Megan Hayes é uma colegial como qualquer outra, ao menos era o que pensava.
Para concluir o último ano e se ver livre da escola é preciso participar de um estágio obrigatório. Por azar ela acaba sendo enviada a NSTA - uma agencia de talentos. O pro...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Estava assistindo a um programa qualquer quando alguém bateu a porta. Papai havia saído há algumas horas, mas antes de sair havia dito que não voltaria cedo, e quando ele dizia isso, bem, eu sabia por experiência própria que não adiantava querer esperar acordada.
- Oi. – Uma voz masculina disse quando demorei a atender a porta, isto porque eu estava procurando o outro pé da pantufa que devia ter sido chutado para baixo do sofá. Eu realmente odiava quando isso acontecia. – Tem alguém em casa?
Logo que reconheci a voz, corri até o outro canto da sala para abrir a porta, mesmo que nos pés estivesse calçando apenas um pé do par.
James estava parado na soleira da porta, e assim que o seu olhar encontrou o meu, um largo sorriso foi se desenhando em seus lábios.
- Então você está viva.
James era uma das pessoas preferidas da minha vida, não há como negar. No entanto eu havia ignorado todas as suas ligações de hoje, isso porque ele queria passar aqui em casa, e tudo o que eu não queria era que ele viesse. Afinal, era perigoso demais visto que o papai não sabia que eu estava estagiando na NSTA.
A verdade é que James era praticamente da família. Sempre que seus pais brigavam, e eles brigavam bastante, o meu melhor amigo vinha dormir aqui. Mamãe sempre o tratou como um terceiro filho, e nunca se importou com tê-lo em casa às vezes por uma semana inteira.
- Estou viva. – Desci os meus olhos até a sua mão, que segurava um pote transparente. Imediatamente meu estômago roncou. – Não acredito que você trouxe bolo.
- Você sabe que a minha mãe não deixaria eu vir sem trazê-lo. – Resmungou, seguindo para a cozinha sem qualquer convite.
Durante uma ou duas horas conversamos sobre vários assuntos. Desde o estágio até os seus novos vizinhos que se mudaram semana passada. James também me contou que Willa não estava mais sendo tão chata desde que ele começou a lhe oferecer carona, mas que ainda estava bem desconfiado com o comportamento dela nestes últimos dias.
Próximo ao fim da sua visita James me convidou para ir ao cinema semana que vem, o que concordei. Mas eu sabia que ele não iria ir embora sem perguntar o que realmente queria saber, então aguardei esse momento chegar até que chegou. James reuniu coragem suficiente para me perguntar sobre o meu irmão e eu lhe respondi que eu não sabia se Tyler estava em casa, o que era mentira, meu irmão estava. Eu o vi subir pelas escadas logo quando cheguei, mas não queria tirar as esperanças de James também, não quero dizer a ele que o meu irmão voltara um babaca pior ainda.
Até porque por muitos anos James o considerou como um irmão também, um que nunca teve. E quando Tyler partiu, lembro que meu amigo ficou tão melancólico quanto um irmão ficaria. Então eu não queria que ele ficasse magoado como eu.
