Capítulo XXVI

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                   Não conseguia parar de pensar sobre a noite anterior

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                   Não conseguia parar de pensar sobre a noite anterior. As imagens simplesmente não saiam da minha cabeça.

    Naquele momento enquanto não conseguia nem mesmo tomar nem um mísero banho sem que Damen Coleman me viesse a cabeça e fizesse cada centímetro do meu corpo explodir de um intenso calor, soube que deveria fazer alguma coisa a respeito, e rápido.

      Porque com menos de um dia de viagem ele conseguira me deixar louca. E isso era algo que eu não aceitaria. Não poderia ser tão patética quanto às garotas que se apaixonavam por ele.

     Fechei os olhos, deixando que a água escorresse, na esperança de que quem sabe assim ela levasse para longe todos esses pensamentos inapropriados, e eu finalmente retomasse o meu juízo.

     Eu não estou me arrumando para o Damen. Repeti pela milionésima vez só naquela manhã. Mas se não estou, porque passei os últimos vinte minutos me encarando no espelho completamente frustrada?

     A minha aparência nunca me incomodou. No entanto, só naquele meio tempo passei tantas vezes os dedos pelos fios do meu cabelo a fim de ajeitá-los, que se todos eles caíssem da minha cabeça, confesso que não iria me surpreender tanto quanto deveria.

     Franzo a testa irritada ao perceber que não conseguiria fazer milagres, e que se não saísse daquele banheiro neste exato momento iria ter uma crise claustrofóbica.

      Alcanço um elástico da bolsa, prendendo o cabelo num coque que no fim ficou mais ou menos decente. Pego o celular na cabeceira do quarto, ignorando o espelho quando passo por ele e sigo a cozinha.

      Em pensamentos começo a contar números infinitos. Esta era uma forma de tentar me manter concentrada, evitar que minha mente ficasse desocupada e divagasse por um caminho que sei ainda não estava preparada para seguir.

     Damen, que já estava dentro do um terno azul marinho, camisa social branca e gravata escarlate, sorriu gentilmente quando me avistou, servindo para mim um pouco do café que havia feito. Peguei a xícara fumegante das suas mãos e encostei-me na cadeira, relaxando.

     Eu não tinha dormido muito bem, ter Damen Coleman visitando os meus sonhos não era algo que conseguia lidar. Porém, assim que ele colocou um prato na minha frente, o cheiro de ovos e bacon fizeram meu cérebro despertar instantaneamente.

     Levei duas colheradas na boca de uma vez. Só então me dando conta do quanto estava esfomeada.

     Damen apenas ficou me assistindo. Sua expressão tornava impossível adivinhar no que ele estava pensando. Mas eu sei exatamente no quem o meu cérebro queria estar pensando. Ontem a noite havia sido f...

     Trezentos e trinta e três.

     Trezentos e trinta e quatro.

     Trezentos e trinta e cinco.

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