seus lábios tocaram os meus e meu ar se foi. Eu queimei como se ainda fosse feliz.

O odor em meu olfato era límpido, adocicado e leve. Flores de cerejeira. Era ela. Era ela.

Ela.

Kwon Jisoo.

Não era um fantasma, um delírio febril, um momento de desespero. Era ela, como se pudesse reviver para me dizer que os últimos anos foram só um pesadelo do qual eu acordei. Era o que eu queria, mas... Essa esperança durou muito pouco. Tão pouco. E agora estou aqui. Sozinho. De novo. Risco mais um dia insuportável de Rut do calendário e persisto. Sobrevivo. Tento sufocar a esperança idiota que a lembrança vívida criou em mim. Preciso continuar e repetir que Jisoo está morta há tempo demais para simplesmente voltar.

Não posso esperar que suas flores renasçam, porque esses sonhos nunca serão reais.

Assim, me levanto da cama minúscula do quarto de hóspedes de Jin e me arrasto até o banheiro.

Confiro data e hora na tela do celular sobre a pia e quase suspiro aliviado. É o último dia de tortura do cio, finalmente. Retiro o pijama, abro a portinhola do box do chuveiro e entro. Giro o registro e deixo a água quente jorrar em minha cabeça, nos ombros. Ergo o queixo, cerro as pálpebras. Os jatos chicoteiam meu rosto, o corpo, o chão. O chiado se torna mais alto que meus pensamentos, e me permito não refletir. Pela primeira vez em dias, não me martirizo. Dura só um segundo.

Sou apenas um nada. Vazio e escuro, fustigado pela água do chuveiro. Aí eu a vejo por baixo das pálpebras seladas outra vez. Jisoo. É atormentador. Me rasga por dentro com lembranças de tudo o que vivi e não vivi ao lado dela. Do que aconteceu entre nós e do que jamais irá acontecer. Um bolo se forma em minha garganta e o peito se expande em uma respiração profunda. Essa é a pior sensação do Rut. Lembrar dela e desejá-la. É angustiante sentir seu cheiro, seu toque, o sorriso. A presença fantasma de Jisoo me persegue a cada Rut.

Girl Meets EvilOnde histórias criam vida. Descubra agora