Megan Hayes é uma colegial como qualquer outra, ao menos era o que pensava.
Para concluir o último ano e se ver livre da escola é preciso participar de um estágio obrigatório. Por azar ela acaba sendo enviada a NSTA - uma agencia de talentos. O pro...
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Cheguei na agência uma hora mais cedo do que o habitual. Naquela manhã o papai pareceu-me nervoso e distante, disse para mim que tinha uma importante reunião.
É claro que eu poderia ter ido de ônibus ou algo assim, contudo, decidi sair com ele mais cedo para que tivéssemos a oportunidade de conversar um pouco.
Sentia como se não conversássemos mais tanto quanto antes, admito que boa parte era minha culpa, visto que agora nós estávamos sempre ocupados.
De qualquer forma, eu sentia sua falta.
E por mais que ele tivesse uma rotina muito atarefada, isso nunca foi empecilho para meu pai, porém ele poderia dizer o que fosse, mas ultimamente estava agindo de maneira muito estranha.
Além de que eu o conhecia o suficiente para saber que havia um problema maior por trás daquele seu comportamento atípico, e eu estava determinada descobrir. Mas antes de qualquer feito, resolveria outra coisa bizarra da minha vida... Tyler.
- Pai – Depois de muito refletir sobre qual seria a melhor abordagem, desviei o olhar do vidro do carro para meu pai, pausando para tomar um pouco de coragem. – Porque o Ty realmente voltou para casa?
- Eu já te disse, ele tem....
- Coisas para resolver – Complementei. – Eu sei, você me disse mil vezes.
Naquela manhã antes de sairmos de casa, principalmente depois de ter visto meu irmão carregando em seu carro as malas cheias que trouxera para casa, agora vazias, eu resolvi que era hora contar ao papai o que tinha visto, pelo menos assim, eu não seria a única a captar os sinais de havia alguma coisa muito errada com o Tyler.
Então decidi que contaria tudo, tanto da arma quanto do dinheiro que vi naquela noite, e papai teria que lidar com isso, querendo ou não.
- Pai – Eu disse, engolindo em seco. – Esses dias a porta do quarto do Tyler estava aberta e...
- Megan. – Repreendeu-me ele, e de repente pareceu ficar furioso também. – Eu não quero você futricando na vida do seu irmão. Ele é adulto, faz o que quiser. Você ainda está na escola, tem um futuro inteiro pela frente, de modo algum quero que siga os passos dele. Entendido?
Aquiesci.
- Sim, mas eu...
- Não tem "mas". – Sua voz ficou ainda mais alta, um indicativo de que eu não deveria mais insistir no assunto, não se eu não quisesse ter problemas. – Só não vamos mais falar disso.
Mesmo depois que cheguei na Agência, às suas palavras não paravam de rodar na minha cabeça.
Ele não queria que eu seguisse os mesmos passos do meu irmão, mas me pergunto, quais passos eram esses? Isso quer dizer que Tyler realmente estava metido com coisas ilegais?
