Capítulo 132- O melhor lugar do mundo

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Olá, desculpem a demora. Tive alguns problemas, mas, consegui finalizar o capítulo. Espero pelos comentários caso gostem dele, pois me estimulam muito. Beijos. Rosana.

ANNE

Uma brisa suave vinha da janela do trem, e beijava suavemente os fios rubros de Anne, que sorria de leve, e às vezes fechava os olhos para curtir aquela carícia natural que vinha da mãe natureza como se estivesse dando boas-vindas aquela filha da terra que estava voltando para casa.

Ela desviou seus olhos inteligentes da paisagem já sua velha conhecida, e os direcionou para sua pequena família sentada ao seu lado, e seu coração já tão apaixonado se encheu de amor.

Rilla dormia tranquilamente nos braços do pai, enquanto Gilbert acariciava os cachinhos dela. Ele a ninava e cantarolava baixinho uma canção de ninar que Anne conhecia muito bem, pois fora ela que acabara ensinando Gilbert que não tinha até então nenhum conhecimento sobre canções infantis. Ele estava aos poucos aprendendo as coisas práticas do dia a dia sobre cuidar de um bebê, contudo, por instinto ele já era um pai maravilhoso.

Gilbert sempre sabia do que Rilla precisava quando estava em seus momentos chorosos ou fazendo manha, e apaixonada pelo pai como era, a garotinha simplesmente se transformava quando estava nos braços dele como se soubesse que ali encontraria todo o amor do mundo.

E ser pai parecia algo que Gilbert não precisava se esforçar nada para aprender, pois era surpreendente como ele se encontrara também naquele papel. Assim como a medicina parecia ser seu dom inato de vida, ser pai parecia também ser outro dom que nascera com ele. Anne se admirava com a maneira com que ele lidava com Rilla, conversava com ela e cuidava da garotinha quando Anne estava ocupada com suas tarefas. Era algo que ele fazia com prazer, e não somente porque se sentia na obrigação de poupar-lhe tempo quando ela precisava estudar ou cuidar de coisas relacionadas ao apartamento. Gilbert nascera para ser pai assim como nascera para se tornar um grande médico.

Ela suspirou, sentindo-se triste por um momento ao pensar o quanto aquilo tudo era injusto. Ali estava um rapaz maravilhoso que merecia estar cercado de crianças, e seria pai biológico apenas de uma garotinha que ele amava demais. Anne já tinha se conformado com a ideia de que Rilla seria a única criança que tinha gerado, e que não poderia mais engravidar nem em um futuro próximo ou distante. Ela sabia que tinha se arriscado demais ao insistir em ter Rilla a qualquer custo, e por isso, quase morrera no parto. Mas, se tivesse desistido, não estaria vendo o rosto feliz de seu marido naquele momento que olhava encantado para sua filha que dormia com a cabecinha encostada no peito dele, tão confiante naquele rapaz tão doce que tinha um coração pleno de amor.

Anne continuou observando Gilbert e Rilla, e viu ali um encontro de almas perfeitas. Assim como um dia, seu coração o tinha escolhido por conta de uma conexão que ia além de toda compreensão, Rilla o escolhera para ser seu pai, e o sentimento que nascera desse encontro no dia em que Anne dera a luz era tão perceptível, que cada vez que a ruivinha os via juntos, ela sentia todo o seu ser se emocionar.

Um pensamento repentino passou pela sua cabeça, e a fez fixar ainda mais seus olhos em Gilbert. Na verdade, era algo que vinha ocupando bastante tempo de sua mente nos últimos dias, e embora soubesse que ainda era cedo para pensar sobre isso, era uma possibilidade que não conseguia deixar de lado.

Uma vez Gilbert lhe dissera que não se importaria de adotar, e agora que tinham Rilla, Anne achava que poderiam dar esse passo no futuro, se seu marido ainda não tivesse mudado de ideia. Eles poderiam pensar em adotar um garotinho, e que não fosse muito mais velho que Rilla, pois assim, poderiam crescer juntos e se tornarem grandes amigos como geralmente acontecia com irmãos do mesmo sangue.

Anne with an e continuação da sérieOnde histórias criam vida. Descubra agora