Capítulo XIII

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                              Acordei com o barulho de uma mensagem

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                              Acordei com o barulho de uma mensagem. Quando a tela do celular acendeu, movi a mão até o criado-mudo.

     A mensagem era da agência, e dizia que a NSTA não abriria. Hoje seria uma espécie de folga para funcionários em virtude da festa para os VIPs na casa da Presidente.

    Contente com a notícia, me permiti dormir por mais algumas horas. Até que fui acordada mais uma vez pelo celular, que tocava a música Lonely Day do SOAD, Willa havia programado sem a minha permissão e não agora eu não conseguia mais desfazer.

     Preguiçosamente e sem abrir os olhos, estiquei a mão até o criado-mudo, percebendo que desta vez não era bem o celular da agência que tocava, e sim o pessoal.

     A música parou.

     Um segundo depois voltou a tocar.

      Ainda sonolenta calcei as minhas pantufas e alcancei a bolsa, xingando mentalmente quem poderia estar me atormentando tão cedo em plena sexta-feira.

    Willa.

    Mas decidi deixar cair na caixa postal, mais tarde retornaria.

     Era meio-dia quando fui para cozinha começar o almoço. Na porta da geladeira encontrei um bilhete do meu pai.

           Querida, cheguei muito tarde ontem e não quis te acordar. Recebi uma ligação logo cedo sobre os meus negócios, e terei que viajar outra vez. Deixei dinheiro na gaveta para emergências.

      Estava ainda entretida com a comida quando me recordei do sonho que tive noite passada. Naquele em Tyler conversava com uma mulher. Quero dizer, havia mesmo sido um sonho, certo?

      Porque mesmo que não fizesse o menor sentido, me pareceu tão real quanto qualquer outra lembrança. Contudo, o meu irmão não dormiu em casa, e hoje logo quando acordei a sua cama estava da mesma maneira que eu vi ontem, intacta.

* * *

    Uma brecha de luz adentra o quarto, por um momento eu não me importo, imagino que seja apenas o vento balançando as persianas.

     A luz continua forte, deslizo os olhos em direção a janela, mas ela está fechada.

     Levanto a cabeça quando ouço o clique da porta. Uma silhueta está parada na soleira falando, mas eu não ouço nem uma única palavra.

     - ...deve ser a irmã. – Dizia, então o garoto se virou para o corredor como se tivesse com mais alguém com ele, e depois voltou a olhar para mim. – O Ty disse que tem alguém lá em baixo perguntando de você.

     Levantei sonolenta, e vesti o meu robe.

     Chegando ao topo da escada constatei que o meu irmão se aproveitou da ausência do meu pai e estava dando uma maldita festa.

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