Capítulo 104- Um fio de esperança

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Olá, pessoal. Espero que gostem do capítulo. O que posso dizer é que ficou bastante profundo, pleo menos para mim. E por favor leiam as notas finais, pois tem algumas coisas que gostaria de explicar para vocês. E por favor, deixem os seus comentários, pois ficarei imensamente feliz em saber suas opiniões a respeito dele. Eu me emocionei demais ao escrevê-lo, e espero que vocês sintam a mesma emoção que senti. Beijos. Obrigada por tudo e desculpem-se pelos erros ortográficos.


GILBERT

Gilbert despertou em meio a uma névoa, seu corpo sem peso algum, flutuando acima das nuvens. Ele já se sentira assim antes só que não conseguia se lembrar quando acontecera, e a sensação era incrível. Apenas uma emoção em seu peito parecia enchê-lo de alegria, não havia nenhum sentimento ruim. Ele literalmente estava voando feito um pássaro sem asas e nunca pensara que isso fosse possível, a não ser em sonhos. Mas ele não estava sonhando, ou estava?

Aquilo parecia real demais para que fosse apenas parte de sua imaginação. Ele olhou ao seu redor e a imensidão do horizonte nunca lhe pareceu tão possível de ser tocada, e o azul do céu era exatamente da cor dos olhos de Anne, não era à toa que ele amava o olhar dela, porque poderia perfeitamente se sentir dentro daquela maravilha toda quando sua garota olhava para ele. Anne era seu céu particular.

Ao pensar nela, ele a procurou ao seu redor, mas, não a viu, e seu coração deu um salto ao pensar que estava naquela aventura sozinho, precisava voltar e buscá-la, porque queria que ela desfrutasse com ele daquele momento com ele, somente os dois, finalmente em paz. Porém uma força o puxou para longe, tão longe que era impossível resistir, então, ele se deixou ir, sentindo o vento em seus cabelos, uma liberdade infinita fazendo-o levitar, e ele se sentiu como um garotinho dentro de uma bolha gigante cheia de ar.

Ele teve o cuidado de manter os olhos bem abertos, porque queria absorver cada detalhe daquela viagem astral que o levava para o mundo fascinante de cheiros, sons, paisagens que ele nunca vira, e que mais pareciam quadros pintados por dedos de anjos tão impossíveis de reproduzir por mãos humanas em sua totalidade. Gilbert respirou fundo, e o ar que encheu os seus pulmões era tão puro quanto doce, e uma energia vibrante passou por todo o seu corpo, enquanto a fonte da vida era injetada em todos os seus membros, fazendo-o sentir-se tão poderoso, tão forte e quase invencível naquela atmosfera onde ele era mais espírito do que carne.

De repente, Gilbert sentiu que a mesma força misteriosa que o carregava por todo universo diminuiu sua energia, permitindo que ele finalmente colocasse seus pés de volta no chão, E quando o fez, a grama embaixo deles era tão macia que em nada se comparava com a dos campos de Avonlea, então ele sorriu, ao olhar para frente e ver uma plantação inteira de girassóis, as flores preferidas de seu pai, e sem que seus olhos perdessem o foco, ele o viu surgiu em uma estrada mais adiante com aquele seu sorriso característico de homem do campo, amante da terra, fazendeiro nato, que trazia em seus passos a leveza de uma alma que sempre praticara o bem, e não devia nada a ninguém.

- Papai! - Gilbert gritou extasiado, e ele o viu abrir seus braços para os quais o garoto que ele deixara ao partir, corria agora como um homem, e se envolveu naquele amor paterno do qual sentira falta por três longo anos.

- Que bom te ver de novo, meu filho. Você se lembra da última vez em que esteve aqui? - John Blythe perguntou, enquanto Gilbert olhava para aquele rosto que parecia mais jovem do que se lembrava, tentando trazer para sua mente a ocasião que seu pai acabara de mencionar, e então uma luz se acendeu dentro dele, e o rapaz se lembrou do tiro, dos dias em coma, e de um sonho que o trouxera para um lugar exatamente igual a aquele onde seu pai esperava por ele como agora.

Anne with an e continuação da sérieOnde histórias criam vida. Descubra agora