Não sei há quanto tempo estava observando aquela maldita foto. Quero dizer, tudo começou quando encontrei Samantha no elevador.
Ela me cumprimentou educadamente, em seguida, me entregou uma revista. E quando lhe questionei o motivo, simplesmente disse:
- Achei que você deveria ter.
Então desceu, e sem mais nem menos seguiu o caminho sem se preocupar com a confusão em que me deixou. Ok, mas o que diabos ela poderia querer dizer com aquilo?
"Achei que você deveria ter".
E mais, porque Savannah achava que eu deveria ter uma revista qualquer na qual Damen Coleman estava na capa?
Quero dizer, nem se quer tinha algo com ele. Na verdade, eu não fazia a mínima ideia de como definir o nosso relacionamento, se é que tivéssemos um.
Damen era apenas o cara que se ofereceu para me ajudar a descobrir mais sobre o passado da minha família. Por acaso existe um tipo de título para alguém assim?
Dominique saiu há horas, avisou que não voltaria até amanhã de manhã. Então estiquei minhas pernas na poltrona maravilhosa da sua sala, e tirei a revista da minha bolsa.
O pior de tudo é que depois de todo este tempo, eu não conseguia encarar nada além daquela maldita capa. E o motivo era completamente justificável.
Por mais que eu odiasse admitir, Damen Coleman era provavelmente o homem mais lindo – e sexy – que já vi em toda minha vida. E definitivamente, não havia nada melhor no mundo do que ele naquela foto, sem camiseta, com todo o arsenal de músculos abdominais completamente amostra, dando total destaque ao seu corpo irresistível.
Seus olhos estavam ainda mais brilhantes, os lábios mais avermelhados do que o costume. Era impossível olhar para esse homem e não fantasiar com ele, ou não me recordar do beijo que demos num passado muito mais próximo do que eu queria admitir.
Se eu não conhecesse Damen, diria que apenas garotas idiotas ficavam mais de meia hora observando a capa de uma revista imaginando como seria a vida delas com um cara daqueles ao seu lado. Mas se tratando de Damen Coleman, eu diria: meia hora ainda é pouco tempo, pouquíssimo.
O curioso é que no fim acabei virando um poço de sentimentos contraditórios. Ao mesmo tempo que tinha desejos insanos, também o odiava mais do que qualquer outra pessoa.
Odiava como ele me tirava do sério, ou como brincava com meus sentimentos. Odiava como às vezes ele dava sinal que me desejava também, ou quando me tratava com tamanha indiferença que o meu coração chegava a partir em duas partes. E por mais que eu o odiasse, e quisesse o odiar mais do que qualquer coisa, eu o desejava.
Ardentemente.
Eu o desejava com cada pedaço do meu coração. Desejava tanto que cada parte do meu corpo queimava só de pensar. Meu cérebro girava com a mera possibilidade de ter seus lábios pressionado nos meus mais uma vez.
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Lua Negra
RomanceMegan Hayes é uma colegial como qualquer outra, ao menos era o que pensava. Para concluir o último ano e se ver livre da escola é preciso participar de um estágio obrigatório. Por azar ela acaba sendo enviada a NSTA - uma agencia de talentos. O pro...