Capítulo LXII

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                     Acordo no meio da noite, e não sei bem o porquê

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                     Acordo no meio da noite, e não sei bem o porquê. Não tenho noção de que horas eram. Eu estava exausta, mas também agitada, inquieta. Demoro apenas alguns segundos para raciocinar que não estou no meu quarto, e o porquê não estou. Flashes da noite passada inundam a minha mente.

     Saio do quarto de hóspedes e atravesso o corredor até o quarto principal, é mais um instinto do que qualquer outra coisa. Apenas quero checar se tudo está bem, preciso disso para tranquilizar o meu coração agitado.

     Quando chego lá, me assusto quando vou tocar o braço de Damen, e ele está fervendo de febre. O termômetro passava de 39º. Sem pensar duas vezes, ligo para Flávia.

     Ela não atende.

     Então é isso, eu teria que me virar sozinha.

     Faço um chá quente com umas ervas que encontrei na cozinha e pego um dos comprimidos que tomei antes de dormir. Damen estava tremendo, e quando lhe acordo para tomar o chá, ele o faz, mas permanece com os olhos fechados. Como se estivesse acordado, mas também ainda estivesse dormindo.

      Ele não dizia nada, e as suas pálpebras abriam apenas o suficiente para conseguir direcionar a xícara melhor em seus lábios. Depois que toma o último gole, deixo a xícara sobre a cômoda, e ele volta a dormir quase que instantaneamente.

      Por um longo tempo continuo ali, ao seu lado, observando a sua respiração constante, e graças ao chá, menos pesada.

      Puxo a coberta mais para cima, e me sento na poltrona ao lado. De quinze em quinze minutos meço sua temperatura.

     Não consigo parar de bocejar, o meu corpo reclamando, implorando por descanso, mas é só uma hora depois que a temperatura corporal dele finalmente baixa. Pego a xícara, e levanto em direção a cozinha.

      - Fique. – Damen agarra a minha mão. – Comigo.

      - Como está se sentindo?

     Suas pálpebras começam a fechar outra vez.

     - Para ser sincero eu já me senti pior. – Ele deu um sorriso languido, a testa molhada, os olhos cerrados, a boca seca e entreaberta. E mesmo assim, o meu coração batia mais forte toda vez que eu o olhava. – Você promete que vai estar aqui quando eu acordar?

     - Eu prometo.

* * *

     Sinto cócegas, mexo o nariz.

     Algo toca o meu rosto de leve, e sou obrigada a abrir os olhos mesmo que não queira. Desperto lentamente, piscando algumas vezes para me acostumar com a luz forte. Levanto uma das mãos para cobrir os olhos, e vejo uma figura familiar ao lado, quase que por cima de mim.

Ele me cutuca outra vez.

- Megan? – Perguntou, baixinho.

Minha visão se adequa, e percebo que a figura familiar é na verdade, Damen, e que bem, eu estou abraçada a ele.

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