Acordei com o barulho de uma mensagem. Quando a tela do celular acendeu, movi a mão até o criado-mudo.
A mensagem era da agência, e dizia que a NSTA não abriria. Hoje seria uma espécie de folga para funcionários em virtude da festa para os VIPs na casa da Presidente.
Contente com a notícia, me permiti dormir por mais algumas horas. Até que fui acordada mais uma vez pelo celular, que tocava a música Lonely Day do SOAD, Willa havia programado sem a minha permissão e não agora eu não conseguia mais desfazer.
Preguiçosamente e sem abrir os olhos, estiquei a mão até o criado-mudo, percebendo que desta vez não era bem o celular da agência que tocava, e sim o pessoal.
A música parou.
Um segundo depois voltou a tocar.
Ainda sonolenta calcei as minhas pantufas e alcancei a bolsa, xingando mentalmente quem poderia estar me atormentando tão cedo em plena sexta-feira.
Willa.
Mas decidi deixar cair na caixa postal, mais tarde retornaria.
Era meio-dia quando fui para cozinha começar o almoço. Na porta da geladeira encontrei um bilhete do meu pai.
Querida, cheguei muito tarde ontem e não quis te acordar. Recebi uma ligação logo cedo sobre os meus negócios, e terei que viajar outra vez. Deixei dinheiro na gaveta para emergências.
Estava ainda entretida com a comida quando me recordei do sonho que tive noite passada. Naquele em Tyler conversava com uma mulher. Quero dizer, havia mesmo sido um sonho, certo?
Porque mesmo que não fizesse o menor sentido, me pareceu tão real quanto qualquer outra lembrança. Contudo, o meu irmão não dormiu em casa, e hoje logo quando acordei a sua cama estava da mesma maneira que eu vi ontem, intacta.
* * *
Uma brecha de luz adentra o quarto, por um momento eu não me importo, imagino que seja apenas o vento balançando as persianas.
A luz continua forte, deslizo os olhos em direção a janela, mas ela está fechada.
Levanto a cabeça quando ouço o clique da porta. Uma silhueta está parada na soleira falando, mas eu não ouço nem uma única palavra.
- ...deve ser a irmã. – Dizia, então o garoto se virou para o corredor como se tivesse com mais alguém com ele, e depois voltou a olhar para mim. – O Ty disse que tem alguém lá em baixo perguntando de você.
Levantei sonolenta, e vesti o meu robe.
Chegando ao topo da escada constatei que o meu irmão se aproveitou da ausência do meu pai e estava dando uma maldita festa.
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Lua Negra
RomanceMegan Hayes é uma colegial como qualquer outra, ao menos era o que pensava. Para concluir o último ano e se ver livre da escola é preciso participar de um estágio obrigatório. Por azar ela acaba sendo enviada a NSTA - uma agencia de talentos. O pro...