Capítulo LXXIV

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               Gabriela está parada ao lado de Damen com um enorme sorriso esboçado nos lábios, e vendo-os assim, formavam o casal perfeito para estar na capa da Vogue

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               Gabriela está parada ao lado de Damen com um enorme sorriso esboçado nos lábios, e vendo-os assim, formavam o casal perfeito para estar na capa da Vogue.

     Dentro de um vestido cor de rubi, Gabriela está radiante. Parece genuinamente contente até o momento em que os seus olhos alcançam os meus, e sua expressão fica amarga, sua íris escurece e o lábio torce em evidente desprezo.

Sinto um enjoo crescente na boca do estômago. É verdade que eu nunca me senti tão mal quanto hoje, e por mais que Gabriela Hunter fizesse de tudo para me enlouquecer, desta vez, ela não era o motivo.

      Damen também estava rindo antes que o azul de seus olhos escorregassem em mim. O seu riso se desfez ao mesmo tempo que as órbitas cristalinas me analisaram de cima a baixo.

Contra a minha vontade acabo descendo os olhos pelo o seu corpo também, isto porque era como se eu e ele tivéssemos intencionalmente combinado as nossas roupas.

       Ele está usando um terno grafite, com uma grava na mesma tonalidade do vestido que eu usava. E merda, Damen Coleman ficava tremendamente atraente vestido assim.

Não muito tempo atrás, só o fato de ficar no mesmo ambiente que ele as minhas pernas ficariam bambas, o meu coração subiria a garganta e tudo o que eu mais desejaria era que os seus lábios tocassem os meus de uma vez. No entanto, muita coisa mudou e nada mais disso importa (mesmo que o meu peito grite exatamente o contrário), nada. Porque foi só agora que me dei conta que talvez tenha sido enganada por todo esse tempo. Então a partir desta noite o que realmente importa é aquilo que aconteceu com a minha mãe.

     Portanto, George Coleman e Javier Torres são os únicos que importam neste momento. Eles e o que diabos aconteceu naquela noite.

Damen dá largos passos em minha direção e de repente está ali, com seu braço estendido à minha direção como um maldito príncipe encantado. Ele me fitava como se fosse a primeira vez, e prendo a respiração sem perceber.

Não.

Não era ele quem estava me vendo pela primeira vez. Era eu. Estou vendo-o diferente porque decidi que não deixarei mais me envolver pela a aparência atraente, seus lábios convidativos ou o riso fácil.

Não mais.

     - Isso é necessário? – Pergunto, com o olhar gesticulando para a sua mão.

Um sorriso se delineia em seus lábios.

      - Ao menos que você queira que desconfiem que a minha acompanhante na verdade está aqui para arrombar o escritório do dono da festa, e descobrir um possível escândalo da NSTA, acho que não.

       Aperto os olhos em sua direção e reprimo uma careta. Ocorre que Damen Coleman estava enganado, completamente enganado. Eu não estava aqui unicamente para isso. Eu vim para arrancar a verdade de cada uma dessas pessoas falsas e hipócritas, inclusive a dele.

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