[39] Palavras.

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Hey, gente!!

Tive problemas com a internet durante a semana e não deu pra postar </3 Mas estou de volta <3 Decidi postar hoje porque faltei quase a semana toda e precisava me redimir <3 Obrigada pelo apoio, pela leitura, pelos votos e por todo o carinho! <33

***


Jeon Jungkook's P.O.V.

É difícil respirar.

Minhas costas latejam em uma dor lancinante e meus pulmões insistem em permanecer vazios. Minha testa se enruga e minha visão, até pouco embaçada, focaliza o teto. Os sentidos debilitados não respondem aos meus comandos. Minhas mãos, pés e virilhas formigam. Ouço ecos distantes dos passos no chão frio e viro o rosto para ver os pés passearem do outro lado da cama.

— Espera um segundo, Srta. Jeon! — A voz da Monstrinha soa longe. Minha frequência cardíaca retumba e meus olhos queimam. Sento-me no chão, atordoado. Massageio a nuca dolorida e a olho. Ela veste as alças do vestido para esconder os seios. — Se esconda! — Ordena em um sussurro sem voz. Preciso de dois segundos para entender seu recado, mas ela não é paciente para tanto.

Joga algo em minha direção, acerta meu rosto. É sua calcinha, que eu pego e analiso. Faço uma careta logo depois e pestanejo.

O que está acontecendo?

— Mas o que... — Murmuro, sem entendre. Recupero o raciocínio aos poucos. A Monstrinha faz um gesto para que eu me abaixe. — O que... — Franzo o cenho e ela arregala os olhos, no ápice de sua impaciência. Ralha comigo por mímica e apanha uma sandália do chão. Atira contra minha testa, com tanta força que eu caio de novo e colido as costas, já doloridas, no chão. Minha testa queima. — Ai... Que mira do caralho...

— Tem algum problema, filha?

— Não! Estou indo, Srta. Jeon!

— Omma...? — Sussurro e massageio a testa.

Ah... E você viu o meu Fofinho? Os seguranças disseram que ele veio com você, querida... Procurei por ele, mas não encontrei e... — Ouço o ranger das dobradiças na porta do quarto e o estampido da madeira no pórtico logo depois.

O som é como um estalo para me fazer recobrar a lucidez.

Sinto o pulsar da excitação lá embaixo e arregalo os olhos.

Merda. É minha mãe. Merda. MERDA. Será que ela me ouviu? Que merda. Se ela entrar aqui e me encontrar, deixo de ser o Fofinho para ser o Fodido. Inspiro o ar com força para dentro dos pulmões e tento raciocinar. Tinha que ser justo agora? Porra. Merda. Caralho. Se existe um Deus por aí, em algum lugar, Ele me odeia. Merda. Eu estava tão perto de... Tão perto de... Puta que o pariu. Olho para baixo, vejo o membro ainda ereto, inchado e úmido, quase dolorido. Não há nenhum preservativo para me proteger. Eu quase... Quase... Quase fiz tudo errado. Meus pés gelam e eu me sento no chão outra vez, sobressaltado.

Não consegui controlar meus instintos e me deixei levar pelo impulso lupino, pela carência de um contato mais íntimo. Quase estraguei tudo com ela... Logo com ela, a única a quem quero proteger de todo o mal. Nunca me perdoaria se tirasse sua virgindade nesse lugar maldito. Aish. Que merda. Mordo os lábios dentro da boca e procuro um lugar menos exposto para me esconder. Não posso rolar para debaixo da cama, porque não há espaço. Não há qualquer baú ou estante grande o suficiente para me esconder.

As câmeras do lado de fora me pegariam se tentasse me esconder na varanda.

Banheiro. Levanto-me e subo a calça, vestindo-a rápido. Encolho os ombros com o arrepio que me atravessa no momento em que toco a ereção para guardá-la e faço outra careta. Preciso de um alívio urgente. Ao menos o pior não aconteceu. Fito a porta fechada do quarto e recolho minha camisa e a gravata, corro para o banheiro e me tranco no cômodo, esperando que a Monstrinha volte para me desculpar.

Girl Meets EvilOnde histórias criam vida. Descubra agora