Capítulo XLIX

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                A mansão dos Becker era extravagante e intimidadora, assim como Dominique e o seu pai eram, nesta mesma ordem

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A mansão dos Becker era extravagante e intimidadora, assim como Dominique e o seu pai eram, nesta mesma ordem.

Uma cascata de água cristalina banhada de dourado delineava-se na trombeta mantida por anjos esculpidos em pedras no topo de uma piscina de vidro. E esta era a primeira coisa que se notava ao atravessar os portões.

A mulher que me recebera nas enormes grades que separava o casarão do resto do mundo, me trouxe até aqui, numa espécie de varanda, e em seguida, desapareceu. Me deixando sozinha.

Haviam muitas pessoas trafegando por ali. Algumas carregando buquês, outras cadeiras, vasos e inúmeros itens de decoração. Porém, nenhuma delas parecia capaz de me explicar onde é que eu encontraria Dominique Becker.

Tentei ligar diversas vezes, e em todas as tentativas, nada. A linha estava ocupada. Então simplesmente fiquei parada, esperando alguém aparecer do nada. No fim, resolveu.

- Megan! – Meu coração pula quando avisto Dom atrás de mim. – Muito obrigada por ter vindo mais cedo. – Ela sorri e agarra os meus braços, arrastando-nos para dentro da casa. – Estou literalmente surtando.

- O que aconteceu?

Me referia a ligação que recebi há cerca de uma hora, com ela falando que precisava que eu estivesse aqui o mais rápido possível, pois se tratava de um caso de vida ou morte.

      Então mesmo que tivesse muito o que fazer em casa, não pensei duas vezes e vim. Porque ainda que tivesse total ciência de que não seria algo tão grave, eu sentia que deveria recompensá-la de alguma maneira.

Sei que quem cometeu o erro estúpido foi o Sr. Becker, e que eu não deveria me sentir culpada apenas por descobri-lo. Mas esta era a realidade, eu me sentia culpada. Extremamente culpada.

- Eu sei que você veio à festa por diversão, e me desculpe, mas eu preciso de ajuda. – Ela me olha seriamente, tentando descobrir em que momento eu iria objetar.

Mantenho meu rosto impassível, é o que tenho feito desde que peguei o seu pai no flagra com outra mulher. Era isso ou um olhar de pena toda vez que os meus olhos iam de encontro aos seus.

- Eu entendo que não me deve nada. Mas preciso que me ajude. Metade do pessoal que contratei pegou um resfriado ou algo do tipo, não sei muito bem o que diabos aconteceu com eles. Acontece que agora estou quase sem ninguém para me ajudar e a festa vai começar em menos de duas horas, e estou nervosa. Acho que não estou conseguindo respirar normalmente, e penso que talvez devesse tomar algum calmante ou sei lá. Parece que tem algo que fica toda hora me in...

- Dominique! – Se não intervisse, ela não pararia de falar, pelo menos até amanhã à noite não. E eu não iria querer ficar em cima desse salto por tanto tempo assim. Não se quisesse continuar caminhando normalmente semana que vem. – Do que você precisa?

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