Caapítulo109- Parceiros de vida e de amor

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Olá pessoal. Não posso dizer que esse capítulo ficou exatamente como eu desejava. Não estou em uma boa semana, então, me desculpem se a leitura não for muito interessante. Ainda assim, espero pelos comentários. Os erros vou revisar depois. O poema postado não tem nada a ver com o capítulo, senti apenas vontade de expressar meus pensamentos aqui. Obrigada por tudo. Beijos.


Quantas palavras existem dentro de uma alma para serem ditas?

Quantos sonhos existem dentro de uma caixinha de lembranças do passado nunca revelados?

Quantos quilômetros vencidos de um deserto árido chamado vida?

Quantas lágrimas derramadas em momentos solitários sem consolo algum?

Se houvesse uma forma de jogar ao vento todas as mágoas

E colher de cada uma delas uma linda flor sem espinhos, eu o faria,

Mas parece tão tarde para encontrar um motivo ou uma razão

Parece tão tarde para curar um coração que viveu demais a s tristezas desse mundo

Sem conseguir se libertar.

Se eu pudesse viver essa vida novamente,

Eu teria caminhado mais vezes descalça na chuva,

Teria acordado mais vezes para ver o nascer do sol,

E teria sorrido mais , me preocupado menos.

Teria sido mais leve ao encarar os obstáculos à frente.

Eu teria deixado o vento bagunçar mais vezes meus cabelos

Sem me preocupar com aquele penteado perfeito,

Teria comido com mais prazer aquela torta da minha infância.

Teria olhado mais vezes no espelho e encarado minha imagem com mais carinho,

Teria sido mais justa comigo mesma, e aceitado que sou apenas humana

E que a perfeição nunca foi e nunca será desse mundo.

Porém, agora parece muito tarde para olhar para trás

E desejar que pudesse ter feito tudo diferente,

Porque o tempo uma vez perdido nunca mais poderá ser recuperado

E o que resta é apenas o silêncio da madrugada como companhia

e as batidas de um coração teimoso demais para dizer adeus.

Rosana Mandelli

ANNE

Anne se movia pela casa sentindo-se nervosa. Ela e Gilbert iriam para Green Gables no dia seguinte e sinceramente, ela não sabia bem como se sentir a respeito disso. Seu coração disparara várias vezes naquele dia ao pensar em encarar o olhar duro de Marilla enquanto contasse sobre o bebê.

Ela não tinha dúvidas de que Matthew ia adorar a novidade. Desde que ela sofrera o aborto, ele vinha torcendo por isso, e também porque seu amor de pai sempre estivera presente em cada olhar e em cada gesto seu desde o momento em que ele colocara os olhos sobre a garotinha miúda e de rosto sardento. Porém, Marilla Cuthbert nunca fora uma mulher de se comover fácil com coisas assim, e Anne não tinha ilusões de que ela faria uma grande festa ao saber que sua protegida estava grávida fora do casamento. Era mais provável que fizesse um daqueles seus enormes sermões sobre o que a sociedade pensaria dela como mãe solteira, mesmo tendo o pai de seu filho ao seu lado, o que na certa seria um grande escândalo, diga-se de passagem.

Anne with an e continuação da sérieOnde histórias criam vida. Descubra agora