Capítulo V

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                                     - O que está acontecendo? – Perguntou Willa quando Jamie estacionou na frente da N

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                                     - O que está acontecendo? – Perguntou Willa quando Jamie estacionou na frente da N.S.T.A.

       Uma multidão rodeava o portão de entrada, ou melhor, uma multidão de garotas que não aparentavam ter mais do que quatorze anos rodeavam o portão da agência.

      Elas estavam inquietas, animadas e com uma animosidade extraordinária, era como se esperassem algo surpreendentemente incrível.

     - Eu não faço a menor ideia. – Respondi, descendo do carro.

      Hoje mais cedo, antes mesmo que papai levantasse para me levar ao trabalho, James já estava me esperando. Quando questionei sobre o carro, ele me contou que convenceu o seu pai emprestar a minivan da empresa deles, e que se eu não me importasse muito com o cheiro dos animais que seus pais transportavam ali dentro, ele poderia dar carona para mim, e para a Willa (mas essa parte fui eu quem inclui).

     - Queria que no meu trabalho tivesse tantas gatinhas como tem no seu. – Disse Jamie, todo entusiasmado. – Você poderia me apresentar algumas.

     - Vai trabalhar. – Respondi, fechando a porta na sua cara e acenando para Willa, que por algum motivo que não entendi ainda estava no banco de trás, mesmo depois de eu ter saído do carro.

      Quando o carro virou na esquina, e não pude mais enxergá-lo, agarrei firme a minha bolsa e comecei uma tentativa vã de atravessar a multidão em direção a entrada. Algumas das garotas olhavam fazendo cara feia, enquanto as outras mais ousadas me empurravam e fingiam que não tinham feito por querer.

     Eu estava precisamente no meio da multidão, tentando a todo custo desviar de uma onda joelhadas e cotoveladas quando ouço o portão abrir e de repente todas as garotas dali começaram pular e gritar desesperadamente, tanto que por um breve momento pensei que ficaria surda. Ou que no fim talvez acabasse soterrada por elas e aquela pulos violentos.

      E por mais que a vontade de abandonar tudo isso, essa grande loucura, fosse enorme, eu tinha que trabalhar, não havia outra opção. Era isso ou reprovar de ano.

     No entanto, por mais que tentasse atravessar para chegar ao portão, eu não encontrava uma única brecha. Depois de uns segundos me dei conta que estava presa, não havia como seguir em frente ou como voltar por onde tinha vindo. Elas estavam agitadas demais para que eu pudesse pedir licença ou explicar que estava aqui para trabalhar, que não tomaria seus lugares para seja lá o que estavam esperando.

      No entanto isso era impossível no momento, então tudo o que eu poderia fazer era torcer para que se acalmassem pelo menos um pouco, e neste meio tempo eu conseguisse dar o fora dali, evitando o ataque de asma que estava prestes a ter. Não que eu tivesse asma, mas se continuasse ali por mais dois minutos, certamente iria desenvolver algo do tipo.

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