Capítulo LXIII

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               Flávia deu uma breve passada ao meio dia

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               Flávia deu uma breve passada ao meio dia. Trouxe sopa, e algumas compras que fez no mercado. Juro que eu estava prestes a dizer que precisaria ir para casa quando ela começou a dizer que estava muito grata, e que não fazia ideia do que faria se eu não estivesse aqui.

      Em seguida perguntou se eu poderia ficar até à noite, já que ela só conseguiria se liberar dos afazeres depois das vinte e duas horas. Quando ela fez essa pergunta, pude sentir os olhos de Damen se espichando até a mim, aguardando a minha resposta.

      É claro que eu não iria falar na frente dele que precisava desesperadamente ir embora porque não conseguia mais se quer olhar em sua cara desde que acordei hoje cedo em cima da sua cama enrolada em seu corpo.

      Por isso apenas respondi que tudo bem.

      Logo depois que Flávia lavou a louça (antes disso quero deixar registrado que me ofereci não uma, mas duas vezes para lavar, e ela não aceitou), Damen, que estava muito cansado por causa dos remédios, foi dormir. E eu fui até a sacada, decidindo de uma vez por todas que estava na hora de ligar para o Tyler.

      Enquanto disco o seu número, engulo em seco, sabendo que viria uma bomba. Willa que me desculpasse, mas diria que acabei dormindo na sua casa.

      - Hãã, você tem certeza que não quer me matar? – Pergunto.

      - Sim, Megan. – Diz ele, como se estivesse tendo a conversa mais entediante de toda a sua vida. – Eu tenho certeza que não quero te matar. Você dormiu na casa da sua amiga e esqueceu de me avisar, tudo bem. Não é o fim do mundo, você já é bem crescida já. Tchau.

      - Espera – Quase grito, em desespero. – Então quer dizer que está tudo bem? Digo, você está bem? É que... você não parece muito com o meu irmão.

      - Está tudo bem, Megan. Agora me deixa em paz, baka. – Sua voz parece ficar mais distante, até que ela se torna praticamente impossível de se ouvir. – Até mais.

      Então ele desliga na minha cara, e é isso.

      Ponto.

      Não tem xingamento, não tem ameaças, nem gritos. Apenas um irmão tremendamente compreensivo com a irmã. Ok, definitivamente o meu domingo está de cabeça para baixo, e começo a pensar que a ideia de que na verdade eu esteja vivendo numa realidade alternativa não me parece mais tão impossível assim.

     Voltei para dentro um tanto entorpecida, tudo soava como um conto de fadas lindo e cor de rosa, mas no fundo eu sabia que se tratava mais de uma sátira. Acordar na cama de um garoto assustadoramente atraente, ter um irmão que não teve notícias de você por mais de 15 horas e quando tem, não quer te matar. Algo está errado... ou então, tremendamente certo.

* * *

      Algo me desperta, e sou obrigada a abrir os olhos com muita dificuldade. Sentia como se tivesse dormido apenas por cinco ou seis minutos, nada além disto, mas diferente de quanto me deitei, o sol já estava se ponto, e parece que não era mais assim tão cedo.

Lua NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora