Aprendendo A Viver

20. Única

Camila Cabello|Point Of View

Perguntei por Lauren, para uma ruiva, ela perguntou meu nome eu falei. Ela sorriu largo e eu estranhei. Ela me guiou até uma porta e disse.

— Você é a famosa Cabello. Ouvi coisas maravilhosas a seu respeito. Esse é meu telefone. – Me entregou um papel. — Você sabe se precisar de companhia. – Abriu a porta me olhando bem nos olhos e eu fiquei encarando ela, eu estava intimidada. Entrei na sala, depois de um tempo olhei para Lauren que estava fuzilando a ruiva.

— Obrigada Marina! Pode se retirar e parar de encarar minha namorada. – Eu olhei para Lauren e a Marina arregalou os olhos. — Algum problema? – Marina negou freneticamente e eu também. Isso trouxa pareça culpada. Marina se retira fechando a porta. — Então Camila, além de flertar com minha secretaria, o que te trás aqui? – Minha boca abria e fechava, mas eu não produzia som nenhum. — Eu pensei que não nos veríamos hoje.

— Vim em missão de paz! – Levantei minhas mãos em rendição e depois joguei minhas coisas em sua mesa. — Eu menti quando disse que estava tudo bem. Não estava. Mas agora a Tay me ameaçou de morte, tivemos nosso primeiro “momento cunhadas”, assim denominado por ela e ela me explicou que você sempre foi assim. – Ela sorriu e negou com a cabeça. — E a propósito eu não estava flertando com sua secretaria, só estava intimidada com a encarada dela e ela me deu o celular dela. – Falei entregando o papel para Lauren, para ela ver que pra mim não significava nada e ela levantou num salto de sua cadeira.

— Eu vou arrebentar aquela vadia. – Eu a agarrei pelo braço e colei nossos corpos. — Vai defender ela?

— Não. Ela é só mais uma oferecida. Você não precisa fazer nada com ela. Eu já tenho dona e não me importo com mais ninguém.

— Porque esta agindo assim agora? Porque minha irmã te ameaçou?

— Tua irmã me abriu os olhos Lauren. Eu te amo e eu não vou te deixar por coisa pouca.

— Então me deixar era uma opção? – Ela perguntou um pouco triste.

— Eu fiquei bem confusa. Entenda o meu lado Lauren, você no apartamento daquele cretino, foi demais para mim. – Ela abaixou a cabeça. — Mas a Tay me explicou muita coisa, agora está tudo certo. Eu quero pedir desculpas pelo jeito que agi, eu devia ter falado que não estava confortável com aquela situação. Eu sou nova nisso Lauren e está tudo tão intenso. Eu só não quero te perder. – Ela sorriu.

— Eu não quero isso também.

— Então, não que eu tenha qualquer objeção, mas estamos namorando? – Perguntei com um sorriso malicioso no rosto e Lauren corou.

— Não, mas aquela vadia não precisa saber disso. – Eu a puxei pela nuca e colei nossos lábios. Pedindo passagem com a língua e ela cedeu. O beijo era lento, eu explorava tudo naquela boca maravilhosa e só pensava que esse, com certeza, era o melhor beijo que já tinha provado. O maldito ar faltou, separei nossos lábios, não sei falar quem estava mais ofegante, encostei nossas testas e comecei a passar a língua por seu lábio inferior.

— Eu trouxe meu trabalho para cá. – Falei apontando para mesa.

— Eu também tenho um monte de coisa para fazer.

— Eu posso trabalhar aqui? – Ela sorriu largo para mim.

— Lógico, trabalhar olhando para você, vai ser bem mais prazeroso.

— Eu pensei o mesmo que você e por isso vim para cá.

— Eu tenho que ligar para Tay e agradecer.

— Não precisa ligar, hoje à noite, temos um encontro de casais.

— Tipo?

— Tipo eu, você, Tay e Cara.

— Somos um casal então?

— Para mim sim. Para você não?

— Talvez, mas eu gosto de coisas claras. – Que indireta bem direta.

— Bom saber! – Fiquei revisando os relatórios por um tempo. Quando olhei para o relógio e estava quase na hora de ver o Mike. Levantei da cadeira me espreguiçando e estralei todos os ossos eu acho. Lauren riu. — É a idade! Não sou mais aquela jovem.

— É verdade! Já devia estar casada. – Nossa eu engasguei com a saliva.

— Eu estava te esperando.

— Bom eu já estou aqui! – É só tijolada. Pisquei para ela e ela revirou os olhos.

— Vou lá ver o sogrão! – Ela gargalhou

— Chama assim na frente dele. – Arregalei os olhos. — Eu te levo. – Na inocência do meu ser eu falei.

— Não precisa, eu já sei onde fica a sala dele. Um tapa forte chocou meu braço e eu dei um grito. — Está louca mulher? O que eu fiz?

— Acha que eu vou te deixar sozinha, com aquela vadia lá fora? – Ela falou se aproximando. — Você não vai olhar para ela. – Falou apontando o dedo na minha cara. — Que droga, em todo lugar tem puta tirando a calcinha para você Cabello. – Ela balançou a cabeça negando algo. — Eu sei que não estamos em um relacionamento rotulado, mas você vai me respeitar. – Ela estava como a expressão parecida com a da Tay, naquele dia na praia e eu estou tremendo. — É sério. – Eu assinto freneticamente e ela abaixa a cabeça. — Tipo, eu sei que transei com você sem te conhecer direito, mas eu não quero que brinque comigo ou algo do tipo. Eu não sou assim, eu sou meio antiga com essas coisas e peço, por favor, que você me respeite.

— Lauren, não fica assim. – Levei a mão a seu queixo e levantei seu rosto para seus olhos encontrarem os meus. — Como você me disse aquele dia, você e eu não transamos, fizemos amor, sem vulgaridades quando se referir a nós. Nossa conexão foi imediata Lauren, por minha parte foi, isso aconteceu rápido, porque já estava escrito. Eu tenho certeza que meu propósito aqui na terra era encontrar você. – Ela tinha os olhos vidrados nos meus e eles estavam marejados. — Você preencheu um vazio aqui. – Coloquei a mão dela em meu peito. – Você me completou Jauregui. Eu te respeito, eu sempre vou te respeitar, eu morreria se te magoasse Lauren. Eu amo você e você precisa entender isso. É você que eu quero. Única para mim. – Falei colando meus lábios nos dela. Foi um selinho longo e quando eu me separei, limpei as lágrimas de seu rosto. — Não chore, eu não consigo te ver assim.

— É de felicidade. Eu amo você Cabello. Você quando inventa de falar essas coisas lindas me deixa tonta. – Sorri da fofura de pessoa em minha frente. Estendi minha mão, ela agarrou e eu entrelacei nossos dedos.

— Vamos então. – Ela sorriu e saímos de sua sala.

Quando estávamos passando em frente à mesa da ruiva, Lauren agarrou minha cintura, ficou encarando a secretária
dela como um olhar mortal. Eu neguei com a cabeça. Paramos em frente à porta com a placa escrito “Presidência”. Antes de entrar, Lauren me puxou pela gola e me beijou, mas beijou sabe, dessa vez eu fiquei tonta, ela separou nossos lábios virando as costas e voltando para sua sala. E eu? Eu esqueci até o que ia fazer. Depois que voltei a mim, entrei na sala e fui muito bem recepcionada por Mike. Conversamos bastante, ele me mostrava os balancetes todo orgulhoso e devia mesmo, eles estavam muito bem organizados e as dívidas quase todas quitadas, já que ele não precisou pagar a multa para o Louis. Depois que o assunto trabalho terminou, continuamos conversando sobre... Tudo! Bom eu acho que agora é a hora de perder o amigo.

— Grandão, eu tenho uma coisa séria para conversar com você.

— Manda!

— Ér... eu es..tou. – Pigarreei para limpar um pouco minha garganta e ver se eu paro de gaguejar. — Eu estou ficando com a Lauren, isso qualquer um percebe, mas eu gostaria da permissão do senhor, porque hoje a noite eu pretendo pedir ela em namoro. – A expressão dele era neutra, o que me deixou suando frio e tremendo um pouco. Eu me lembro de ter ficado nervosa, mas esse ataque cardíaco que estou tendo não deve ser normal.

— Capitã... – Ele parece pensar em algo. — Quando você me fez aquela proposta, eu tomei a liberdade de pesquisar um pouco sobre você. – FERROU! FERROU! FERROU! — Você é incrível com negócios, mas quando o assunto são as mulheres, não ouvi coisas boas, na verdade, eu só ouvi coisas horríveis. – MALDITO PASSADO. — Sobre você e sua amiga, que fica com a Tay. – Eu não sei o que falar.