Capítulo LIX

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     "Megan, eu acho que vou morrer hoje"      Suas palavras são como chicotes

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"Megan, eu acho que vou morrer hoje"
Suas palavras são como chicotes.

      E o pior de tudo: eu não precisaria perguntar o motivo, não quando já sabia exatamente a resposta.

       - Ele descobriu?! – Minha voz soou mais como uma afirmativa do que com qualquer outra coisa, mas Andrea respondeu mesmo assim.

      - Sim, descobriu tudo. Sobre a fuga de Kiara... e sobre você e o seu amigo.

       Andrea começou a chorar, freneticamente.

      - Eu não sei mais o que fazer. – Continuou, em prantos. – Eu juro que não queria te envolver, tem que acreditar em mim. Mas eu não tenho mais ninguém, e sei que se continuar sozinha vou morrer hoje. Ele não vai me deixar sair desta viva, e em seguida vai atrás de vocês. Ele já sabe os seus nomes, e mandou capangas atrás de mais informações... – Sua voz quase desaparece. – Eu não posso morrer. Estou com medo. Não sei o que fazer se ele...

       - Acalme-se. Onde você está?

      - Estou em algum lugar da rodovia 563, em frente a uma lanchonete amarela 24h e... – Ela funga, como se fosse chorar outra vez. – Acho que... eu não sei onde estou. Quando o vi, eu só corri para longe, minhas pernas não aguentam mais, e sei que eles estão atrás de mim.

    - Eu preci...

      Damen arranca o celular da minha mão, levando ao seu ouvido, e começa a falar.

      - Olhe para a direita. Está vendo uma torre? – Passa um segundo, ou menos. Damen se levanta, e leva a mão no bolso. – Tem um prédio antigo ao lado com uma porta vermelha que diz "proibida a entrada de pessoas não autorizadas". A chave do cadeado está embaixo da lata de lixo à esquerda. Você consegue caminhar até lá? – Ele arranca uma nota da sua carteira e deixa sobre a mesa. Agarra a minha mão e nos leva para fora. – Ótimo. Em dez minutos chegamos, fique longe das ruas.

       Ele guarda o celular no bolso. Não protesto, não quando parecia saber perfeitamente o que estava fazendo. Apenas deixo que me conduza.

       Damen abre a porta a porta do carro, e espera até que eu entre para fechá-la. Mas na sua vez, uma voz o chama. Pelo para-brisa avisto uma mulher se aproximar.

       - Coleman. – Ela diz, sorrindo como se estivesse em uma capa de revista. E com aqueles traços tão marcantes, não demoro muito para perceber quem era.

       Gabriela Hunter.

       Em carne e osso.

       Dentro de um vestidinho vermelho tão curto que mal cobria suas coxas e peitos fartos. Imediatamente constato que a sua beleza era nada menos que intimidante, tanto nas fotos quanto pessoalmente.

     Somente quando ela aproxima tanto que quase toca o corpo de Damen com o seu, é que seus olhos azuis bem maquiados deslizam para dentro do carro.

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